Não temos palavras para agradecer a vocês, leitores, por tudo o que fizeram neste ano de 2012. Depois de um tempo "parado", voltamos à ativa, porém, sem esperar tamanho sucesso.
Hoje, neste último dia do ano, queremos agradecer aos mais de 4000 leitores do nosso blog.
Da mesma forma como sempre agradecemos, com humildade, alegria e responsabilidade, queremos continuar assim, ofertando a você, leitor, os nossos verdadeiros e fiéis agradecimentos.
Que o ano de 2013 seja repleto de alegrias, felicidades, trabalho e realizações para cada um de nós!
Continuaremos nos vendo por mais 365 dias!
Até a próxima!
Feliz ano novo!
São os votos da equipe do blog Rio: Cidade Olímpica.
P.S.: A equipe do blog Rio: Cidade Olímpica estará de recesso até o dia 02/01/2013. As matérias diárias voltarão a ser publicadas somente no dia 03. Caso haja algum fato relevante em nossa cidade, namedida do possível, noticiaremos aqui.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Obras do entorno do Maracanã só ficarão prontas na véspera da Copa das Confederações
Por: O Globo
Foto: O Globo |
Quem passa hoje pelo entorno do Maracanã não imagina que daqui a seis meses o estádio receberá as equipes que participarão da Copa das Confederações e seus torcedores. Do lado de fora da estrutura, operários ainda estão colocando a tubulação e as bases para a instalação da iluminação em LED. Apenas uma pequena parte do calçamento está pronta, e a maior parte dos equipamentos ainda não foi instalada.
Mesmo assim, o secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto, garante que entrega o novo entorno antes do início da competição, em 15 de junho. O investimento feito pela prefeitura chega a R$ 109 milhões. Já o estádio, que está sendo reformado pelo governo do estado, deve ficar pronto em fevereiro:
—Temos muitas frentes abertas e entregaremos a urbanização de todo o entorno dias antes da estreia. Só não entregaremos a passarela de acesso sobre o Rio Joana (ligando o trecho onde fica hoje o Ministério da Agricultura até a Quinta da Boa Vista), que ficará pronta para a Copa de 2014.
A área engloba a Radial Oeste, a Avenida Maracanã, as ruas Eurico Rabelo e Professor Manuel de Abreu, além de um trecho da Rua Visconde de Niterói. A região vai ganhar uma ciclovia e uma de área de recreação com mesa de jogos, bancos, bicicletário e equipamentos para exercícios, além de dois mil metros quadrados de pavimentação, 45 mil metros quadrados de paisagismo e nova iluminação.
Segundo Alexandre Pinto, a acessibilidade é um dos destaques do projeto. Todo o entorno será adaptado para pessoas com mobilidade reduzida. Ele diz que serão construídas dez rampas de acesso e travessias rebaixadas. Além disso, um piso especial para deficientes será instalado em toda a área.
O secretário destaca ainda outros projetos como a remoção da Favela do Metrô. Alexandre Pinto diz que o projeto está em andamento e que falta assentar 65 famílias que moram no local.
Cisternas contra inundações
Ele conta ainda que está em andamento a construção de cinco cisternas para evitar inundações durante temporais. O secretário prometeu entregar o primeiro reservatório, na Praça da Bandeira, em meados de fevereiro.
— Ele é o menor de todos, com capacidade para 18 milhões de litros d’água. E vai funcionar como um grande ralo, recebendo a drenagem do entorno — afirmou.
Prevista para o fim de 2012, a primeira parte do projeto sofreu atrasos, devido à adequação dos projetos. Já canalização do Rio Trapicheiros já está em fase de conclusão, com 90% dos 361 metros previstos já executados. O objetivo é preparar o curso d'água para receber as águas dos reservatórios da Praça da Bandeira e da Tijuca, na Heitor Beltrão. A conclusão deste trecho, segundo o secretário, será no primeiro trimestre de 2013.
Alexandre Pinto disse que já foi iniciada a construção do túnel de 2.400 metros que irá desviar o Rio Joana para um deságue independente na Baía de Guanabara. As obras devem ficar prontas em meados de 2014. Pelo projeto, os reservatórios servirão para amortecer o excedente de chuva, acumulando os volumes e impedindo o transbordamento dos rios. A água só será liberada conforme a capacidade da rede de drenagem.
sábado, 29 de dezembro de 2012
Teleférico do Morro da Providência gera acessibilidade e integração
Ela foi a primeira favela do Rio de Janeiro, constituída no fim do século XIX. A comunidade do Morro da Providência, Centro do Rio, está prestes a passar por uma das maiores transformações de sua história, alterando a paisagem e o sistema de transportes da comunidade. Trata-se do teleférico, nos mesmos moldes do que foi implantado no Complexo do Alemão, na Penha, e que hoje chega a transportar mais gente do que o centenário bondinho do Pão-de-Açúcar. No caso da Providência, portanto, o sistema – que começou a ser testado na sexta-feira (21) – , deverá agradar a moradores e turistas, afinal, a favela localizada bem no meio do Centro da cidade possui uma das mais belas vistas do Rio.
Em pouco tempo, cariocas e turistas poderão pegar o teleférico na Central do Brasil, contemplar a paisagem do alto do Morro da Providência e descer até a Cidade do Samba. Porém, os moradores serão os maiores beneficiados pelo acesso rápido e prático até suas casas. De acordo com a moradora Severina Marinho, 71 anos, 52 deles na Providência, ela não esperava mais ver tantos benefícios: "As coisas estão melhorando muito, e numa velocidade grande… Vai ser bom para todo mundo. Fico feliz que meus filhos e netos poderão herdar um lugar muito melhor para viver".
Nesta última semana, as nove torres foram erguidas e os cabos foram içados desde a Central do Brasil, passando pelo alto do morro e desembocando em frente à Cidade do Samba, atingindo um total de 721 metros de extensão. O sistema conta com cabines confortáveis, com capacidade para até 10 passageiros e transportar em torno de 1 mil pessoas por hora.
Segundo o coordenador de fiscalização da obra, Ricardo Victor Soares, as cabines têm ventilação natural e são muito confortáveis: "É um sistema semelhante ao do Alemão. Além de melhorar a acessibilidade dos moradores do morro, o teleférico também terá a função de mostrar uma parte do Rio de Janeiro", disse.
O sistema de teleférico do Morro da Providência terá três estações: uma entre a Central do Brasil e o terminal rodoviário, outro no alto do morro e a terceira em frente à Cidade do Samba. Na estação Américo Brum, que fica no alto da comunidade, haverá elevadores, banheiros e bares.
Juntamente com o teleférico, uma série de outras obras estão sendo feitas na comunidade por conta do projeto Morar Carioca, da Prefeitura do Rio, que já reurbanizou as ruas e construiu toda a infraestrutura necessária ao fornecimento de água e coleta de esgoto. Após a conclusão do teleférico, será construído ainda um plano inclinado para levar os moradores às partes mais altas do morro.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
BRT TransOeste chega ao bairro de Paciência!
Estação BRT TransOeste, no bairro Paciência. |
Há pouco tempo, tive o prazer de conhecer o bairro de Paciência, Zona Oeste do Rio. Até então, minha vida "carioca" se resumia à Zona Sul, Centro, e algumas áreas da Grande Tijuca. Assim como outros bairros da Zona Oeste, Paciência me trouxe à memória alguns bairros que eu já morei. Resumindo: me senti quase que "em casa". Após esta declaração, vamos à notícia do dia.
