domingo, 20 de novembro de 2011

Paes diz que obras para 2016 seguem adiantadas em nova visita do COI

'Eu repito que nós estamos adiantados, trabalhando com prazos confortáveis, mas é um evento de uma grande proporção', garante o prefeito do Rio



Por Ligia Gismond

reunião do COI sobre as Olimpíadas 2016 (Foto: Beth Santos / Divulgação)Membros do COI assistem às apresentações 
(Foto: Beth Santos / Divulgação)
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, segue satisfeito com o andamento dos preparativos da cidade para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016. Na quarta visita de inspeção do Comitê Olímpico Internacional (COI) na Cidade Maravilhosa, o governante admitiu a complexidade de algumas questões, mas destacou que o cronograma continua adiantado. Nesta quarta-feira, o grupo presidido por Nawal El Moutawakel encerra o segundo dia de acompanhamento dos projetos, com uma série de apresentações na sede do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
- Sempre tem os dilemas que diz respeito às acomodações, às obras de infraestrutura e ao próprio Parque Olímpico. Hoje, a gente entra mais em detalhe nessas coisas. Todas essas áreas são de complexidade muito grande. Então, é uma tensão permanente. Da nossa parte e da parte deles. Mas estamos fazendo um esforço para que tudo seja esclarecido. Eu repito que nós estamos adiantados, trabalhando com prazos confortáveis, mas é um evento de uma grande proporção - afirmou o prefeito.
Visita de inspeção do COI (Foto: Divulgação)Nawal participa de inauguração de uma estação da
linha de BRT Transoeste (Foto: Divulgação)
Na terça-feira, primeiro dia da visita, os representantes do COI também participaram de reuniões na sede do COB e assistiram à inauguração da segunda estação-modelo da linha de BRT (Bus Rapid Transit, ônibus de trânsito rápido) Transoeste. Ao longo de toda quarta-feira, o grupo vai conferir apresentações detalhadas dos avanços desde a última inspeção, em junho deste ano.
- É a continuidade do acompanhamento que o Comitê Olímpico Internacional faz daquilo que a cidade está entregando para os Jogos. Ontem foi a parte mais ligada ao Comitê Organizador propriamente dito e, hoje, é a parte mais pública – explicou Paes.
Uma das preocupações da presidente Nawal até a última visita era com a demora na criação da Autoridade Pública Olímpica (APO) e na divisão da matriz de responsabilidade entre os três níveis de governo. Cinco meses depois, poucos avanços foram notados e o assunto promete voltar à mesa nesta quarta-feira. Embora o órgão tenha sido criado, com Márcio Fortes no comando, ainda não foram detalhados os compromissos dos governos.
- Essa é uma responsabilidade da Autoridade Pública Olímpica. A prefeitura já colocou na mesa claramente todas as suas responsabilidades, o que ela tem que entregar, com prazos e valores – esquivou-se o prefeito.

sábado, 19 de novembro de 2011

Comitê Organizador Rio-2016 elogia operação de retomada da Rocinha

Em nota oficial, organizadores dizem que ação reforça o compromisso assumido de realizar os Jogos em uma atmosfera de total segurança


Por Globoesporte.com


Carlos Nuzman durante seminário das Olimpíadas no Rio (Foto: Ag. Estado)Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio 2016
(Foto: Ag. Estado)
A ação de ocupação das comunidades da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, realizada no domingo, foi considerada pelo Comitê Organizador das Olimpíadas e Paraolimpíadas Rio-2016 como um avanço marcante para o legado de bem-estar social e transformação da cidade. Em nota oficial, os organizadores dos Jogos parabenizaram o governador Sérgio Cabral e as instituições de segurança do estado do Rio pela retomada do controle territorial.
"Os históricos acontecimentos de domingo reforçam o compromisso assumido pelo Brasil de realizar os Jogos em 2016, assim como os eventos-teste a partir de 2015, em uma atmosfera de total segurança para participantes, turistas e moradores".
Confira a seguir a íntegra da nota:
"O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 congratula o governador Sérgio Cabral e as instituições de segurança do estado do Rio de Janeiro pela bem sucedida ação de retomada do controle territorial das comunidades da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu.
O sucesso da operação é mais uma prova do acerto da política de segurança pública e do projeto de pacificação do Rio de Janeiro, conduzidos com firmeza pelo governo do estado, com o apoio da sociedade e, principalmente, das comunidades envolvidas.
A coragem e a determinação do governador Sergio Cabral em tornar o Rio de Janeiro um lugar mais seguro para se viver vêm sendo reconhecidos nacional e internacionalmente, e seu planejamento responsável e criterioso já é visto como referência por outros governantes.
O Rio 2016 está certo de que os acontecimentos deste domingo, 13 de novembro, trarão benefícios aos moradores da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu, uma vez que darão lugar a uma série de ações dos três níveis de governo – federal, estadual e municipal – com o objetivo de integrar definitivamente essas comunidades à cidade.
Os históricos acontecimentos de domingo reforçam o compromisso assumido pelo Brasil de realizar os Jogos em 2016, assim como os eventos-teste a partir de 2015, em uma atmosfera de total segurança para participantes, turistas e moradores.
Além disso, representam um avanço marcante do Estado do Rio de Janeiro em direção a um dos maiores objetivos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, que é o de provocar transformações positivas na cidade, que deixem um legado sustentável de bem-estar social para a população atual e para as futuras gerações".

