Carlos Artthur Nuzman, Pelé e Lula, na comemoração pela esolha do Brasil como sede da Copa do Mundo FIFA 2014. |
Neste valor entram os gastos de organização dos Jogos - como a cerimônia de abertura, custos com comunicação, tecnologia, segurança entre outros - e não a construção de arenas, que ficará a cargo do governo em parcerias com a iniciativa privada. A estimativa inicial dos gastos com arenas é de R$ 23 bilhões.
O Rio-2016 alega que o orçamento inicial, da época da candidatura, era preliminar e já seria revisto para uma primeira versão de orçamento, com a inclusão de dados e despesas de forma mais detalhada. No entanto, a assessoria da entidade disse que o orçamento ainda está em fase de confecção e só será divulgado em 2013.
Entretanto, o ESPN.com.br já teve acesso ao primeiro orçamento oficial, que só será divulgado em julho de 2013. Os dados mostram que o órgão – que se apresenta como uma entidade privada e sem fins lucrativos – foi deficitário em 2010 e 2011 e passará a contar com subsídio do governo já no próximo ano.
A participação governamental no pagamento das contas do comitê já estava prevista desde antes de o Rio ser cidade olímpica. Ainda na fase de candidatura, as três esferas do governo se comprometeram com o COI, disponibilizando-se para sanar um eventual déficit da organização. No dossiê, o limite para participação governamental era de R$ 1,4 bilhão. Entretanto, a entrada de dinheiro público no orçamento não era o primeiro plano do comitê; a ideia era só recorrer aos governos em caso de necessidade.
Nuzman é atual presidente do COB e do Rio 2016 |
No orçamento ao qual o ESPN.com.br teve acesso, a previsão de injeção de dinheiro governamental é de R$ 1,7 bilhão até 2016 (equivalente ao valor corrigido de 1,4 bilhão, de acordo com a inflação desde 2009). Está em fase de aprovação na Casa Civil o decreto que regulamentará a alocação destes recursos, vindo dos três governos.
Os valores que serão alocados pelo governo neste decreto são para o Comitê Organizador, e não para obras de infraestrutura. Neste ponto, o investimento governamental será ainda maior. O ministério do Esporte prevê a injeção de R$ 500 milhões apenas em infraestrutura apenas em 2013.
O decreto deve ser assinado pela presidenta Dilma no começo do próximo ano; ele definirá em que áreas do comitê organizador o governo colocará dinheiro. Esta será a primeira injeção de dinheiro público no comitê. Durante os últimos anos, a entidade usou a prerrogativa de não contar com o auxílio do governo para contratar produtos e serviços em concorrências sem licitações.
A partir de 2013, o dinheiro dos três governos começará a entrar de forma gradativa: no primeiro ano, serão R$ 109 milhões; no segundo, R$ 237 milhões; no terceiro, R$ 619 milhões; em 2016, o subsídio chegará a R$ 701 milhões. Até mesmo em 2017, já depois dos Jogos, os governos colocarão R$ 88 milhões no comitê.
Os valores podem ser remodelados de acordo com as necessidades do comitê e corrigidos de acordo com a inflação. Segundo apurou o ESPN.com.br, há a possibilidade de um aumento no déficit forçar uma alocação ainda maior de recursos governamentais.
Cabral e Eduardo Paes comemoram a escolha do Rio para Copa e Olimpíadas |
Caso coloque apenas R$ 1,7 bilhão no Comitê Organizador, o governo será responsável por financiar 18% dos R$ 9,4 bilhões do orçamento da entidade. A participação governamental, se considerados apenas os 3,8 bilhões que já estouraram a previsão inicial, será de 44%. A União, a prefeitura e o governo do Rio pagarão quase metade do estouro orçamentário.
Mais dinheiro que o COI – De acordo com o orçamento visto pelo ESPN.com.br, o subsídio dos três governos ao comitê organizador será maior do que a contribuição do Comitê Olímpico Internacional (COI). A entidade máxima dos esportes olímpicos deve alocar R$ 1,1 bilhão em recursos.
O faturamento com vendas de ingressos, que costuma ser um dos maiores financiadores dos Jogos, também será ligeiramente menor do que o subsídio governamental. Com as entradas, o Rio-2016 deve receber R$ 1.723.906.000,00 – cerca de R$ 34 milhões menor do que o dinheiro proveniente dos governos.
A maior fonte de receita do comitê organizador é proveniente de patrocinadores: as empresas nacionais que se associaram aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos darão, até 2016, um total de 3,2 bilhões; os parceiros internacionais serão responsáveis por R$ 679 milhões. Os valores podem sofrer correções, pendentes de novos contratos e da inflação no período.
VEJA ABAIXO A TABELA COM O ORÇAMENTO REVISADO DO COMITÊ ORGANIZADOR
Mais dinheiro que o COI – De acordo com o orçamento visto pelo ESPN.com.br, o subsídio dos três governos ao comitê organizador será maior do que a contribuição do Comitê Olímpico Internacional (COI). A entidade máxima dos esportes olímpicos deve alocar R$ 1,1 bilhão em recursos.
O faturamento com vendas de ingressos, que costuma ser um dos maiores financiadores dos Jogos, também será ligeiramente menor do que o subsídio governamental. Com as entradas, o Rio-2016 deve receber R$ 1.723.906.000,00 – cerca de R$ 34 milhões menor do que o dinheiro proveniente dos governos.
A maior fonte de receita do comitê organizador é proveniente de patrocinadores: as empresas nacionais que se associaram aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos darão, até 2016, um total de 3,2 bilhões; os parceiros internacionais serão responsáveis por R$ 679 milhões. Os valores podem sofrer correções, pendentes de novos contratos e da inflação no período.
VEJA ABAIXO A TABELA COM O ORÇAMENTO REVISADO DO COMITÊ ORGANIZADOR
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