Depois de seis meses de operações, a TransOeste será ampliada e chegará até o bairro de Paciência, dando início às operações no chamado “braço” de Campo Grande, ao longo da Avenida Cesário de Melo. Nesta segunda fase, o corredor expresso BRT (Bus Rapid Transit) ganha mais 5km de extensão e vai atender moradores de diversos bairros, como Inhoaíba, Cosmos, Paciência, Guaratiba e Sepetiba. O novo percurso, que vai da estação Salvador Allende, no Recreio, até a estação Santa Eugênia, em Paciência, será feito por um ônibus menor, de aproximadamente 13 metros de comprimento.
De acordo com Eduardo Fagundes, engenheiro chefe da Secretaria Municipal de Obras, o novo trecho era necessário: "Havia um número grande de pessoas que saíam de Paciência e se deslocavam até o Recreio dos Bandeirantes e vice-versa. Por isso optamos por ônibus que fizessem este percurso".
Embora os ônibus sejam menores que os Ligeirões (que fazem o trajeto entre a Barra da Tijuca e Santa Cruz), os ônibus que circulam do Recreio até Paciência possuem as mesmas características internas dos articulados. Equipados com ar-condicionado, trafegam livres pelas faixas segregadas, evitando engarrafamentos. Além das quatro novas estações, o BRT também fará paradas nas estações expresso-paradoras do Mato Alto, Recreio Shopping, Glaucio Gil e Salvador Allende.
Além das estações ao longo da Avenida Cesário de Melo (Cesarão 1, 2 e 3 e Santa Eugênia), a TransOeste possui 45km de extensão e 43 estações, atendendo 220 mil passageiros por dia. Os passageiros que saem de Paciência com destino à Barra da Tijuca podem descer em uma das estações do Recreio e de lá embarcar em um ônibus articulado em direção ao terminal Alvorada, sem nenhum custo adicional. "O passageiro que está na Barra da Tijuca e precisa viajar até Paciência deve pegar um dos Ligeirões até a estação Salvador Allende e, de lá, este ônibus menor até Paciência", orienta Marcos Tognozzi, coordenador regional da TransOeste. Com o novo trecho da TranOeste, os passageiros que moram em Paciência, Inhoaíba e Cosmos e demoravam até duas horas e meia para chegar até a Barra da Tijuca, com o novo trecho esse tempo passará a ser de meia hora.
A segunda etapa da TransOeste será a conclusão do trecho até Campo Grande Campo e, segundo a Secretaria Municipal de Obras, está prevista para o segundo semestre de 2013. Com mais 11km de extensão e 11 estações, estão previstas ainda a duplicação de um quilômetro de via entre o cemitério de Campo Grande e o viaduto Alim Pedro.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
'Falta estrutura no aeroporto', declara Cabral sobre apagão no Rio
Por: G1
Foto: G1 |
Durante a posse dos peritos legistas do estado do Rio de Janeiro, realizada na manhã desta quinta-feira (27), no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio, o governador Sérgio Cabral criticou o apagão ocorrido na noite desta quarta (26) no Aeroporto Internacional Tom Jobim. Segundo ele, o fato ocorreu por falta de estrutura do aeroporto, que não tem um sistema de geradores capaz de ser acionado imediatamente.
O governador criticou a falta de um backup de energia no aeroporto. "Tinha que haver uma estrutura reserva, com geradores de última geração que fossem capazes de responder na queda de energia. Infelizmente, não tinha".
Cabral comparou o aeroporto a um shopping e afirmou que passageiros em solo são de responsabilidade da administradora.
"Shopping e aeroporto são quase a mesma coisa. O aeroporto é um shopping de serviços com características próprias da aviação civil. O avião em solo é muito mais serviço. O avião no ar, aí não, aí é responsabilidade das autoridades do governo. Já os passageiros nos terminais podem ser muito bem administrados como é no mundo inteiro (por empresas)", disse Cabral.
O governador não declarou se a Infraero é boa ou má administradora, entretanto, para ele, é "humanamente impossível uma companhia governamental ser capaz de responder às demandas diárias de uma cidade como é o Aeroporto Tom Jobim, pela lógica da velocidade de gestão".
Cabral também elogiou a concessão do aeroporto à iniciativa privada, anunciada pela presidente Dilma no dia 20 de dezembro.
"Acho que a presidenta Dilma tomou a decisão correta de licitar e fazer a concessão. Isso será um presente para o Rio".
A previsão é de que o edital para a privatização do Galeão seja publicado em agosto de 2013 e que o leilão ocorra em setembro do mesmo ano.
Após uma noite de muito sufoco para os passageiros do Aeroporto Internacional Tom Jobim, que sofreu um apagão nesta quarta-feira (26), a movimentação era tranquila nos dois terminais, na manhã desta quinta-feira (27). Por volta das 10h, não havia filas e o embarque e desembarque eram normais. Sem ar condicionado, usuários sofreram com o forte calor, no dia mais quente do Rio de Janeiro desde 1915.
O problema atingiu os dois terminais, por volta das 21h. Após duas horas, o fornecimento de luz foi normalizado no Galeão. Segundo a Light, concessionária responsável pelo serviço, um defeito no equipamento da subestação que pertence ao aeroporto Internacional Tom Jobim ocasionou o desligamento da linha de transmissão da Light, que atende a Ilha do Governador e a Ilha do Fundão.
De acordo com o superintendente do aeroporto do Galeão, Emmanoeth Vieira de Sá, a estrutura atual do aeroporto não permite que o gerador de emergência seja acionado imediatamente neste tipo de caso. Por isso, demorou 10 minutos para entrar em funcionamento.
"No nosso caso, a gente não tem essa facilidade. Ela vai estar contemplada nessa obra de revitalização, com um sistema totalmente automático para que em dez segundos entre o grupo de emergência", afirmou o superintendente.
A Infraero informou que não houve atrasos e cancelamentos de voos em decorrência do apagão. No entanto, passageiros disseram que houve atrasos, principalmente nos voos internacionais, já que durante a falta de luz não foi possível fazer check-in nos balcões das companhias.
Segundo a Infraero, a iluminação na pista não chegou a ser afetada. O gerador foi acionado, no entanto, não foi suficiente para atender todo o terminal.
Procurada pelo G1, a Light informou que equipes de técnicos do aeroporto, com apoio de funcionários da companhia, vão investigar as causas do defeito apresentado.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
A ordem promete chegar ao Centro
Foto: Jornal O Globo |
A ideia é ter (e colocar) mais ordem. Pelo menos, é o que se espera da oitava Unidade de Ordem Pública, que será instalada no Centro da cidade. Ela ficará responsável por coibir o comércio ambulante, a ocupação das calçadas com mesas e cadeiras, a população de rua e o estacionamento irregular no Porto Maravilha, na Zona Portuária. A ser inaugurada que será inaugurada nesta quarta-feira, a oitava UOP implantada na cidade — as demais estão localizadas no Méier, Catete, Copacabana, Ipanema, Leblon, Centro e Tijuca — contará com 267 guardas municipais que atuarão em uma área de mais de um milhão de metros quadrados, região entre as avenidas Presidente Vargas, Venezuela e Rodrigues Alves, e as ruas Sacadura Cabral, Leandro Martins e Teófilo Otoni.