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Olimpíadas do Rio terão ‘Matriz de Responsabilidades’ em março de 2012

Como na preparação para a Copa, governo federal apresentará lista de obras consideradas fundamentais para a realização dos Jogos de 2016



Por Marcelo Pereira, de Brasília

O presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Márcio Fortes, disse nesta quinta-feira, em Braília, que em março do ano que vem o órgão apresentará uma espécie de Matriz de Responsabilidades das Olimpíadas de 2016. Como já acontece na preparação para a Copa do Mundo de 2014, a matriz é uma lista das obras consideradas fundamentais para a realização dos Jogos Olímpicos, com previsão de valores e divisão das responsabilidades. Essa lista será apresentada em reunião com o Comitê Olímpico Internacional (COI).
Segundo Fortes, somente após a definição dessa lista final é que será possível definir o custo total das obras para os Jogos Olímpicos. A definição das obras precisa passar pela aprovação dos representantes dos governos federal, estadual e municipal. Os projetos hoje existentes serão divididos em obras consideradas fundamentais, importantes e de legado. O presidente da
- Quando o conselho olímpico aprova uma lista final, ela tem de ter essas nuances, do que é essencial, do que aparece como compromisso da candidatura e das coisas que ficam como legado. Qualquer coisa de novo que você coloque pode se beneficiar do RDC [Regime Diferenciado de Contratações, que flexibiliza as regras de licitações] e que também será objeto de controle do Comitê Olímpico.
Vínculo
O ministro do Esporte anunciou que, por decisão da presidente Dilma Roussef, a APO passa a ser vinculada à pasta. Desde a criação do órgão, em março deste ano, ele era vinculado ao Ministério do Planejamento. Fortes lembrou que a APO tem função apenas de coordenação das obras para as Olimpíadas, e não de construção das obras.
Fortes e Rebelo se reuníram pela manhã, e o ministro demonstrou satisfação com as informações recebidas sobre o trabalho do órgão até agora.
- Fiquei tomado da melhor impressão do curso dos acontecimentos. Como ministro do Esporte, fico absolutamente seguro e tranquilo não só de que essa responsabilidade está entregue a quem tem competência, capacidade e condições de levar a cabo a tarefa. O ministério do Esporte colaborará e ofercerá toda a colaboração, todo o empenho possível para o êxito.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

“O Rio está se passando a limpo”

Presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos Marques fala dos desafios, expectativas e satisfação de ocupar a gerência do trabalho de mudanças no Rio para 2016 e do legado que os Jogos vão deixar para a cidade


De cidadeolimpica.com

Superar obstáculos administrativos, coordenar trabalhos que, por vezes, passam por diversas secretarias municipais, fazer os cariocas se engajarem na construção de uma nova cidade e, enfim, pôr de pé o sonho olímpico dos Jogos do Rio 2016. Não são poucas nem fáceis as atribuições da economista Maria Silvia Bastos Marques como presidente da Empresa Olímpica Municipal, cargo que ocupa desde o início de agosto de 2011 e, segundo a própria, já lhe tira o sono.
Em meio a organogramas, reuniões e a organização no novo endereço da Empresa Olímpica – em um prédio de poucos andares, aos pés do recém-pacificado morro de São Carlos, no Estácio –, a executiva falou sobre os desafios e expectativas de seu cargo.
– O dia só tem 24 horas – lamentava, bem-humorada, ‘a prefeita das Olimpíadas’, apelido dado pelo prefeito Eduardo Paes, que ela conheceu à época de sua primeira passagem pela administração municipal, na década de 1990 (ela como secretária de Fazenda, ele como subprefeito da Barra).
Com passagem pela presidência da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Maria Silvia Bastos presidia uma grande seguradora quando aceitou o convite para ficar à frente da Empresa Olímpica Municipal.
 Quando o prefeito me ligou com a questão do projeto olímpico, fiquei um pouco assustada. Mas depois voltei pra casa, pensei… Acho que as Olimpíadas são uma oportunidade única para a cidade do Rio de Janeiro. Então, aceitei e aqui estou – afirma ela, que tem se desdobrado para dar conta da quantidade de informações e visitado as principais obras em execução na cidade.
‘Legado’ talvez seja a síntese da entrevista concedida por Maria Silvia Bastos. E é com base neste legado que a executiva enumera com facilidade projetos como o Porto Maravilha, que está revitalizando uma área até então degradada da cidade; o Morar Carioca, de reurbanização de favelas até 2020; e o BRT (Bus Rapid Transit), construção de quatro novos corredores viários na cidade.
– Estamos mais preocupados até com o dia seguinte. Como é que a cidade vai estar no dia seguinte? Que cidade o Rio se tornará? Se vai ter melhores serviços, se teremos uma população que terá outro entendimento das questões da cidade – pensa adiante.

* * * *

Poucos meses depois de assumir a presidência da Empresa Olímpica Municipal (EOM), a senhora já conseguiu dar conta das reais responsabilidades dessa função?

