Por: G1
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Durante a posse dos peritos legistas do estado do Rio de Janeiro, realizada na manhã desta quinta-feira (27), no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio, o governador Sérgio Cabral criticou o apagão ocorrido na noite desta quarta (26) no Aeroporto Internacional Tom Jobim. Segundo ele, o fato ocorreu por falta de estrutura do aeroporto, que não tem um sistema de geradores capaz de ser acionado imediatamente.
O governador criticou a falta de um backup de energia no aeroporto. "Tinha que haver uma estrutura reserva, com geradores de última geração que fossem capazes de responder na queda de energia. Infelizmente, não tinha".
Cabral comparou o aeroporto a um shopping e afirmou que passageiros em solo são de responsabilidade da administradora.
"Shopping e aeroporto são quase a mesma coisa. O aeroporto é um shopping de serviços com características próprias da aviação civil. O avião em solo é muito mais serviço. O avião no ar, aí não, aí é responsabilidade das autoridades do governo. Já os passageiros nos terminais podem ser muito bem administrados como é no mundo inteiro (por empresas)", disse Cabral.
O governador não declarou se a Infraero é boa ou má administradora, entretanto, para ele, é "humanamente impossível uma companhia governamental ser capaz de responder às demandas diárias de uma cidade como é o Aeroporto Tom Jobim, pela lógica da velocidade de gestão".
Cabral também elogiou a concessão do aeroporto à iniciativa privada, anunciada pela presidente Dilma no dia 20 de dezembro.
"Acho que a presidenta Dilma tomou a decisão correta de licitar e fazer a concessão. Isso será um presente para o Rio".
A previsão é de que o edital para a privatização do Galeão seja publicado em agosto de 2013 e que o leilão ocorra em setembro do mesmo ano.
Após uma noite de muito sufoco para os passageiros do Aeroporto Internacional Tom Jobim, que sofreu um apagão nesta quarta-feira (26), a movimentação era tranquila nos dois terminais, na manhã desta quinta-feira (27). Por volta das 10h, não havia filas e o embarque e desembarque eram normais. Sem ar condicionado, usuários sofreram com o forte calor, no dia mais quente do Rio de Janeiro desde 1915.
O problema atingiu os dois terminais, por volta das 21h. Após duas horas, o fornecimento de luz foi normalizado no Galeão. Segundo a Light, concessionária responsável pelo serviço, um defeito no equipamento da subestação que pertence ao aeroporto Internacional Tom Jobim ocasionou o desligamento da linha de transmissão da Light, que atende a Ilha do Governador e a Ilha do Fundão.
De acordo com o superintendente do aeroporto do Galeão, Emmanoeth Vieira de Sá, a estrutura atual do aeroporto não permite que o gerador de emergência seja acionado imediatamente neste tipo de caso. Por isso, demorou 10 minutos para entrar em funcionamento.
"No nosso caso, a gente não tem essa facilidade. Ela vai estar contemplada nessa obra de revitalização, com um sistema totalmente automático para que em dez segundos entre o grupo de emergência", afirmou o superintendente.
A Infraero informou que não houve atrasos e cancelamentos de voos em decorrência do apagão. No entanto, passageiros disseram que houve atrasos, principalmente nos voos internacionais, já que durante a falta de luz não foi possível fazer check-in nos balcões das companhias.
Segundo a Infraero, a iluminação na pista não chegou a ser afetada. O gerador foi acionado, no entanto, não foi suficiente para atender todo o terminal.
Procurada pelo G1, a Light informou que equipes de técnicos do aeroporto, com apoio de funcionários da companhia, vão investigar as causas do defeito apresentado.
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