De acordo com o secretário de Ordem Pública, Alex Costa, a chegada de uma UOP à região é uma etapa importante no processo de revitalização: "O Porto é uma parte da cidade em que a prefeitura tem projetos importantes. É também uma região muito degradada, que está recebendo grandes investimentos. Queremos promover mudanças que beneficiem moradores e frequentadores da área do Porto."
O maior problema a ser enfrentado pela nova UOP será a presença de população de rua. Em uma pesquisa realizada pelo Instituto Olhar, com moradores da região, 78,6% dos entrevistados apontaram este problema social como um dos mais desagradáveis e necessário de ser resolvido. O barulho dos bares, restaurantes e das obras da região foi apontado por 71,2% das pessoas. Já a presença de camelôs irregulares foi apontada por 67,4% dos entrevistados. O estacionamento irregular e a ocupação irregular de calçadas vieram logo atrás, com 68,1% e 56,8%. "Os moradores de rua ficam nas calçadas durante todo o dia. Além disso, a região está com muito lixo e entulho. Estamos precisando mesmo de um choque de ordem", aponta o comerciante Alexandre Loureiro do Carmo, de 35 anos.
Porém, a ordem não deve ser de responsabilidade única do poder público. Para a comerciante Maria das Neves, de 44 anos, a população também deve contribuir para manter a ordem nas ruas: "A Comlurb passa recolhendo o lixo, mas não tem caçamba e o morador faz a calçada de depósito. É lamentável".
A atuação dos guardas municipais da UOP da Zona Portuária terá apoio tecnológico. Apoiado por um sistema de GPS, será possível identificar a localização dos veículos. Cada agente receberá também radiotransmissores e palmtops, acoplados a mini-impressoras, para registrar e transmitir imediatamente as irregularidades encontradas para uma central de controle da Guarda Municipal. Os agentes vão trabalhar em turnos, patrulhando 24 horas por dia. A base da nova UOP ficará na Rua Rodrigues Alves, em frente ao Armazém 10.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Pacote Olímpico: Paes diz que prefere atrasar Olimpíada a colaborar com especulação imobiliária
Por: Jornal O Globo
O prefeito Eduardo Paes disse na manhã deste sábado, ao inaugurar mais uma estação do BRT Transoeste, que prefere atrasar a Olimpíada a colaborar com a especulação imobiliária na área do Parque Olímpico, do autódromo e do entorno do campo de golfe. Paes afirmou que vai pedir a Câmara de Vereadores para apoiar seu veto integral das alterações no Pacote Olímpico, que valorizam as áreas particulares na região. Segundo ele, os vereadores não sabiam o que estavam sabendo quando aprovaram as mudanças.
O prefeito Eduardo Paes disse na manhã deste sábado, ao inaugurar mais uma estação do BRT Transoeste, que prefere atrasar a Olimpíada a colaborar com a especulação imobiliária na área do Parque Olímpico, do autódromo e do entorno do campo de golfe. Paes afirmou que vai pedir a Câmara de Vereadores para apoiar seu veto integral das alterações no Pacote Olímpico, que valorizam as áreas particulares na região. Segundo ele, os vereadores não sabiam o que estavam sabendo quando aprovaram as mudanças.
— Na próxima legislatura haverá a votação do veto. Tenho convicção que nem os vereadores sabiam o que estavam fazendo. Alguém deve ter dito alguma coisa e não imaginava aquele resultado. Tenho confiança que os vereadores vão manter o veto do prefeito para não termos o projeto olímpico comprometido. Entre ter a olimpíada atrasada e ficarmos com a fama de estar alimentando a especulação imobiliária, fico com a olimpíada atrasada. Vou para o radicalismo. Cancelo todos os contratos e vamos repensar tudo de novo — disse ele.
Propostas valorizam em mais de 4 bilhões propriedades na região
As propostas de alterações no pacote, apresentadas minutos antes de o projeto ser votado em sessão tumultuada, no apagar das luzes da atual legislatura, valorizaram em mais de R$ 4 bilhões as propriedades de empresários vizinhos ao Parque Olímpico e ao campo de golfe, segundo estimativas do mercado imobiliário. Entre outras alterações, os vereadores ampliaram em mais de 560 mil metros quadrados os limites da área total que pode ser construída. Contrário ao projeto, Eliomar Coelho (PSOL) foi irônico ao discursar no plenário, insinuando que o apoio foi em troca de benefícios financeiros:
— Isto aqui é uma imoralidade. Essas emendas são contrabandos colocados por quem entende do assunto. E não colocou porque é bonito. A contrapartida a gente sabe qual é. Daqui a pouco a gente vai ouvir pelos corredores: que bom peru de Natal os vereadores ganharam.
As mudanças no projeto tiveram como porta-voz uma figura conhecida quando se trata de aprovar projetos envolvendo polêmicas urbanísticas: o presidente da Comissão de Justiça e Redação, Jorge Pereira (PT do B). Foi Pereira, por exemplo, quem articulou a mudança da Vila do Pan da Avenida Salvador Allende para a Ayrton Senna e as alterações nas regras do Plano Lúcio Costa para adensar Vargem Grande e parte do Recreio, entre outras. Pereira, que desistiu da reeleição, assumiu o microfone para defender as emendas. O motivo alegado: ajudar a prefeitura a viabilizar as Olimpíadas custa caro. Por isso, segundo ele, os empresários que são parceiros precisam ser ressarcidos.
— Ninguém sequer sabe quem é esse moço que será o dono do campo de golfe de R$ 80 milhões feito por um empresário. Mas vai ser feito um campo de golfe. Eu não estou fazendo defesa do empresariado. Eu estou fazendo defesa da lógica. Se você quer que uma coisa exista e aconteça, ela tem que estar adequada. Depois disso aqui votado, o prefeito que volte aqui, sente, converse, dialogue e ache um meio-termo nesta situação. Não com a emenda que a Câmara fez. A emenda é para provocar mesmo! Pelo menos, tenho esse intuito — disse Jorge Pereira.
domingo, 23 de dezembro de 2012
Rio se transforma em um grande canteiro de obras
Um grande canteiro de obras. Esta é a definição mais correta que se pode dar à atual fase que passa a cidade do Rio de Janeiro. Ao todo mais de 30 frentes de obras estão em andamento, causando profundas transformações no mobiliário urbano e na vida de cariocas e fluminenses, que moram ou trabalham na Cidade Maravilhosa.
Os repórteres e alunos do curso de Comunicação Social da PUC-Rio, Felipe Ariani e Luisa Taranto, com imagens de Luisa Taranto, Maria Isabel Marques, Rafael Laet, Rafael Simões e Samanta Ayd e edição de
Renata Spolidoro, produziram uma reportagem que mostra exatamente as mudanças que estão acontecendo na cidade.
Confira no link do Portal PUC-Rio Digital, o VT produzido por eles.
Os repórteres e alunos do curso de Comunicação Social da PUC-Rio, Felipe Ariani e Luisa Taranto, com imagens de Luisa Taranto, Maria Isabel Marques, Rafael Laet, Rafael Simões e Samanta Ayd e edição de
Renata Spolidoro, produziram uma reportagem que mostra exatamente as mudanças que estão acontecendo na cidade.