MARIA SILVIA BASTOS – Já estou sem dormir (risos). Já deu, sim. A Empresa Olímpica foi, de fato, criada em setembro e ainda está sendo estruturada. Isso quer dizer que nós tivemos um trabalho inicial grande, de desenhar organograma, de discutir as funções e até de discutir qual o papel dessa empresa; entender o que essa empresa deveria fazer e o que não deveria fazer. Mas o seu principal papel é o trabalho de coordenação das atividades, dos projetos, no sentido mais amplo possível, um trabalho de integração e alinhamento de informações. Nós tivemos uma reunião do Conselho Executivo, que a Empresa Olímpica coordena, e que reúne os secretários que estão envolvidos nos grandes projetos de infraestrutura para as Olimpíadas. Então, tivemos aqui as secretarias de Habitação, Meio Ambiente, Transporte, Obras e Urbanismo numa discussão muito interessante, cada um trazendo a atualização dos projetos que estão sobre as suas responsabilidades, uma troca de ideias que é crucial e fundamental e que precisa acontecer. Lembrando que a Prefeitura tem seu dia a dia, que não pode deixar de lado, e até por isso precisa de uma coordenação específica para as Olimpíadas.

Quando assumiu o convite para tocar a Empresa Olímpica Municipal, qual foi a primeira coisa que pensou?

MSB – Eu tenho muita proximidade com o prefeito, nós já tínhamos trabalhado juntos, tivemos muita interação, nos conhecemos bastante, sempre mantivemos contato durante esse tempo. Embora eu estivesse na iniciativa privada, nunca me afastei dos projetos relacionados ao Rio de Janeiro, sempre estive conectada. Ele sempre brincava comigo, que nós tínhamos que trabalhar juntos novamente. Então, quando ele me ligou com a questão do projeto olímpico, no início eu fiquei um pouco assustada. Mas depois voltei pra casa, pensei… Eu gosto muito da função pública e gosto muito da cidade. Eu tenho o título de cidadã honorária do Rio de Janeiro que me foi dado, por coincidência ou não, pelo então vereador Eduardo Paes. O quadro está até aqui na minha sala, eu sempre coloco em todos os escritórios que vou, tenho muito orgulho desse título. Minha explicação é bem simples: eu digo que aceitei por ‘egoísmo’, para trabalhar por mim e por meus filhos. Para ter uma cidade melhor. Acho que as Olimpíadas são uma oportunidade única para a cidade do Rio de Janeiro. Desde que a gente deixou de ser capital do país, que houve a fusão, acho que o Rio de Janeiro perdeu um pouco o seu caminho. Faltava um grande divisor de água, alguma coisa para que a cidade pudesse se mobilizar, que a gente pudesse virar uma página e começar uma página nova, se transformar. Então, as Olimpíadas, para mim, representam essa grande oportunidade de ter um projeto de mudança da cidade. É muito mais do que fazer Jogos Olímpicos. Então, eu aceitei e aqui estou.

A senhora acha que isso já está refletindo na autoestima do carioca?

MSB – Eu acho que o carioca se mobiliza muito, por muita coisa. O Rio é uma cidade complexa, tem questões administrativas bem mais complicadas do que grandes cidades, como São Paulo, por exemplo, pelo nosso passado de capital. Um exemplo muito simples é a área do Porto. Ali você tem, urbanisticamente falando, terrenos municipais, estaduais, federais; é toda uma complicação administrativa. Então, eu acho que as Olimpíadas nos trazem uma oportunidade de arrumar a casa de uma maneira que o carioca perceba que vai ter uma vida melhor. Acho que as questões vão ser mais bem endereçadas. Não sei se já chegou à população, acho que ainda não. É um trabalho importante que nós temos que fazer, que não é só para fora, é para dentro também, fazer com que todos entendam que essa é uma grande oportunidade. Nós não estamos falando só sobre 17 dias em que a atenção do mundo se volta para gente, que vai ter aqui um monte de turista e pronto. Não, nós estamos mais preocupados até com o dia seguinte. Como é que a cidade vai estar no dia seguinte? Que cidade o Rio se tornou? Se vai ter melhores serviços, se teremos uma população que terá outro entendimento das questões da cidade, um outro tipo de motivação e engajamento. A população tem que se sentir parte desse projeto. Esse não pode ser um projeto da Prefeitura nem do prefeito. Tem que ser um projeto da cidade. Acho que nós estamos começando.
Fã e praticante de esportes, a executiva destaca a importância de projetos como o ensino de inglês na educação básica, além da reurbanização do Porto e do Morar Carioca e a revolução do transporte com o BRT

No dia da posse, a senhora comentou uma manchete de jornal no dia seguinte às Olimpíadas de Sydney. Como a senhora imagina que os cariocas (e brasileiros de um modo geral) vão lidar com as Olimpíadas do Rio?

MSB – A visão que a gente tem das Olimpíadas, e isso é um pouco do que nós queremos construir com a população, é que a cidade está sendo toda reformada. É como se fosse a casa da gente e nós estivéssemos fazendo uma grande reforma. E a gente gostaria que essa casa nova recebesse muito bem os seus convidados. E que, a partir daí, nós tivéssemos mais condições de abrir nossa casa ainda mais, receber mais visitantes, trazer mais investimentos. Importante a gente ressaltar que hoje, no mundo, o que mais emprega é a indústria de turismo, muito mais do que qualquer indústria chamada pesada. Nossa cidade tem essa vocação. Então, a gente está arrumando a casa, e o carioca, que já é um povo muito hospitaleiro, precisa se engajar nesse processo. Quando eu mencionei Sydney, eu vi a manchete de um jornal local que dizia assim: “Vocês podem parar de sorrir. Eles se foram”. A cidade inteira era um cartão de boas vindas. Todo mundo sorridente, todo mundo engajado, todo mundo solícito. Eu diversas vezes fui abordada por pessoas oferecendo ajuda, não precisava pedir. As pessoas achavam que você estava com ar de turista perdido, já vinham com mapa, uma ajuda qualquer. É muito bonito isso, e é uma coisa permanente. Se a gente consegue contaminar dessa forma as pessoas, para que elas se entendam como grandes anfitriões do Rio de Janeiro, acho que nossa cidade só tem a ganhar. Com os Jogos e depois dos Jogos.