Confira no link do Portal PUC-Rio Digital, o VT produzido por eles.
sábado, 22 de dezembro de 2012
Conheça o Parque Olímpico
Por: CidadeOlímpica.com
Se por conta dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 os olhos do mundo se voltarão para o Rio de Janeiro, o foco de toda essa atenção se concentrará numa área de 1,18 milhão de metros quadrados na Barra da Tijuca. Palco de nada menos que 14 modalidades olímpicas e nove paralímpicas, o parque está atualmente num avançado processo de demolição do antigo autódromo, que terá 70% do material proveniente de suas estruturas reaproveitado na própria obra.
Até meados de 2013, começarão a ser erguidas as primeiras estruturas do parque. A construção foi iniciada no dia 6 de julho de 2012 com a demolição das arquibancadas. O concreto delas, por exemplo, é triturado e utilizado na obra. Foi mantido apenas o esqueleto de parte das estruturas, com o objetivo de construir uma sede administrativa nos moldes da antiga arquibancada, em respeito à história do local.
Os boxes também já foram demolidos, assim como boa parte do asfalto – são retirados, em média, 100 metros por dia. Toda a parte leste, por exemplo, já foi removida. Os pneus que antes cercavam as pistas agora servem para sinalizar os percursos dos caminhões.
– Tudo está indo dentro do planejado. Temos que ter todos os cuidados com relação aos cuidados ambientais. É uma obra sem requintes tecnológicos, mas cercada de cuidados com reação à segurança e o meio ambiente. A demolição dos boxes, por exemplo, exige a retirada e a destinação correta dos materiais, o que demanda mais tempo e cuidado – disse o diretor-presidente do Consórcio Rio Mais, Fernando Pacheco.
O parque vai receber cerca de 120 mil pessoas por dia. Entre as 14 modalidades olímpicas que serão disputadas lá estão basquete, judô, taekwondo, lutas, handebol, tênis, ciclismo, saltos ornamentais, polo aquático, natação, nado sincronizado, ginástica artística, ginástica rítmica e ginástica de trampolim. Já as paralímpicas são basquete em cadeira de rodas, rugby em cadeira de rodas, bocha, judô, voleibol sentado, goalball, tênis em cadeira de rodas, ciclismo e natação.
Os futuros equipamentos esportivos serão ora permanentes, ora provisórios que posteriormente serão transformados em escolas, creches ou clínicas de saúde. Após os Jogos, os espaços esportivos perenes vão compor o Centro Olímpico de Treinamento, voltado para atletas de alto rendimento. Já as demais áreas do parque serão transformadas num novo bairro.
A ginasta Jade Barbosa, que conquistou a inédita oitava colocação nos Jogos Olímpicos de 2008 em Pequim, ressaltou a importância do parque não só para as Olímpiadas, mas também como legado para o Rio de Janeiro.
– É importante ter esse parque não só para a competição, mas para mostrar que o Brasil investe em ginásios olímpicos para todos terem acesso. Será um legado não só para a minha geração, mas também para os futuros atletas.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Senado aprova facilidade para licitação e benefício tributário para Olimpíada
Por: Jornal O Globo
Em meio a protestos da oposição contra a perda de receita de impostos de estados e municípios, o Senado aprovou e vai a sanção o texto da medida provisória (MP) 584, que estabelece Regime Diferenciado de Contratação (RDC) - que agiliza o processo de licitação para obras públicas - e concede isenção de tributos federais ao Comitê Olímpico Internacional (COI), ao Comitê Organizador das Olimpíadas Rio 2016. Serão beneficiadas ainda empresas vinculadas aos jogos e demais entidades relacionadas à realização dos Jogos Olímpicos e aos Jogos Paraolímpicos de 2016.
Os governistas tiveram que se rearticular depois que o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), alegando que a matéria fere a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), pediu verificação de quórum, obrigando a votação nominal. O líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN) encaminhou favoravelmente ao texto principal da MP, mas apresentou uma emenda para que , junto com as isenções, fossem aprovadas medidas de compensação para as perdas de estados e municípios.
Agripino alegou que sediar os Jogos Olímpicos em 2016 será uma honra para os brasileiros, mas não seria justo que estados e municípios carentes de recursos e dependentes de repasses constitucionais sejam penalizados. A oposição criticou também a emissão retroativa de crédito tributário e a ampliação da isenção de impostos prevista a outros beneficiários residentes no país, mas não abrangidos por organismos internacionais como a Federação Internacional de Futebol (Fifa).
- Com essa MP o governo dá um tiro com pólvora alheia. Estados e municípios terão de engolir a seco a isenção de vários tributos concedida a organismos internacionais - protestou Agripino.
- Essa medida atinge em cheio o cofre dos estados, já prejudicados com a menor transferência de recursos nos últimos 20 anos, em decorrência de isenções fiscais concedidas pelo governo a diversos setores da economia, como a indústria automobilística - emendou Randolfe Rodrigues.
O texto da Câmara foi aprovado sem modificações no Senado. Pela MP que irá agora a sanção presidencial, os benefícios fiscais valerão para os fatos geradores de tributos ocorridos entre 1º de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2017. Quanto aos recolhimentos tributários referentes ao ano de 2012, relativos a operações de planejamento e organização dos Jogos, a Receita Federal poderá realizar procedimento administrativo para devolvê-los. O COI e o Rio 2016 deverão indicar à Receita as pessoas físicas e jurídicas que poderão usufruir do benefício fiscal.
Pelos cálculos do líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), com a MP aprovada, a União deixará de arrecadar R$ 3,8 bilhões, ou seja, R$ 350 milhões a menos no repasse ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) e ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
A relatora da MP, senador Lídice da Mata (PSB-BA) rejeitou as emendas, com o argumento de que o Governo precisava honrar compromisso firmado anteriormente com as entidades esportivas. Ela explicou que a MP 584 não poderia ser comparada à isenção de IPI concedida pelo governo à indústria automobilística, a qual se aplica a receitas já existentes, enquanto a dos Jogos Olímpicos se dará sobre receitas futuras, que não podem ser mensuradas nos dias atuais.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Mais um trecho da Transoeste será inaugurado.
Ônibus articulado modelo Marcolopo Viale BRT, utilizado na Transoeste. |
O trecho do BRT Transoeste (via que ligará a Barra, Santa Cruz e Campo Grande, na Zona Oeste do Rio) vai começar a entrar em funcionamento no próximo sábado, dia 22. Para a inauguração, o prefeito Eduardo Paes estará no evento.
Este trecho possui 33,5 quilômetros e vai de Paciência ao Recreio dos Bandeirantes. Com isso, a via ganha mais 4 estações, todas na Avenida Cesário de Melo: as estações Cesarão 1, 2 e 3 e Santa Eugênia.
Os ônibus partirão da Santa Eugênia e seguirão até o Recreio, de onde retornam. Em janeiro, outras quatro estações devem ser inauguradas nesse mesmo percurso. Atualmente, o BRT da Transoeste transporta 80 mil passageiros por dia.
Vale lembrar que a Transoeste é o primeiro dos 4 corredores BRTs que funcionarão na cidade do Rio de Janeiro. Transcarioca (já está em obras) ligará o Recreio ao Aeroporto do Galeão; a Transolímpica, que ligará Deodoro à Barra; e a Transbrasil, que utilizará a atual Avenida Brasil e ligará Deodoro ao Centro.
No estado, outros corredores BRTs também serão inaugurados, tais como a Transbaixada, na Baixada Fluminense e a Transoceânica, em Niterói, que ligará a Região Oceânica ao Centro da cidade.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Orçamento privado do Rio-2016 aumenta 68% em três anos, e governo pagará a conta
Por: ESPM Estadão
O orçamento do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio já estourou, e o governo pagará parte da conta. Quando a cidade foi escolhida para receber a Olimpíada, em 2009, a estimativa de gastos do comitê era de 5,6 bilhões. Três anos depois, o valor já aumentou para, no mínimo, R$ 9,4 bilhões, um acréscimo de 68% - a inflação acumulada no período foi de 25% segundo o IGPM.
Neste valor entram os gastos de organização dos Jogos - como a cerimônia de abertura, custos com comunicação, tecnologia, segurança entre outros - e não a construção de arenas, que ficará a cargo do governo em parcerias com a iniciativa privada. A estimativa inicial dos gastos com arenas é de R$ 23 bilhões.
O Rio-2016 alega que o orçamento inicial, da época da candidatura, era preliminar e já seria revisto para uma primeira versão de orçamento, com a inclusão de dados e despesas de forma mais detalhada. No entanto, a assessoria da entidade disse que o orçamento ainda está em fase de confecção e só será divulgado em 2013.
Entretanto, o ESPN.com.br já teve acesso ao primeiro orçamento oficial, que só será divulgado em julho de 2013. Os dados mostram que o órgão – que se apresenta como uma entidade privada e sem fins lucrativos – foi deficitário em 2010 e 2011 e passará a contar com subsídio do governo já no próximo ano.
A participação governamental no pagamento das contas do comitê já estava prevista desde antes de o Rio ser cidade olímpica. Ainda na fase de candidatura, as três esferas do governo se comprometeram com o COI, disponibilizando-se para sanar um eventual déficit da organização. No dossiê, o limite para participação governamental era de R$ 1,4 bilhão. Entretanto, a entrada de dinheiro público no orçamento não era o primeiro plano do comitê; a ideia era só recorrer aos governos em caso de necessidade.
No site do Rio-2016, a relação entre o órgão e o governo é retratada da seguinte forma: “O objetivo do Comitê Organizador é que esse orçamento seja completamente financiado por receitas privadas, mas os três níveis de governo – federal, estadual e municipal – garantiram ao COI cobrir qualquer necessidade de recursos do Comitê Organizador.”
No orçamento ao qual o ESPN.com.br teve acesso, a previsão de injeção de dinheiro governamental é de R$ 1,7 bilhão até 2016 (equivalente ao valor corrigido de 1,4 bilhão, de acordo com a inflação desde 2009). Está em fase de aprovação na Casa Civil o decreto que regulamentará a alocação destes recursos, vindo dos três governos.
Os valores que serão alocados pelo governo neste decreto são para o Comitê Organizador, e não para obras de infraestrutura. Neste ponto, o investimento governamental será ainda maior. O ministério do Esporte prevê a injeção de R$ 500 milhões apenas em infraestrutura apenas em 2013.
O decreto deve ser assinado pela presidenta Dilma no começo do próximo ano; ele definirá em que áreas do comitê organizador o governo colocará dinheiro. Esta será a primeira injeção de dinheiro público no comitê. Durante os últimos anos, a entidade usou a prerrogativa de não contar com o auxílio do governo para contratar produtos e serviços em concorrências sem licitações.
A partir de 2013, o dinheiro dos três governos começará a entrar de forma gradativa: no primeiro ano, serão R$ 109 milhões; no segundo, R$ 237 milhões; no terceiro, R$ 619 milhões; em 2016, o subsídio chegará a R$ 701 milhões. Até mesmo em 2017, já depois dos Jogos, os governos colocarão R$ 88 milhões no comitê.
Os valores podem ser remodelados de acordo com as necessidades do comitê e corrigidos de acordo com a inflação. Segundo apurou o ESPN.com.br, há a possibilidade de um aumento no déficit forçar uma alocação ainda maior de recursos governamentais.
Carlos Artthur Nuzman, Pelé e Lula, na comemoração pela esolha do Brasil como sede da Copa do Mundo FIFA 2014. |
Neste valor entram os gastos de organização dos Jogos - como a cerimônia de abertura, custos com comunicação, tecnologia, segurança entre outros - e não a construção de arenas, que ficará a cargo do governo em parcerias com a iniciativa privada. A estimativa inicial dos gastos com arenas é de R$ 23 bilhões.
O Rio-2016 alega que o orçamento inicial, da época da candidatura, era preliminar e já seria revisto para uma primeira versão de orçamento, com a inclusão de dados e despesas de forma mais detalhada. No entanto, a assessoria da entidade disse que o orçamento ainda está em fase de confecção e só será divulgado em 2013.
Entretanto, o ESPN.com.br já teve acesso ao primeiro orçamento oficial, que só será divulgado em julho de 2013. Os dados mostram que o órgão – que se apresenta como uma entidade privada e sem fins lucrativos – foi deficitário em 2010 e 2011 e passará a contar com subsídio do governo já no próximo ano.
A participação governamental no pagamento das contas do comitê já estava prevista desde antes de o Rio ser cidade olímpica. Ainda na fase de candidatura, as três esferas do governo se comprometeram com o COI, disponibilizando-se para sanar um eventual déficit da organização. No dossiê, o limite para participação governamental era de R$ 1,4 bilhão. Entretanto, a entrada de dinheiro público no orçamento não era o primeiro plano do comitê; a ideia era só recorrer aos governos em caso de necessidade.
Nuzman é atual presidente do COB e do Rio 2016 |
No orçamento ao qual o ESPN.com.br teve acesso, a previsão de injeção de dinheiro governamental é de R$ 1,7 bilhão até 2016 (equivalente ao valor corrigido de 1,4 bilhão, de acordo com a inflação desde 2009). Está em fase de aprovação na Casa Civil o decreto que regulamentará a alocação destes recursos, vindo dos três governos.
Os valores que serão alocados pelo governo neste decreto são para o Comitê Organizador, e não para obras de infraestrutura. Neste ponto, o investimento governamental será ainda maior. O ministério do Esporte prevê a injeção de R$ 500 milhões apenas em infraestrutura apenas em 2013.
O decreto deve ser assinado pela presidenta Dilma no começo do próximo ano; ele definirá em que áreas do comitê organizador o governo colocará dinheiro. Esta será a primeira injeção de dinheiro público no comitê. Durante os últimos anos, a entidade usou a prerrogativa de não contar com o auxílio do governo para contratar produtos e serviços em concorrências sem licitações.
A partir de 2013, o dinheiro dos três governos começará a entrar de forma gradativa: no primeiro ano, serão R$ 109 milhões; no segundo, R$ 237 milhões; no terceiro, R$ 619 milhões; em 2016, o subsídio chegará a R$ 701 milhões. Até mesmo em 2017, já depois dos Jogos, os governos colocarão R$ 88 milhões no comitê.
Os valores podem ser remodelados de acordo com as necessidades do comitê e corrigidos de acordo com a inflação. Segundo apurou o ESPN.com.br, há a possibilidade de um aumento no déficit forçar uma alocação ainda maior de recursos governamentais.
Cabral e Eduardo Paes comemoram a escolha do Rio para Copa e Olimpíadas |
Caso coloque apenas R$ 1,7 bilhão no Comitê Organizador, o governo será responsável por financiar 18% dos R$ 9,4 bilhões do orçamento da entidade. A participação governamental, se considerados apenas os 3,8 bilhões que já estouraram a previsão inicial, será de 44%. A União, a prefeitura e o governo do Rio pagarão quase metade do estouro orçamentário.