A senhora é uma pessoa ligada ao esporte, que gosta de esporte? Tem um prazer pessoal também ao encarar esse desafio?

MSB – Eu sou muito ligada ao esporte. Meu sonho de criança era ser atleta olímpica. Eu acho a ginástica olímpica uma das coisas mais lindas do mundo. A coisa da superação, do corpo que vai ao seu limite, eu gosto demais; é uma coisa que eu assisto em todas as Olimpíadas pela televisão. Nunca tinha tido a oportunidade de ir a uma Olimpíada, foi uma oportunidade inesquecível. Eu andei nas ruas, peguei transporte público, observei bastante, e isso agora vai ser muito útil. Mas eu gosto muito de esportes, é uma das outras razões pelas quais eu aceitei. Eu já pratiquei tênis, vou e volto; eu corro, ando de bicicleta, caminho, faço musculação.

Quais são os projetos que a senhora considera mais expressivos para o legado olímpico do Rio?

MSB – É difícil nomear um, porque já está acontecendo tanta coisa importante. Vou começar com um exemplo que as pessoas não associam tanto às Olimpíadas: a universalização do ensino de inglês nas escolas municipais. Estamos falando de uma população de mais de 100 mil alunos, que vão ter ensino de inglês em todas as classes. Até 2014 isso já vai estar acontecendo, e é um projeto de mudança de qualidade de vida. Você está falando de inclusão no mercado de trabalho. As Olimpíadas dão um sentido de urgência, eu acho que isso é o diferencial que nós temos hoje. Nós temos um fato motivador, é aquilo que eu falei antes do divisor de águas. Olimpíadas trazem a necessidade, trazem a urgência. Outro projeto crucial para a cidade e que está junto com as Olimpíadas é o Morar Carioca. É um programa de urbanização das favelas cariocas ate 2020, ultrapassa as Olimpíadas. Ele tem que acontecer? Eu, como cidadã carioca, acho que temos que fazer ontem. E ele está acontecendo e é fundamental para o projeto olímpico. E tem os BRTs, que são um grande projeto de infraestrutura urbana. São quatro grandes linhas, Transoeste, Transcarioca, Transolímpica e Transbrasil, que vão integrar a cidade toda em um modal de transportes muito mais eficiente. Vão integrar e se integrar com trem, metrô e com ciclovias também. Nós vamos mudar a qualidade de vida de toda a população, que vai poder ter um transporte público de qualidade e vai gastar muito menos do seu tempo em deslocamentos.

A senhora também cita o Porto.

MSB – Para mim, há 30 anos o Rio demanda esse projeto, que é o Porto Maravilha e que terá o Porto Olímpico dentro. Mais até que um projeto imobiliário, de turismo, é um projeto de regularização fundiária daquela área, como eu mencionei antes. Eu diria assim: o Rio está se passando a limpo. É nossa grande oportunidade, e nós estamos trabalhando para isso. O mais difícil é essa superposição de administrações. Tem coisas que estão sob o nosso comando e outras que nós dependemos de negociações, principalmente com o governo federal. Mas existe, claro, uma vontade maior do país em relação às Olimpíadas e em relação ao Rio de Janeiro. Vale lembrar que o prefeito demandou e mudou o projeto original das Olimpíadas, trazendo a Vila de Mídia da Barra para o Centro. Eu torci muito para que ele conseguisse, e nessa época eu nem sonhava em participar das Olimpíadas. Acho que foi fundamental para completar esse processo de revitalização. Quando a gente vai a outras cidades que tiveram essas áreas revitalizadas, a gente vê a vida que existe ali. A vida turística, a vida noturna; estamos falando de novo de hotéis, restaurantes, bares… Então, acho que aquilo ali vai ser uma coisa fantástica. O que a gente já vê. Eu fui visitar as obras junto com o presidente da CDURP, o Jorge Arraes, que me mostrou o que está sendo feito, eu fiquei muito impressionada com a dimensão do projeto, porque como ele é um pouco fragmentado a gente não tem a visão do todo, e com a qualidade do que está sendo feito. É excepcional.