Mais dinheiro que o COI – De acordo com o orçamento visto pelo ESPN.com.br, o subsídio dos três governos ao comitê organizador será maior do que a contribuição do Comitê Olímpico Internacional (COI). A entidade máxima dos esportes olímpicos deve alocar R$ 1,1 bilhão em recursos.
O faturamento com vendas de ingressos, que costuma ser um dos maiores financiadores dos Jogos, também será ligeiramente menor do que o subsídio governamental. Com as entradas, o Rio-2016 deve receber R$ 1.723.906.000,00 – cerca de R$ 34 milhões menor do que o dinheiro proveniente dos governos.
A maior fonte de receita do comitê organizador é proveniente de patrocinadores: as empresas nacionais que se associaram aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos darão, até 2016, um total de 3,2 bilhões; os parceiros internacionais serão responsáveis por R$ 679 milhões. Os valores podem sofrer correções, pendentes de novos contratos e da inflação no período.
VEJA ABAIXO A TABELA COM O ORÇAMENTO REVISADO DO COMITÊ ORGANIZADOR
Mais dinheiro que o COI – De acordo com o orçamento visto pelo ESPN.com.br, o subsídio dos três governos ao comitê organizador será maior do que a contribuição do Comitê Olímpico Internacional (COI). A entidade máxima dos esportes olímpicos deve alocar R$ 1,1 bilhão em recursos.
O faturamento com vendas de ingressos, que costuma ser um dos maiores financiadores dos Jogos, também será ligeiramente menor do que o subsídio governamental. Com as entradas, o Rio-2016 deve receber R$ 1.723.906.000,00 – cerca de R$ 34 milhões menor do que o dinheiro proveniente dos governos.
A maior fonte de receita do comitê organizador é proveniente de patrocinadores: as empresas nacionais que se associaram aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos darão, até 2016, um total de 3,2 bilhões; os parceiros internacionais serão responsáveis por R$ 679 milhões. Os valores podem sofrer correções, pendentes de novos contratos e da inflação no período.
VEJA ABAIXO A TABELA COM O ORÇAMENTO REVISADO DO COMITÊ ORGANIZADOR
Mais um investimento para a Zona Portuária
Trump Towers: empreendimento promoverá completa mudança arquitetônica no Centro do Rio. Torres poderão ser vistas de qualquer ponto da cidade. |
Segundo Stefan Ivanov, presidente da incorporadora MRP Internacional, as duas primeiras torres das cinco, com 150 metros de altura e 38 andares cada, ficarão prontas antes dos Jogos Olímpicos de 2016. As demais serão construídas em prazos determinados pelo mercado, explicou Ivanov. “A construção das três torres restantes pode acelerar de acordo com a aceitação que as primeiras tiverem junto ao mercado imobiliário”, disse.
De acordo com especialistas da área imobiliária, o valor de mercado do projeto (quando estiver em pleno funcionamento) pode ser calculado entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões. Este valor é considerado um dos maiores investimentos na área imobiliária na cidade.
A área que foi escolhida para a construção do empreendimento possui 320 mil metros quadrados e é uma das melhores área do Porto Maravilha. Por estar no centro desta região, tem os melhores acessos para os aeroportos da cidade, para a Zona Sul, Zona Norte e Niterói. A região ainda possui o metrô e no futuro terá a estação do trem bala, o que caracterizará a área como uma das mais importantes espaços corporativos do Rio e do Brasil.
O anúncio do lançamento do projeto Trump Towers Rio teve na abertura declarações por vídeo de Donald Trump, que disse que passará a ter presença mais constante no Rio por causa dos grandes eventos, como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, e também pelo Trump Towers Rio. Como seu representante no lançamento estava seu filho Donald Trump Jr., vice-presidente executivo das Organizações Trump.
“Estamos muito animados em anunciar o Trump Towers Rio. O Brasil é um mercado extremamente importante para nós e eu estava ansioso para entrar. Acredito que com a demanda pela marca Trump, a localização incomparável e um design muito avançado, não teremos nada parecido no Brasil”, afirmou Trump Jr.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Mais uma polêmica em torno do Píer em Y
Por: G1, Rio de Janeiro
Visão do polêmico projeto em Y, do Porto do Rio. Posições dos navios podem atrapalhar a estética da região. |
A Justiça do Rio suspendeu a licença para a construção do píer em formato de "Y" na Zona Portuária. A liminar – concedida pelo juiz João Felipe Mourão, da 15ª Vara de Fazenda Pública da capital – se baseou em danos ambientais que o empreendimento pode causar e na não exigência de estudo e relatório de impacto ambiental.
A ação popular foi movida pela deputada estadual Aspásia Camargo contra o Estado do Rio; o presidente da Comissão Estadual de Controle Ambiental (CECA), Antônio Carlos Freitas de Gusmão; e a Companhia Docas do Rio.
De acordo com o juiz João Felipe Mourão, a licença ambiental concedida para o empreendimento se deu de forma indevida, sem o estudo e relatório de impacto ambiental, que foram indevidamente dispensados pelo órgão estatal de proteção ao meio ambiente competente. O magistrado considerou que havia "risco latente", já que as obras, estimadas em mais de R$ 250 milhões, já estavam prestes a serem iniciadas.
“Portanto, diante do potencial e significativo risco de dano ambiental do projeto licenciado, bem como ao patrimônio histórico e estético, há que se considerar que o ato que dispensou a apresentação dos estudos de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental se afigura nulo, estando presente a verossimilhança das alegações autorais. O risco de dano de difícil reparação é latente, tendo em vista já ter havido a conclusão da licitação da intervenção (...), podendo ter início sua execução a qualquer momento, com graves consequências não só ao meio ambiente, como também ao erário público”, concluiu o juiz.
Inea diz que não há riscos ambientaisNo entanto, a presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, afirmou por meio de nota, nesta segunda-feira (17), que a "construção do píer não representa impactos ambientais significativos", embora o texto não explique a ausência de relatório de impacto ambiental. Veja abaixo a íntegra da nota.
A polêmica do píer em Y diz respeito essencialmente a uma questão paisagística. Do ponto de vista estritamente ambiental, em relação a um porto instalado há mais de cem anos, a construção do píer não representa impactos ambientais significativos. A licença considerou que o píer será construído sobre estacas, sem nenhum aterramento da Baía de Guanabara. A licença ambiental não é válida sem as licenças dos outros órgãos envolvidos, tais como o Iphan, a Prefeitura do Rio e a Marinha.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Estado poderá contratar empréstimo de R$ 3 bilhões para infraestrutura
Por: Assessoria de Comunicação da ALERJ
A Assembleia Legislativa do Rio (ALERJ) votará nesta terça-feira (18/12), em discussão única, o projeto de lei 1.881/12, que autoriza o Poder Executivo a contratar empréstimo de até R$ 3,1 bilhões junto ao Banco do Brasil. O recurso será utilizado na execução da segunda etapa do “Programa de Melhoria da Infraestrutura do Estado do Rio de Janeiro para Grandes Eventos – Pró-Cidades/RJ”, que complementará investimentos nas linhas 3 e 4 do Metrô, pavimentação e estação ferroviária do Maracanã, além de Segurança Pública, Cultura, Saúde Pública, Educação, Defesa Civil e Saneamento Básico. “O financiamento proposto é de grande importância socioeconômica e ambiental para o Estado do Rio de Janeiro, pois abrange áreas setoriais relevantes”, diz o governador Sérgio Cabral na justificativa do projeto.