domingo, 13 de novembro de 2011

Beltrame confirma meta de instalar 40 UPPs no Rio

Por Agência Estado / Fotos: Internet


O secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, comemorou a ocupação pela polícia das comunidades da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu, na zona sul, neste domingo (13), de forma pacífica e disse que a meta de atingir 40 unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) na cidade está mantida. Contando com a da Rocinha, chega a 19 o número de UPPs já implantadas.
Segundo ele, o objetivo era devolver o território à população "sem disparar um tiro e sem derramar uma gota de sangue, seja de quem for".
"O que se tem de concreto é a libertação dessas pessoas do jugo do crime, do jugo do fuzil. O nosso trunfo é ação combinada e quebra de paradigma territorial", afirmou durante entrevista coletiva, no fim da manhã de hoje (13), no 23º Batalhão de Polícia Militar, no Leblon, zona sul da cidade.
Ele destacou que o trabalho da polícia é desenvolvido muitas vezes num ritmo mais lento do que a sociedade espera, mas "com passos sólidos".
Beltrame admitiu que a realização de novos concursos e o cronograma de formação de policiais para atuar nas unidades de Polícia Pacificadora (UPP) são "questões que precisam ser enfrentadas". Ele ressaltou, no entanto, que o plano de expansão das UPPs para atingir 40 unidades até 2014, conforme previsto pelo governo, está mantido.
"Todas essas questões são importantes e têm que ser enfrentadas. Podem cobrar do administrador público atitude, mas não podemos deixar de fazer achando que não vamos conseguir. Este programa está previsto, foi estabelecido nas 40 unidades, tem condição de acontecer e assim será feito".
Sobre a instalação da UPP na Rocinha, Beltrame reafirmou que ainda não há data definida. Segundo ele, as tropas policiais que ocupam a comunidade é que vão indicar o momento adequado para que a transição seja iniciada. As informações são da Agência Brasil.

sábado, 12 de novembro de 2011

Turismo bate recorde na cidade, com novos e repaginados hotéis

Estudo da Prefeitura aponta: em 2016, Rio terá 12 mil vagas a mais em quartos, batendo com folga a recomendação do Comitê Olímpico Internacional

São mais do que otimistas as expectativas dos representantes da rede hoteleira do Rio de cumprir o compromisso, assumido pela Prefeitura com o Comitê Olímpico Internacional (COI), de criar pelo menos mais 10 mil quartos de hotéis até as Olimpíadas de 2016. E com a previsão de quatro novos postos de trabalho por vaga, serão, no mínimo, mais 40 mil empregos diretos e indiretos. Um estudo da Riotur e da Secretaria Municipal de Urbanismo confirma a fase e mostra que a meta do COI será batida com folga: no ano dos Jogos, a cidade terá cerca de 12 mil novas vagas de hospedagem, totalizando mais de 33 mil.
Dentro desse cenário, duas movimentações são simbólicas: a reabertura do antigo hotel Meridien, assumido pela bandeira Windsor, e a reforma do Hotel Glória, que deve se tornar o primeiro seis estrelas do país.
– A Prefeitura editou um pacote olímpico, que foi elaborado de forma cirúrgica pela Secretaria de Urbanismo, com a participação da iniciativa privada, atingindo perfeitamente as metas. Nós já temos hoje cerca de 4.800 quartos licenciados para início imediato e praticamente 6.500 quartos em análise. Então, nós esperamos até superar essa marca de 10 mil quartos para as Olimpíadas – afirma Alfredo Lopes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ).
Apostando no cenário favorável, Lopes faz uma previsão para a instalação de futuros hotéis no Rio, sugerindo que a Zona Sul será procurada pelos hotéis-butiques, de menor porte; a Barra da Tijuca pelos grandes empreendimentos, e a região do Porto pelos megaprojetos.
– Quando nós pensamos em 10 mil novos quartos, pensamos no que a cidade pode suportar para que eles não fiquem ociosos futuramente. Então, a indústria hoteleira vem trabalhando junto com a Prefeitura para ampliar o calendário de eventos da cidade, fortificar o que já existe, sempre diversificando – explica.
Paulo Marcos (Windsor), Alfredo Lopes (ABIH) e Juan Sander (Hotel Santa Teresa) ressaltam importância do trabalho da Prefeitura para o reaquecimento da indústria do turismo

Representante da rede Windsor, que começará a construir dois novos hotéis nos próximos meses, Paulo Marcos diz ter informações de 17 projetos até as Olimpíadas e do interesse de outras redes internacionais em investir no Rio e, principalmente, do retorno de turistas domésticos.
– Uma coisa que a gente percebe muito claramente é a volta do turismo brasileiro. Por muitos anos, o Rio ficou meio que esquecido pelo turista do Espírito Santo, pelo mineiro, por exemplo, que mora perto e pode vir para uma viagem mais rápida. Esse pessoal está voltando, muito atraído pela coisa de “quero ver a cidade onde vão acontecer as Olimpíadas” – observa.
Um segmento inserido nessa expansão da rede hoteleira do Rio, e que surge como uma alternativa às grandes redes, é o dos hotéis-butiques, que oferecem serviços exclusivos aos clientes e geralmente são instalados em construções pequenas e antigas.
Há 12 anos trabalhando na hotelaria do Rio, o uruguaio Juan Daniel Sander, gerente geral do Hotel Santa Teresa, um dos mais famosos hotéis exclusivos do Rio e que hospedou a cantora Amy Winehouse em sua passagem pelo país, destaca o projeto de pacificação em comunidades para atrair turistas de volta à cidade.
A três anos da Copa do Mundo e a cinco da realização dos Jogos Olímpicos, o uruguaio Juan Daniel Sander, gerente geral do Hotel Santa Teres, afirma já ter reservado todos os 40 quartos do local para empresas estrangeiras durante os dois grandes eventos. Prova de que a movimentação da rede hoteleira carioca é proporcional ao interesse externo por um lugar para ficar em 2014 e 2016.
Para saber mais sobre a rede hoteleira do Rio, seus investimentos e novas instalações, acesse o link abaixo e confira alguns vídeos.
De Cidadeolimpica.com

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Membros do COI conhecem a grande obra mais acelerada para os Jogos