A Assembleia Legislativa do Rio (ALERJ) votará nesta terça-feira (18/12), em discussão única, o projeto de lei 1.881/12, que autoriza o Poder Executivo a contratar empréstimo de até R$ 3,1 bilhões junto ao Banco do Brasil. O recurso será utilizado na execução da segunda etapa do “Programa de Melhoria da Infraestrutura do Estado do Rio de Janeiro para Grandes Eventos – Pró-Cidades/RJ”, que complementará investimentos nas linhas 3 e 4 do Metrô, pavimentação e estação ferroviária do Maracanã, além de Segurança Pública, Cultura, Saúde Pública, Educação, Defesa Civil e Saneamento Básico. “O financiamento proposto é de grande importância socioeconômica e ambiental para o Estado do Rio de Janeiro, pois abrange áreas setoriais relevantes”, diz o governador Sérgio Cabral na justificativa do projeto.
Mais energia para o Rio! Conheça a hidrelétrica de Simplício/RJ
Barragem do Complexo Hidrelétrico de Simplício, município de Sapucaia, RJ |
Hoje, falaremos um pouco sobre este projeto.
A construção das usinas hidrelétricas interligadas de Anta e Simplício, na divisa entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais, é um projeto de Furnas Centrais Elétricas, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Rio Paraíba do Sul, por meio de uma seqüência de canais, túneis e diques, terá suas águas represadas. Através de condutos forçados escavados na rocha, as águas serão conduzidas para movimentar as turbinas na casa de força de Simplício, com uma queda superior a 100 m de altura.
que moram próximas ao leito do rio, e por conseguinte, ficariam nas áreas que seriam alagadas, as águas do Rio Paraíba do Sul estão sendo transpostas para uma sucessão de vales localizados atrás das colinas que se erguem à margem esquerda do rio, nos municípios mineiros de Chiador e Além Paraíba, por onde correrão em uma cota acima do rio, da cidade fluminense de Sapucaia, de duas rodovias e de uma ferrovia.
Perfuração do Túnel 3 - Simplício: um dos maiores do mundo |
Um dos maiores túneis do Brasil
Entre os sete túneis (todos com seção de 214,5 m2), o mais extenso é o túnel 3, com 6 km de extensão. Atualmente, ele é um dos maiores do país em projetos hidrelétricos. Liga dois vales: o do Reservatório de Calçado e o do Reservatório de Antonina.
O trabalho de perfuração dos sete túneis irá gerou cerca de 2,5 milhões de metros cúbicos de rochas. Esse material foi utilizado nas ensecadeiras a montante e a jusante da barragem de Anta, assim como na construção dos oito diques que vão represar as águas dos cinco reservatórios, e no revestimento dos taludes dos canais de ligação. Só para erguer os diques foram necessários cerca de 4 milhões de metros cúbicos de aterros.
Inovador e complexo, o projeto das usinas de Anta e Simplício já está pronto, porém ainda não entrou em operação, marcado para o ano de 2010. Segundo decisão da Justiça Federal, ainda não há estudos concretos e precisos de danos e impactos ambientais. A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a União já recorreram ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), porém o ministro Felix Fischer, negou pedido para suspender uma liminar da Justiça Federal que impede o início do enchimento do reservatório até o término das obras do sistema de coleta e tratamento de esgoto em cidades ribeirinhas. Esta obra recebeu investimentos totais de R$ 1,2 bilhão, e possui uma relação potência instalada/área inundada superior a 10 MW/km2.
Túnel 3 |
domingo, 16 de dezembro de 2012
Conheça a Via Trilhos, obra importante na região da rodoviária Novo Rio
Por: CidadeOlimpica.com
Antigo local de passagem de trens que faziam carga e descarga na Região Portuária do Rio, a Via Trilhos voltará a assumir função de extrema importância nesta região. Com a revitalização da região portuária, ela será utilizada como uma das ‘pernas’ do Binário do Porto e receberá o fluxo de veículos que hoje trafega pela Avenida Rodrigues Alves, que se tornará uma via expressa.
A primeira fase das obras no trecho entre as ruas Cordeiro da Graça e Pereira Reis, que segue em direção à Rodoviária Novo Rio e contou com a instalação de galeria de drenagem, já foi concluída. O próximo passo é a colocação de toda a infraestrutura de água, esgoto, energia elétrica, telecomunicações e gás.
- Esta é uma avenida que hoje não existe para o trânsito do Rio de Janeiro e vai ser responsável por fazer parte do trânsito local – explica o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), Jorge Arraes. – Hoje esta não é uma via utilizada para a passagem de veículos já que, ao longo do tempo, foi uma rua que servia apenas para a passagem de trens.
Diferentemente de outras ruas da região portuária que precisaram ser interditadas para que as obras pudessem acontecer, a Via Trilhos, por não ser um local de passagem de carros, continuou aberta durante a execução dos trabalhos de infraestrutura. A decisão foi tomada para que as empresas que funcionam no local não fossem prejudicadas, já que os caminhões que fazem carga e descarga nos galpões que funcionam no local não poderiam passar pelo trecho.
Com isso, segundo Marcos Schara, gerente de produção da obra, as intervenções sofreram um pequeno atraso, mas nada que prejudicasse o andamento dos trabalhos. A próxima fase prevê a instalação de toda a rede elétrica, de comunicação e gás. Em seguida, será feita a parte de iluminação pública e, por último, os serviços de pavimentação e calçamento da via.
- O Binário, neste trecho da Via Trilhos, terá três pistas de rolamento de ida, três de volta e uma calçada de sete metros de cada lado. É uma avenida que hoje não existe para o trânsito do Rio de Janeiro e vai ser responsável desafogar o trânsito local – explica Arraes.
Segundo ele, com a construção do Binário do Porto, a Rodrigues Alves fará o papel de via expressa que hoje é desempenhado pela Perimetral. Outra frente de obras trabalha na abertura do Túnel da Saúde, nas proximidades do futuro prédio do Banco Central do Brasil, também em construção.
- O trecho de superfície do Binário tem previsão de término em junho de 2013. No final de 2013, tanto o trecho de superfície quanto o trecho de túnel do Binário estará finalizado – finalizou o presidente da Cdurp.
Assista, abaixo, o vídeo com mais informações sobre esta obra:
sábado, 15 de dezembro de 2012
Alguns pontos que ainda precisam ser discutidos
Algumas horas de forte chuva foram suficientes para gerar o caos no Rio de Janeiro e em algumas cidades da Baixada Fluminense e Região Serrana do Rio. Na capital, seis bairros ficaram sem luz após a chuva e as rajadas de vento, nesta quinta-feira (13). Por nota, a Light informou que enviou equipes a Cordovil e Del Castilho, no Subúrbio, e Campo Grande, Santa Cruz, Realengo e Taquara, na Zona Oeste, para fazer consertos e restabelecer a energia.
O bairro de Bangu, também na Zona Oeste, foi a região mais afetada do Rio pela chuva desta quinta. Em apenas 15 minutos, choveu no bairro o equivalente ao esperado para todo mês de dezembro. De acordo com o Alerta Rio, foram 27,2 mm de chuva entre 16h50 e 17h05. Por causa disso, o município entrou em estágio de atenção às 16h30. O Centro de Operações informou que a chuva forte se deve à atuação de áreas de instabilidade próximas à cidade. A Ponte Rio-Niterói foi fechada por 10 minutos, entre 17h10 e 17h20, por causa de ventos de 80km/h.
No Jardim Botânico, na Zona Sul, em cerca de 15 minutos, o bairro registrou 18,7mm de acúmulo de água. A chuva também foi intensa na Cidade de Deus (11,2mm), na Zona Oeste, no Alto da Boa Vista (10,6mm) e Grajaú (7mm), na Zona Norte, segundo o Sistema Alerta Rio. Na Avenida Brasil, uma árvore caiu na altura de Vila Kenedy. Uma faixa da via ficou bloqueada e causou retenções no local. No Complexo do Alemão, o teleférico parou de funcionar na tarde desta quinta, também por causa da chuva, segundo a Supervia, concessionária responsável pelo transporte.
Quero chamar a atenção para as consequências da chuva. Em apenas 15 minutos, a cidade parou, com bolsões de água espalhados pelas vias da cidade, causando enormes engarrafamentos. Na Avenida Ayrton Senna, um desses bolsões paralisou o trânsito, causando engarrafamentos de 20 quilômetros até o bairro da Lagoa, Zona Sul.
As mudanças estão acontecendo em grande quantidade, porém, muitas coisas ainda precisam ser feitas. Questões básicas, como o escoamento da água das chuvas e a manutenção do fornecimento de energia elétrica precisam ser revistas, para evitar transtornos como estes na Copa do Mundo 2014 e nas Olimpíadas Rio 2016.
Um caminho mais fácil para o Engenhão! Um bairro novamente "unido"
Por: CidadeOlímpica.com
Há mais de 15 anos a população da Abolição, na Zona Norte, perdeu a ligação direta entre os dois lados do bairro. O motivo foi a construção da Linha Amarela, uma das principais ligações entre a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, e o Centro do Rio. Com isso, a comunicação entre os dois lados da rua da Abolição e, consequentemente, com a Avenida Suburbana, foi cortada. Esta situação está prestes a mudar com a inauguração do Viaduto da Abolição.
Em poucos dias, a população poderá se beneficiar desta nova via de acesso |
Com 540 metros de extensão e oito de largura, o grande desafio para a construção do viaduto da Abolição foi manter o trânsito na Linha Amarela funcionando. Isso foi possível com a utilização de uma técnica especial denominada balanço sucessivo, que permitiu que a estrutura fosse levantada dos dois lados da via expressa, simultaneamente, através de um sistema de encaixe, sem a utilização de pilares, até que se encontrassem, formando o viaduto.
Obra prevista no caderno de encargos dos Jogos Olímpicos de 2016, o viaduto vai melhorar o escoamento da saída do estádio Olímpico João Havelange, mais conhecido como Engenhão, em dias de jogos, além de revitalizar o bairro. Desde que a Linha Amarela foi construída, o comércio local perdeu força e muitos estabelecimentos tiveram que fechar suas portas.
- O viaduto é mais uma obra que vai estimular o surgimento de novos estabelecimentos comerciais. Ele vai se juntar ao próprio Engenhão, que trouxe à reboque a construção de novos imóveis, a abertura de lojas, bares e restaurantes, revitalizando a região. Isso, por si só, já é um legado importantíssimo – afirma Eduardo Fagundes, engenheiro chefe da Secretaria Municipal de Obras.
Além da valorização local, a economia no tempo de deslocamento vai beneficiar motoristas. Quem sai do Engenhão após um jogo leva cerca de 30 minutos, atualmente, para acessar a Linha Amarela.
O percurso é feito pela Avenida Suburbana ou através de ruas estreitas e tomadas por sinais de trânsito, o que aumenta a lentidão do tráfego de veículos. Com a inauguração do viaduto, que possui duas pistas de rolamento, esse tempo será reduzido para apenas 5 minutos.
Confira o vídeo com mais informações sobre a obra:
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Cheiro de casa nova
Está chegando a hora! Em poucos meses, mais de 100 famílias que moram no Morro da Providência, no Centro do Rio, ganharão um novo endereço definitivo. Construído como parte das intervenções do programa Morar Carioca na região, um novo condomínio de sete blocos está sendo erguido na Rua Nabuco de Freitas, no Santo Cristo. Os apartamentos possuem dois quartos, sala, cozinha com área de serviço integrada e banheiro e já estão em fase de acabamento. Somado ao conforto interno, haverá área de estacionamento, parque para crianças e vias de serviço. Segundo Ricardo Victor, engenheiro da Secretaria Municipal de Habitação, “todos os apartamentos têm laje e piso cerâmico que já fazem parte do acabamento. As janelas são de alumínio. A partir do segundo andar eles têm uma varandinha na sala”, revela.
Vista da fachada de dois dos 7 blocos de apartamentos que estão sendo construídos na rua Nabuco de Freitas, Centro do Rio . |
Uma preocupação com a paisagem natural da região interferiu no projeto dos blocos 6 e 7 (ou "blocos da frente", como já estão conhecidos). Eles possuem apenas dois andares. “Todos os prédios têm cinco pavimentos, menos estes, que contam com um gabarito diferente para a fachada frontal se manter concordante com a arquitetura da rua. Foi uma exigência da Secretaria de Urbanismo e é parte do trabalho de integração que nós fazemos com as diversas áreas da prefeitura envolvidas em empreendimentos deste porte. Na verdade, isso é um dos componentes de um projeto maior, mais amplo, já em andamento na Secretaria de Habitação. Abrange a área portuária toda”, destaca Ricardo Victor.
A Zona Portuária é uma área quem vem se destacando no Rio de Janeiro. Há alguns anos, muitas pessoas não gostariam de fixar residência alí, ou em qualquer outra área do Centro. Hoje, as coisas estão mudando por lá. Mais alguns terrenos já estão disponíveis para a construção de condomínios – como outra área na Rua da Gamboa. Nestes dois locais, moradores da Providência e de regiões vizinhas terão prioridades na aquisição dos imóveis: “Facilita porque a pessoa vai estar na mesma região de antes. Então, toda aquela estrutura de casa, filhos, escola, parentes, é mantida. O objetivo deste condomínio aqui da Nabuco de Freitas é atender especificamente o pessoal do Morro da Providência. E futuramente serão construídas outras residências no entorno de toda a Zona Portuária”, adianta Ricardo Victor.
Sala do apartamento do programa Morar Carioca. Em breve, mais de 100 famílias do Morro da Providências terão endereço novo. |
Vários outros equipamentos já foram entregues à população da região, tais como o Espaço de Desenvolvimento Infantil e o Centro Público de Emprego, Trabalho e Renda. As intervenções no Morro da Providência são variadas. Outros ainda estão em fase de construção, como o teleférico (com uma estação intermodal que permitirá a integração entre trens, ônibus e metrô), o plano inclinado, que também vai ser um meio de transporte, onde hoje é uma escada de 170 degraus pra chegar ao ponto mais alto e o Centro Histórico da Providência.
Tais intervenções alteram a realidade do Morro da Providência e de seu entorno. “Isso valoriza muito a região, que antes estava abandonada. Agora nós estamos fazendo intervenções que vão dar dignidade a todas as famílias”, comemora Victor.
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