Comitiva da autoridade olímpica internacional visitou a Transoeste, percorrendo a bordo de um ônibus BRT o trajeto do Túnel da Grota Funda e inaugurando a estação do Trevo do Magarça, em Guaratiba

Capitaneados pelo presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, e pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, integrantes do COI chegam ao túnel
A Prefeitura do Rio apresentou mais uma estação da Transoeste, corredor BRT (Bus Rapid Transit) que vai ligar Santa Cruz à Barra da Tijuca a partir de maio de 2012. A inauguração da estação Magarça, em Guaratiba, coincidiu com a sexta visita ao Rio de um grupo de avaliação do Comitê Olímpico Internacional (COI), que chegou à cidade para acompanhar o andamento dos projetos para dos Jogos de 2016.
Depois um dia de reuniões na sede do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a comissão – formada pela marroquina Nawal El-Moutawakel, presidente da Comissão de Coordenação para os Jogos Olímpicos Rio 2016, o suíço Gilbert Felli, diretor executivo de Jogos Olímpicos do COI, e Christophe Dubi, diretor internacional de Esportes do comitê – conheceu a principal intervenção do corredor expresso, o Túnel da Grota Funda, entre o Recreio dos Bandeirantes e Guaratiba.
Na companhia do prefeito Eduardo Paes e da presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos Marques, os representantes do COI atravessaram de ônibus o túnel e seguiram até o Trevo do Magarça, onde participaram da inauguração da estação.
Estação do Trevo do Magarça, em Guaratiba, é a segunda a ser concluída e apresentada à população
A pouco mais de seis meses da sua conclusão, a Transoeste, em estágio avançado de obras, começa a tomar forma. Além do túnel – que espera apenas por asfalto, iluminação e sinalização – e de duas das 64 estações prontas, já é visível a transformação da Avenida das Américas, principalmente a partir do cruzamento com a Salvador Allende.
O trecho já tem parcialmente prontas as pistas de serviço – com meios-fios e asfalto -, que darão ao Recreio a mesma configuração da Barra da Tijuca. Além disso, é possível ver ainda dezenas de estações BRT sendo construídas no antigo canteiro central, boa parte delas com suas bases de concreto prontas.
Quando concluída, a Transoeste terá 56 km de extensão, a maior parte formada por corredores exclusivos para o BRT. E deverá reduzir à metade o tempo de gasto no trajeto entre Santa Cruz e a Barra, para mais de 200 mil pessoas por dia.
Segunda obra do projeto olímpico com data marcada para inauguração – a primeira foi o Parque dos Atletas, que há quase dois meses foi usado como Cidade do Rock – a Transoeste será a única visitada pela comissão do COI, que deixa a cidade após três dias de avaliações e reuniões.
De cidadeolimpica.com

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Em breve, uma promoção que vai agitar o blog Rio: Cidade Olímpica

Quer começar o ano de 2012 com um presente irado? A blusa do seu time de coração, a réplica de uma das bolas utilizadas no Campeonato Brasileiro ou um ingresso para um jogo do Campeonato Carioca 2012? Quer participar? Então faça o seguinte: participe da promoção "Sou mais Rio: Cidade Olímpica!"
A disputa será por pontuação. Aquele ou aquela que fizer mais pontos, poderá escolher seu presente.
Os pontos serão distribuídos da seguinte forma:
Cada  sugestão de pauta enviada para o nosso blog valerá 2 pontos.
Se a sua sugestão de pauta for boa, de interesse do público alvo deste blog e acima de tudo viável, você ganhará 3 pontos. (Não adianta mandar pautas mirabolantes ou impossíveis de se fazer. Lembre-se, um jornalista não é um super-herói)
Se quiser, pode mandar a reportagem pronta. Em vídeo, vale 10 pontos. Em texto, 8 pontos.
Cada comentário renderá 1 ponto à pauta sugerida.
Gostou? Então começe a participar!!!!!
Para enviar as sugestões de pauta ou as reportagens, mande um e-mail para riocidadeolimpica@hotmail.com
Lembre-se, todos os créditos serão dados aos colaboradores das reportagens: você!!!!!

Rio: Cidade Olímpica. O melhor blog de notícias olímpicas da internet. Tudo sobre a Cidade Maravilhosa!!!!



 

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Feira no Rio quer desenvolver economia ligada ao esporte

Objetivo é preparar empresas para grandes eventos esportivos. ‘Negócios no setor esportivo respondem por só 0,7% do PIB’, diz diretor.

Bernardo Tabak Do G1 RJ

Com o objetivo de desenvolver a economia ligada ao setor esportivo, foi lançada nesta segunda-feira (7), no Jockey Club do Rio de Janeiro, a World Sports & Business (WSB). Chamada pelos organizadores de um “multievento internacional”, com feira de produtos, palestras e workshops, a expectativa é de que sejam gerados R$ 5 bilhões em negócios.

“A nossa principal preocupação é preparar as nossas empresas para os grandes eventos esportivos que vão ser realizados no país nos próximos anos”, enfatizou Hélio Viana de Freitas, diretor-executivo da WSB, referindo-se à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016.
De acordo com o Viana, no Brasil, os negócios relacionados ao setor esportivo, desde a venda de produtos licenciados – camisas, acessórios e souvenires -, até a negociação dos direitos de transmissão de jogos, respondem por 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. “Enquanto isso, a economia ligada ao setor de esportes gera 5% do PIB dos Estados Unidos e 4,8% do PIB da Europa”, comparou Viana.
O diretor-executivo da WSB afirmou que entre 15 e 20 fundos de investimentos, a maioria estrangeiros, manifestaram interesse em investir no Brasil. “Vários fundos já estão preferindo investir na área de infraestrutura. Dar os nomes dos fundos agora é impossível, porque as negociações ainda estão ocorrendo”, disse Viana. “Alguns desses fundos ainda não têm investimentos no Brasil, mas pretendem vir para cá”, complementou.

Sem preocupação com atrasos nas obras

Viana não demonstrou preocupação com possíveis atrasos nas obras de preparação para a Copa 2014 - e o consequente encarecimento dos custos -, nem com uma pesquisa do geógrafo Paulo Roberto Andrade, da Universidade de São Paulo (USP), que mostra as deficiências de São Paulo para receber grandes eventos. “Isso acontece em quase todos os lugares. Nas Olimpíadas de Atenas foi assim, e na Copa do Mundo da África do Sul também. Alguns estádios foram concluídos em cima da hora”, observou.
Para o diretor-executivo, os investidores sabem dos problemas que podem ocorrer e contabilizam isso nos custos dos empreendimentos. “O esporte no Brasil, no meu conceito, é um trem-bala no asfalto. Na hora que colocarmos esse trem-bala nos trilhos, vamos gerar muitas oportunidades e negócios”, concluiu Viana.
A WSB, que conta com a parceria do Banif Investment Bank e do Instituto João Havelange, e é promovida HBusiness Bank, vai ser realizada uma vez por ano, até 2016, sempre no mês de setembro.

domingo, 6 de novembro de 2011

Governo e Fifa superam divergências e se acertam pela Lei Geral, diz jornal

Vinda do secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, na próxima semana, deve aparar últimas arestas com Congresso, que ainda luta por autonomia


Do Globo Esporte.com

Ainda que a resistência de congressistas continue sob o discurso de perda da soberania nacional ao oferecer privilégios à Fifa para a realização da Copa do Mundo 2014 que sejam nocivos a algumas de leis brasileiras, o governo federal e a entidade já teriam costurado um acordo que será sacramentado, provalmente, na próxima semana, com a vinda do secretário-geral Jérôme Valcke. Segundo o jornal "Estado de S. Paulo", a presidente Dilma Rousseff respaldou as necessidades da Fifa, tranquilizando-a, em encontro no início de outubro, em Bruxelas, na Bélgica.
O único aspecto que ainda careceria aparar as arestas é o da garantia de proteção aos direitos de transmissão e produtos licenciados, ligado ao alto comércio de pirataria no país, um dos temores de maior prejuízo dos organizadores do evento. O governo entende que a rede ilegal é extensa e não tem um plano já construído que agrade plenamente ao futuro parceiro.
Quanto à polêmica da meia-entrada, há um consenso anunciado há alguns dias. O próprio Valcke, homem-forte da Fifa destacado pelo mandatário Joseph Blatter, afirmou que aceita o benefício aos idosos, algo previsto em legislação federal. Mas a estudantes isso só deverá vir a ocorrer parcialmente, sob apoio do Estatuto da Juventude, que prevê meia-entrada para todos os "jovens" com idade entre 15 e 29 anos. Haverá cota limitada à escolha pela entidade. A venda de bebidas alcoólicas será permitida, e outros detalhes menores são vistos com cuidado e serão concedidos.
No Planalto, a comissão especial criada para debater e trazer soluções para a Lei Geral da Copa conta com oposicionistas e luta para evitar que se abra mão de parte do que foi estabelecido em contrato, em 2007, quando o Brasil foi apontado como o anfitrião do Mundial. O secretário-geral passará por sabatina de argumentos de deputados e senadores na terça-feira - outras 50 pessoas têm sido ouvidas, em longo processo. Há pouco tempo, Valcke elogiou os russos, destacando que, mesmo sete anos longe de sua competição, já deram aval à documentação pedida pela Fifa e cutucou o que chamou de "erros brasileiros".
 A expectativa é de que, após aprovação do Congresso a suas emendas em relação ao texto original, de setembro, a tramitação da Lei se encerre finalmente em 2012, cerca de um ano antes da Copa das Confederações, evento-teste de 2013.

sábado, 5 de novembro de 2011

Treinamento da polícia do Rio para grandes eventos inclui até agentes do FBI



RIO - De olho na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016, a polícia do Rio resolveu investir em treinamentos especializados. Para isso, eles buscaram na terra de Obama a experiência para a realização de grandes eventos. Desde o início do ano, policiais civis e militares estão participando de cursos com agentes de órgãos de segurança americanos, como o FBI e o Departamento de Justiça, aprendendo a reconhecer documentos fraudulentos ou até mesmo lidar com incidentes com armas químicas. Nesta sexta-feira foi realizada a cerimônia de encerramento da quarta turma de treinamento, e a previsão é que até o fim de 2012 outros 36 cursos sejam realizados.

 Esses cursos são oferecidos pelo Consulado dos Estados Unidos, numa parceria com a Secretaria de Segurança do Rio. Ao todo, 100 oficiais já foram treinados, mas nosso objetivo é treinar mil até o fim do ano que vem - contou Melissa Pongeluppi, superintendente de Ensino da subsecretaria de ensino e Prevenção da Secretaria de Segurança.

Segundo Melissa, os cursos foram definidos após um mapeamento realizado pela secretaria das principais demandas de capacitação dos policiais, e alguns foram realizados pela primeira vez no país: "Neste ano eles fizeram cursos de reconhecimento de documentação fraudulenta, planejamento de ataque em áreas vulneráveis, gerenciamento de incidentes com armas químicas e o último foi gerenciamento tático para grandes eventos. Como as turmas são pequenas, normalmente com 25 vagas apenas, nosso plano é transformar esses policiais em multiplicadores."

De acordo com Michael Brown, chefe de segurança do Consulado dos Estados Unidos e responsável pela organização do treinamento, os cursos são oferecidos em mais de 30 países pelo governo americano.

- Nosso objetivo é ajudar o país a melhorar a segurança. Apesar disso, não temos a pretenção de impor um método específico. Cada local define o que é melhor, o que se encaixa da melhor maneira. Como nós já sediamos muitos grandes eventos, temos a experiência - explicou Brown, que ressaltou que os cursos são oferecidos de acordo com a demanda de cada país.

Brown explica que as aulas são ministradas por agentes aposentados dos órgãos do governo americano, todos de alta patente.

Por  Luisa Valle  de Jornal O Globo

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Rio terá cerca de 60 dias de mudança no trânsito por causa das Olimpíadas.

Por Luiz Ernesto Magalhães

O Rio de Janeiro sofrerá mudanças no trânsito durante cerca de 60 dias para receber as delegações, o público e a imprensa que vão acompanhar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. Os atletas usarão os BRTs (corredores exclusivos para ônibus articulados), mas, a exemplo dos Jogos Pan-Americanos de 2007, ainda haverá necessidade de implantar faixas exclusivas para as delegações, como na Linha Amarela. A informação foi divulgada na quarta-feira pela diretora de Transportes do Comitê Organizador Rio 2016, Regina Amélia Oliveira, durante o 18º Congresso Brasileiro de Transportes e Trânsito. Com isso, embora as Olimpíadas só comecem em agosto, os cariocas conviverão com mudanças já a partir de julho de 2016.

Dos quatro BRTs planejados, dois já estão em construção. O Transoeste (Barra-Campo Grande/Santa Cruz), com previsão de entrar em operação no ano que vem, e o Transcarioca (Barra da Tijuca-Aeroporto Internacional Tom Jobim), a ser inaugurado antes da Copa do Mundo de 2014.

Previsão é de 6 mil veículos a mais na cidade
As avenidas Ayrton Senna, Salvador Allende e Embaixador Abelardo Bueno, que no Pan tiveram faixas exclusivas para as delegações, em 2016 terão BRTs implantados antes do evento. Os corredores Transolímpico (Barra da Tijuca- Deodoro) e o Transbrasil (Centro- Avenida Brasil) ainda serão licitados.
- Ao todo, serão mais de seis mil veículos em circulação nesses 60 dias para atender ao evento. Eles percorrerão mais de 65 milhões de quilômetros no período. Apenas nas Olimpíadas, serão 11 mil atletas, 21 mil jornalistas, 90 mil voluntários. No total, serão 200 mil credenciados - diz Regina Amélia.
Ela explicou que o esquema de trânsito terá que ser implantado por dois meses devido a peculiaridades da estrutura de organização dos Jogos. A Vila Olímpica, na Avenida Salvador Allende, será liberada aos atletas 15 dias antes da abertura oficial do evento (5 de agosto). Após o término das Olimpíadas, o esquema terá que ser mantido para receber as delegações paraolímpicas, duas semanas antes da abertura dos Jogos Paraolímpicos (7 de setembro).
- O Comitê Organizador está fazendo o planejamento com as autoridades de transporte da cidade. Com os BRTs em operação, as interferências no trânsito da cidade tendem a ser menores em algumas regiões em comparação aos Jogos Pan-Americanos, quando o sistema exclusivo para corredores de ônibus ainda não existia - afirma Regina Amélia.

Plano geral deve ser concluído em 2012
O secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, explicou que o plano geral de transportes só deve ficar pronto em meados do ano que vem. Segundo ele, ainda é cedo para estabelecer o período em que será necessário bloquear faixas de trânsito da cidade para a passagem das delegações nas semanas anteriores e posteriores aos Jogos. Além da Linha Amarela, já se sabe que a prefeitura pretende montar um esquema especial para a ligação viária entre a Barra da Tijuca e a Zona Sul. O Elevado do Joá será alargado para permitir a criação de uma faixa exclusiva para as delegações.
Apenas com a conclusão do plano será possível estimar o impacto dos jogos no trânsito. Para minimizá-lo, já existem ideias. No período das Olimpíadas, será feriado escolar. O rodízio de veículos por final de placa não está descartado.
Uma das ideias em estudo pela prefeitura e pelo Comitê Organizador Rio 2016 é repetir a experiência de Sidney (2000) e Atenas (2004). Fora dos períodos de competição, as cidades permitiram que veículos comuns circulassem pelas faixas exclusivas destinadas às delegações. Sistema semelhante também será adotado nas Olimpíadas de Londres, no ano que vem.
- Lá, a implantação das faixas é um dos grandes desafios, porque muitas ruas são estreitas - disse Regina.

Para mais informações sobre trânsito e obras no Rio de Janeiro, principalmente na região central da cidade, acesse os links abaixo: