sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Derrubada da Perimetral vai transformar a paisagem e o trânsito

Elevado deve começar a ser demolido em 2013, com obras do Porto Maravilha. Sem o gigante, entrada do Rio vai contar com um sistema viário ainda inédito na cidade: dois túneis sobrepostos

O Elevado da Perimetral, que margeia quase todo o Porto do Rio, tem data marcada para deixar de existir: segundo semestre de 2013. Em seu lugar será construído um túnel de 1.800 metros, que terá início nas proximidades do Museu Naval e Oceanográfico.
De acordo com o projeto da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP), o emboque será na Praça Barão de Ladário, ao lado do Distrito Naval da Marinha, e o túnel vai passar sob o Mosteiro de São Bento e a Praça Mauá e sair entre os armazéns 4 e 5 do Porto. Nesse ponto, a Avenida Rodrigues Alves será transformada em via expressa até seu encontro com a Avenida Rio de Janeiro.
Em um projeto inédito na cidade, o Túnel da Via Expressa passará embaixo do Túnel do Binário no trecho sob o Morro de São Bento.  A galeria do Túnel do Binário estará a 14 metros de profundidade, enquanto a do túnel da Via Expressa a 25 metros.
– O Túnel do Binário começa no início da Rua 1º de Março, desce em rampa até um pouco antes da Rua Dom Gerardo, e quando ele chega ao Mosteiro de São Bento já está subterrâneo. Faz uma curva, passa entre os dois prédios do Museu de Arte do Rio, embaixo do prédio da Polícia Federal e sai próximo à Avenida Barão de Tefé – detalha Luiz Lobo, diretor de Operações da CDURP.
Luiz Lobo, diretor de Operações da CDURP: "Perimetral provocou degradação na Região Portuária"

Por determinação do prefeito Eduardo Paes, o trecho restante do Elevado da Perimetral, que passa sobre a Praça 15 e desce ao lado do Aeroporto Santos Dumont, também será demolido. Com a decisão, uma das opções será ampliar o Túnel da Via Expressa em mais 700 metros, até a altura do Museu Histórico Nacional.
Segundo Lobo, são as obras de construção do Binário do Porto, que funcionará em vias paralelas à Avenida Rodrigues Alves, que vão viabilizar a derrubada do Elevado da Perimetral, obra de maior impacto do Porto Maravilha.
Lobo lembra ainda que o Túnel da Via Expressa será o terceiro maior da cidade, ficando atrás dos túneis Rebouças (2.800 m), que liga o Rio Comprido à Lagoa, e da Covanca (2.187 m), na Linha Amarela.
As alças que fazem a conexão entre a Perimetral e o Viaduto do Gasômetro, ao lado da Rodoviária Novo Rio, deixarão de existir apenas após a conclusão de todas as outras obras viárias do Porto.
– Quem vem da Linha Vermelha, por exemplo, terá de pegar a Avenida Brasil para depois pegar a Via Expressa da Rodrigues Alves. Essa será, basicamente, a mudança de trânsito que vai ter aqui. No resto, o trânsito será o mesmo, só que ele sai do viaduto e passa para a superfície – conclui Lobo.

Por cidadeolimpica.com

Mergulho na arte com olhar privilegiado no Porto Maravilha

Desde resquícios da história da Região Portuária até desafios de engenharia, obras do MAR e da Escola do Olhar representam uma verdadeira aula de Rio

Mesmo com o trabalho pesado de desconstrução do prédio onde será instalada a Escola do Olhar, porta de entrada do Museu de Arte do Rio, já é possível imaginar no que os ambientes amplos se transformarão até o fim de 2012.
Atualmente, aproximadamente 300 funcionários estão empenhados em dar forma ao espaço dedicado às artes, que ocupará os prédios do Palacete Dom João VI e do antigo Hospital da Polícia Civil, na Praça Mauá.
– Nesse primeiro momento, nós estamos fazendo toda a demolição das alvenarias internas e a parte do coroamento do prédio, que é toda em concreto, para que a gente possa fazer, lá no último pavimento, um restaurante – explica Cláudia Coutinho, coordenadora de projetos da Fundação Roberto Marinho, parceira da Prefeitura do Rio na execução da obra.
Com orçamento previsto de R$ 43 milhões, o projeto dos arquitetos Paulo Jacobsen e Thiago Bernardes pretende integrar os dois prédios de características distintas – o palacete, de 1916, com estilo eclético, e o prédio do antigo hospital, da década de 1940, em estilo modernista.

Claudia Coutinho, da Fundação Roberto Marinho: integração entre estilos de 1916 e 1940

No início dos trabalhos do prédio da Escola do Olhar foram encontrados vestígios arqueológicos do antigo nível da Praça Mauá, incluindo dormentes das linhas de bondes, cerâmicas e outros objetos. O trabalho de cadastro e identificação do que foi encontrado está sob responsabilidade da arqueóloga Guadalupe Nascimento.
– Uma das etapas do nosso trabalho é a educação patrimonial. Então, ela vai focar não só em crianças da rede municipal de ensino, mas também nos operários. Eles recebem quinzenalmente aulas sobre o nosso trabalho, sobre patrimônio e arqueologia – lembra Guadalupe, ressaltando que essa educação é essencial para o bom desenvolvimento do trabalho e o cuidado com o material encontrado.
 

José Barbosa, mestre de obras: aprendendo o que representa cada relíquia desenterrada

Instalado em local privilegiado na Praça Mauá, entre as avenidas Venezuela e Rodrigues Alves, o Museu de Arte do Rio proporcionará a seus visitantes uma das vistas mais bonitas do Porto. A marquise da primeira rodoviária do Rio, colada aos prédios e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), será integrada ao museu. A rua ao lado, junto à atual sede da Polícia Federal, será interditada e fará parte da área interna do MAR.
A ligação entre os dois prédios será feita por uma passarela e uma estrutura fluida que simulará o movimento das ondas do mar e cobrirá os dois prédios.
– Um elemento muito importante para o projeto foi a cobertura fluida, é um elemento marcante, que parte da Escola do Olhar, passa por cima do vazio entre os dois e finaliza quase que abraçando os dois edifícios – conclui o arquiteto Ricardo Castello Branco, que faz parte do escritório que assinou o projeto do museu.

Por cidadeolimpica.com

Parte inferior da nova arquibancada do Maracanã começa a ganhar forma

Operários já iniciaram concretagem para colocar as estruturas que servirão de base para as cadeiras do estádio, instaladas a partir de março de 2012

Por André Casado e Felippe Costa Rio de Janeiro
 
A parte inferior da nova arquibancada do Maracanã, que está sendo reformado para a realização da Copa do Mundo de 2014, começou a ganhar forma nesta semana. Os operários iniciaram o processo de concretagem para colocar os blocos que servirão de base para as cadeiras numeradas. No projeto de modernização, elas vão do gramado até o topo do antigo anel superior, sem separação de setores. O estádio passará a ter assentos mais modernos - na cor vermelha - em toda sua extensão e eles terão sua distância do campo reduzida: serão só 12 metros.
Nova arquibancada do Maracanã (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Operários trabalham na construção da arquibancada do Maracanã (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
 
A única área em que o trabalho já está em curso é a que a arquibancada será mais curta, já que os novos camarotes também serão construídos. Exatamente no lado oposto, o mesmo procedimento será realizado. O estádio terá 110 camarotes, aumentando o número em relação ao padrão antigo. A previsão é de que até março de 2012 a companhia responsável pelo material seja escolhida e as cadeiras, instaladas logo em seguida.

As antigas foram doadas para outros locais, especialmente estádios cariocas. O Aniceto Moscoso, do Madureira, já recebeu e instalou 2.500 unidades. De todas elas, 800 estão nas sociais e na tribuna de honra. As outras 1.700 ficaram nas arquibancadas. O estádio receberá partidas entre o Tricolor Suburbano e equipes pequenas do Rio no Campeonato Carioca.
Segundo o cronograma apresentado pelo governo do Rio de Janeiro, o Maracanã deverá estar pronto no início de 2013 - provavelmente liberado entre fevereiro e março. Para o Comitê Organizador Local (COL), a obra tem mostrado evolução satisfatória. Palco da final do Mundial de 1950, o estádio receberá a decisão também em 2014 e será uma das sedes da Copa das Confederções, em junho de 2013.

Nova arquibancada do Maracanã (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Nova arquibancada do Maracanã começa a ganhar sua forma (Foto: André Durão/Globoesporte.com)













Nuzman lamenta a renúncia de Havelange: 'Dedicou a vida ao esporte'

Presidente do COB ressalta importância de ex-dirigente na conquista do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016: 'Apoio fundamental'


Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
 
 
Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), lamentou a saída de João Havelange do Comitê Olímpico Internacional. Através de uma nota, Nuzman ressaltou o trabalho do ex-presidente da Fifa no esporte mundial e da importância do ex-dirigente na conquista do Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016.
- Lamento a notícia segundo a qual João Havelange, na qualidade de Decano, renunciou à posição de Membro do Comitê Olímpico Internacional no Brasil. Uma das legendas no mundo do esporte por todo o Século XX e até hoje, Atleta Olímpico, Membro do COI por 48 anos, Presidente da FIFA por 24 anos, tri-campeão do Mundo de futebol, pela então CBD, João Havelange dedicou sua vida ao esporte olímpico brasileiro e mudou a história do futebol mundial. Seu apoio foi de fundamental importância para a conquista dos Jogos Rio 2016 – afirmou.
Olimpíadas Rio 2016 João Havelange e Carlos Arthur Nuzman (Foto: AP)Nuzman, também presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Rio-2016, afirmou que conta com o apoio de Havelange na organização dos Jogos.
A renúncia de Havelange foi anunciada três dias antes de uma reunião do comitê executivo do COI, que julgaria as acusações contra o brasileiro, suspeito de ter recebido US$ 1 milhão de forma ilegal em contratos publicitários durante seu período como presidente da Fifa - ele chefiou o órgão máximo do futebol mundial de 1974 a 1998. Havelange corria o risco de ser suspenso por dois anos ou até expulso do Comitê Olímpico Internacional. Em comunicado à Associated Press, a Fifa informou que o Comitê Olímpico encerrou o caso contra Havelange ao receber a carta de renúncia.
As denúncias foram apresentadas em documentário da rede de TV britânica BBC, que divulgou documentos indicando que a empresa de marketing esportivo ISL pagou propinas a vários dirigentes ligados à Fifa. Havelange era citado no grupo, assim como Ricardo Teixeira, membro do Comitê Executivo da entidade e atual presidente da CBF. As supostas propinas garantiram à ISL lucros na comercialização de direitos de transmissão e anúncios publicitários na década de 90.
O caso ISL foi jugado criminalmente na Suíça em 2008. A Fifa conseguiu impedir que seus integrantes envolvidos no escândalo tivessem os nomes revelados pela Justiça do país. Em troca, em junho de 2010, todos concordaram em devolver as quantias que haviam recebido. A Fifa prometeu publicar no dia 17 de dezembro um documento dando detalhes sobre aquele acordo. A divulgação faz parte das maeidas anti-corrupção do atual presidente, Joseph Blatter.

Atenção galera rubro negra: Flamengo será CT da delegação americana nos Jogos do Rio, em 2016

Assinatura do contrato será na próxima quinta-feira; investimento feito pelo Comitê Olímpico dos EUA será de R$ 1 milhão para reformas na Gávea

Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro
 
 
piscina do flamengo (Foto: Lydia Gismondi/Globoesporte.com)
Alguns dos maiores nadadores do mundo treinarão na Gávea. O interesse foi sinalizado no ano passado. O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (Usoc) via no Flamengo potencial para se transformar em um de seus centros de treinamento durante  os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio. Na próxima quinta-feira, a sede da Gávea será oficializada como um dos endereços dos atletas americanos na cidade, em 2016.
As negociações tiveram início em dezembro de 2010 e esbarrou  na burocracia na formatação do contrato. Segundo o jornal Lance!, pelo contrato fechado com a Effect Sport, empresa que atuará como agente do Usoc no Brasil até as Olimpíadas e que tem o ex-nadador rubro-negro Pedro Monteiro como diretor executivo, a entidade irá investir R$ 1 milhão nos próximos anos em reformas no clube.
A verba será repassada aos poucos para a empresa, que decidirá juntamente com o Flamengo onde será empregada. A tendência é dar prioridade a vestiários, acessibilidade, ginásios, salas de musculação e equipamentos para receber atletas de natação, judô, basquete e tênis. A parceria também envolverá intercâmbio de atletas e técnicos.


domingo, 4 de dezembro de 2011

Olimpíadas do Rio terão ‘Matriz de Responsabilidades’ em março de 2012

Como na preparação para a Copa, governo federal apresentará lista de obras consideradas fundamentais para a realização dos Jogos de 2016


Por globoesporte.com

O presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Márcio Fortes, disse nesta quinta-feira, em Braília, que em março do ano que vem o órgão apresentará uma espécie de Matriz de Responsabilidades das Olimpíadas de 2016. Como já acontece na preparação para a Copa do Mundo de 2014, a matriz é uma lista das obras consideradas fundamentais para a realização dos Jogos Olímpicos, com previsão de valores e divisão das responsabilidades. Essa lista será apresentada em reunião com o Comitê Olímpico Internacional (COI).
Segundo Fortes, somente após a definição dessa lista final é que será possível definir o custo total das obras para os Jogos Olímpicos. A definição das obras precisa passar pela aprovação dos representantes dos governos federal, estadual e municipal. Os projetos hoje existentes serão divididos em obras consideradas fundamentais, importantes e de legado. O presidente da
- Quando o conselho olímpico aprova uma lista final, ela tem de ter essas nuances, do que é essencial, do que aparece como compromisso da candidatura e das coisas que ficam como legado. Qualquer coisa de novo que você coloque pode se beneficiar do RDC [Regime Diferenciado de Contratações, que flexibiliza as regras de licitações] e que também será objeto de controle do Comitê Olímpico.
Vínculo
O ministro do Esporte anunciou que, por decisão da presidente Dilma Roussef, a APO passa a ser vinculada à pasta. Desde a criação do órgão, em março deste ano, ele era vinculado ao Ministério do Planejamento. Fortes lembrou que a APO tem função apenas de coordenação das obras para as Olimpíadas, e não de construção das obras.
Fortes e Rebelo se reuníram pela manhã, e o ministro demonstrou satisfação com as informações recebidas sobre o trabalho do órgão até agora.
- Fiquei tomado da melhor impressão do curso dos acontecimentos. Como ministro do Esporte, fico absolutamente seguro e tranquilo não só de que essa responsabilidade está entregue a quem tem competência, capacidade e condições de levar a cabo a tarefa. O ministério do Esporte colaborará e ofercerá toda a colaboração, todo o empenho possível para o êxito.

Confira as logomarcas das edições das Paraolimpíadas, desde Tóquio-64


Logomarcas - paraolimpíadas (Foto: Divulgação)

Jogos Paraolímpicos Rio-2016 lançam logomarca sensorial na Lagoa

Assim como a das Olimpíadas, marca escolhida também é escultural e em 3D. Ádria dos Santos se emociona ao tocar no símbolo em forma de coração


No ano passado, a menos de duas horas da chegada de 2011, a festa nas areias de Copacabana foi interrompida para que a logomarca dos Jogos Olímpicos Rio-2016 fosse apresentada. Neste sábado, pouco antes da inauguração da árvore de Natal da Lagoa Rodrigo de Freitas, o público conheceu a marca das Paraolimpíadas de 2016. Criadas pela mesma agência - Tátil Design -, as duas seguem o mesmo padrão: escultural e em 3D. Mas a paraolímpica é multissensorial.
marca paraolimpíada 2016 (Foto: Divulgação)Logomarca das Paraolimpíadas de 2016 foi revelada neste sábado, no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)
Lançamento da marca dos Jogos Paraolímpicos Rio 2016 (Foto: Marcio Rodrigues / Fotocom.net)Logomarca aparece ao lado da árvore de Natal da
Lagoa (Foto: Marcio Rodrigues / Fotocom.net)
- Como não era uma concorrência, tivemos várias reuniões com os organizadores, com o Comitê Paraolímpico Internacional e atletas também. Tivemos informações preciosas. A marca tem um coração com uma certa energia especial. Para materializar a alma, usamos símbolos universais para aproximar pessoas: a espiral como ícone que traduz superação; o infinito, que representa a energia traduzida na garra; e o coração, signo fundamental, o centro vital de todo ser humano. A principal mensagem é que por dentro somos todos iguais.  A marca é muito sensorial e a ideia é que seja experimentada, algo com que as pessoas possam interagir - disse Fred Gelli, criador e diretor da Tátil.
A revelação foi feita após uma apresentação de um balé - dois dos quatro bailarinos principais que interpretaram os atletas eram cadeirantes, e o terceiro, amputado -,  seguida de um vídeo. Logo depois, o símbolo surgiu numa plataforma que subiu ao lado do palco. Numa sala, orientada pelos nadadores Daniel Dias e Clodoaldo Silva, Ádria dos Santos, fera do atletismo, foi às lágrimas ao tocar e sentir a escultura de poliuretano, que recebeu sensores de luz para integração ao toque e programação de movimento com som.
- Quando a toquei passou um filme da minha carreira na minha cabeça. Mexeu demais comigo ouvir, ao fundo, o som da torcida e do coração pulsando. Até agora estou emocionada. Ela é muito bonita - disse a atleta, deficiente visual.
Daniel Dias, Ádria dos Santos e Clodoaldo Silva no lançamento da marca dos Jogos Paraolímpicos Rio 2016 (Foto: Marcio Rodrigues / Fotocom.net)Ao lado de Daniel Dias e Clodoaldo Silva, Ádria dos Santos chora (Foto: Marcio Rodrigues / Fotocom.net)
O desafio de Gelli e sua equipe era criar uma marca que carregasse o mesmo DNA da olímpica. Até a escolha, ela foi apresentada para um júri de 12 membros, composto por representantes do governo e do Comitê Paraolímpico Internacional, além de especialistas em design olímpico. O processo durou 10 meses. Segundo Leonardo Gryner, diretor geral do Comitê Organizador Rio-2016, após dois meses de pesquisas veio o ok da empresa de que a marca era original e nova.
- Ela pode simbolizar muitas coisas, mas certamente simboliza o coração e o espírito paraolímpicos. Não tenho palavras para descrever essa escultura ainda - elogiou Sir Philip Craven, presidente do Comitê Paraolímpico Internacional.
A história dos Jogos teve início em 1948, quando veteranos da Segunda Guerra, com lesões na medula espinhal, reuniram-se em uma competição esportiva em Stoke Mandeville, na Inglaterra. No entanto, a primeira edição com estilo olímpico, foi organizada por Roma, em 1960. Apenas a partir de Seul-88, a mesma cidade passou a sediar os dois eventos.
Confira as outras logomarcas dos jogos para-olimpicos no link  http://ewerton-moreira.blogspot.com/2011/12/confira-as-logomarcas-das-edicoes-das.html

Fortaleza na Urca será a casa dos atletas do Brasil na reta final para 2016

Comitê Olímpico Brasileiro assina parceria com o Exército para os Jogos


Por Globoesporte.com

Olimpíadas Rio 2016 Fortaleza de São João, na Urca (Foto: Divulgação / Jogos Mundiais Militares)Fortaleza de São João será usada em 2016
(Foto: Divulgação / Jogos Mundiais Militares)
A Fortaleza de São João, na Urca, será a casa da delegação brasileira na reta final de preparação para os Jogos Olímpicos Rio-2016. Nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e o Exército assinaram um protocolo de intenções para fazer do local um centro de treinamento exclusivo para a equipe verde-amarela.
Na Urca, onde funciona a Escola de Educação Física do Exército, há instalações para treinos de natação, polo aquático, saltos ornamentais, nado sincronizado, atletismo, futebol, judô, taekwondo, lutas, basquete, handebol, vôlei, pentatlo moderno (com exceção do hipismo) e esgrima, entre outros. De acordo com o superintendente executivo de esportes do COB, Marcus Vinícius Freire, a Fortaleza de São João terá o mesmo papel em 2016 do que o Crystal Palace terá para Londres 2012.
- Assim como o Crystal Palace será de uso exclusivo do COB na fase que antecede os Jogos Olímpicos de Londres e também durante os Jogos, a Fortaleza de São João será a casa do Time Brasil na reta final de preparação e durante o Rio 2016 – disse Marcus Vinícius.

domingo, 20 de novembro de 2011

Paes diz que obras para 2016 seguem adiantadas em nova visita do COI

'Eu repito que nós estamos adiantados, trabalhando com prazos confortáveis, mas é um evento de uma grande proporção', garante o prefeito do Rio



Por Ligia Gismond

reunião do COI sobre as Olimpíadas 2016 (Foto: Beth Santos / Divulgação)Membros do COI assistem às apresentações 
(Foto: Beth Santos / Divulgação)
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, segue satisfeito com o andamento dos preparativos da cidade para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016. Na quarta visita de inspeção do Comitê Olímpico Internacional (COI) na Cidade Maravilhosa, o governante admitiu a complexidade de algumas questões, mas destacou que o cronograma continua adiantado. Nesta quarta-feira, o grupo presidido por Nawal El Moutawakel encerra o segundo dia de acompanhamento dos projetos, com uma série de apresentações na sede do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
- Sempre tem os dilemas que diz respeito às acomodações, às obras de infraestrutura e ao próprio Parque Olímpico. Hoje, a gente entra mais em detalhe nessas coisas. Todas essas áreas são de complexidade muito grande. Então, é uma tensão permanente. Da nossa parte e da parte deles. Mas estamos fazendo um esforço para que tudo seja esclarecido. Eu repito que nós estamos adiantados, trabalhando com prazos confortáveis, mas é um evento de uma grande proporção - afirmou o prefeito.
Visita de inspeção do COI (Foto: Divulgação)Nawal participa de inauguração de uma estação da
linha de BRT Transoeste (Foto: Divulgação)
Na terça-feira, primeiro dia da visita, os representantes do COI também participaram de reuniões na sede do COB e assistiram à inauguração da segunda estação-modelo da linha de BRT (Bus Rapid Transit, ônibus de trânsito rápido) Transoeste. Ao longo de toda quarta-feira, o grupo vai conferir apresentações detalhadas dos avanços desde a última inspeção, em junho deste ano.
- É a continuidade do acompanhamento que o Comitê Olímpico Internacional faz daquilo que a cidade está entregando para os Jogos. Ontem foi a parte mais ligada ao Comitê Organizador propriamente dito e, hoje, é a parte mais pública – explicou Paes.
Uma das preocupações da presidente Nawal até a última visita era com a demora na criação da Autoridade Pública Olímpica (APO) e na divisão da matriz de responsabilidade entre os três níveis de governo. Cinco meses depois, poucos avanços foram notados e o assunto promete voltar à mesa nesta quarta-feira. Embora o órgão tenha sido criado, com Márcio Fortes no comando, ainda não foram detalhados os compromissos dos governos.
- Essa é uma responsabilidade da Autoridade Pública Olímpica. A prefeitura já colocou na mesa claramente todas as suas responsabilidades, o que ela tem que entregar, com prazos e valores – esquivou-se o prefeito.

sábado, 19 de novembro de 2011

Comitê Organizador Rio-2016 elogia operação de retomada da Rocinha

Em nota oficial, organizadores dizem que ação reforça o compromisso assumido de realizar os Jogos em uma atmosfera de total segurança


Por Globoesporte.com


Carlos Nuzman durante seminário das Olimpíadas no Rio (Foto: Ag. Estado)Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio 2016
(Foto: Ag. Estado)
A ação de ocupação das comunidades da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, realizada no domingo, foi considerada pelo Comitê Organizador das Olimpíadas e Paraolimpíadas Rio-2016 como um avanço marcante para o legado de bem-estar social e transformação da cidade. Em nota oficial, os organizadores dos Jogos parabenizaram o governador Sérgio Cabral e as instituições de segurança do estado do Rio pela retomada do controle territorial.
"Os históricos acontecimentos de domingo reforçam o compromisso assumido pelo Brasil de realizar os Jogos em 2016, assim como os eventos-teste a partir de 2015, em uma atmosfera de total segurança para participantes, turistas e moradores".
Confira a seguir a íntegra da nota:
"O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 congratula o governador Sérgio Cabral e as instituições de segurança do estado do Rio de Janeiro pela bem sucedida ação de retomada do controle territorial das comunidades da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu.
O sucesso da operação é mais uma prova do acerto da política de segurança pública e do projeto de pacificação do Rio de Janeiro, conduzidos com firmeza pelo governo do estado, com o apoio da sociedade e, principalmente, das comunidades envolvidas.
A coragem e a determinação do governador Sergio Cabral em tornar o Rio de Janeiro um lugar mais seguro para se viver vêm sendo reconhecidos nacional e internacionalmente, e seu planejamento responsável e criterioso já é visto como referência por outros governantes.
O Rio 2016 está certo de que os acontecimentos deste domingo, 13 de novembro, trarão benefícios aos moradores da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu, uma vez que darão lugar a uma série de ações dos três níveis de governo – federal, estadual e municipal – com o objetivo de integrar definitivamente essas comunidades à cidade.
Os históricos acontecimentos de domingo reforçam o compromisso assumido pelo Brasil de realizar os Jogos em 2016, assim como os eventos-teste a partir de 2015, em uma atmosfera de total segurança para participantes, turistas e moradores.
Além disso, representam um avanço marcante do Estado do Rio de Janeiro em direção a um dos maiores objetivos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, que é o de provocar transformações positivas na cidade, que deixem um legado sustentável de bem-estar social para a população atual e para as futuras gerações".

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Olimpíadas do Rio terão ‘Matriz de Responsabilidades’ em março de 2012

Como na preparação para a Copa, governo federal apresentará lista de obras consideradas fundamentais para a realização dos Jogos de 2016



Por Marcelo Pereira, de Brasília

O presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Márcio Fortes, disse nesta quinta-feira, em Braília, que em março do ano que vem o órgão apresentará uma espécie de Matriz de Responsabilidades das Olimpíadas de 2016. Como já acontece na preparação para a Copa do Mundo de 2014, a matriz é uma lista das obras consideradas fundamentais para a realização dos Jogos Olímpicos, com previsão de valores e divisão das responsabilidades. Essa lista será apresentada em reunião com o Comitê Olímpico Internacional (COI).
Segundo Fortes, somente após a definição dessa lista final é que será possível definir o custo total das obras para os Jogos Olímpicos. A definição das obras precisa passar pela aprovação dos representantes dos governos federal, estadual e municipal. Os projetos hoje existentes serão divididos em obras consideradas fundamentais, importantes e de legado. O presidente da
- Quando o conselho olímpico aprova uma lista final, ela tem de ter essas nuances, do que é essencial, do que aparece como compromisso da candidatura e das coisas que ficam como legado. Qualquer coisa de novo que você coloque pode se beneficiar do RDC [Regime Diferenciado de Contratações, que flexibiliza as regras de licitações] e que também será objeto de controle do Comitê Olímpico.
Vínculo
O ministro do Esporte anunciou que, por decisão da presidente Dilma Roussef, a APO passa a ser vinculada à pasta. Desde a criação do órgão, em março deste ano, ele era vinculado ao Ministério do Planejamento. Fortes lembrou que a APO tem função apenas de coordenação das obras para as Olimpíadas, e não de construção das obras.
Fortes e Rebelo se reuníram pela manhã, e o ministro demonstrou satisfação com as informações recebidas sobre o trabalho do órgão até agora.
- Fiquei tomado da melhor impressão do curso dos acontecimentos. Como ministro do Esporte, fico absolutamente seguro e tranquilo não só de que essa responsabilidade está entregue a quem tem competência, capacidade e condições de levar a cabo a tarefa. O ministério do Esporte colaborará e ofercerá toda a colaboração, todo o empenho possível para o êxito.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

“O Rio está se passando a limpo”

Presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos Marques fala dos desafios, expectativas e satisfação de ocupar a gerência do trabalho de mudanças no Rio para 2016 e do legado que os Jogos vão deixar para a cidade


De cidadeolimpica.com

Superar obstáculos administrativos, coordenar trabalhos que, por vezes, passam por diversas secretarias municipais, fazer os cariocas se engajarem na construção de uma nova cidade e, enfim, pôr de pé o sonho olímpico dos Jogos do Rio 2016. Não são poucas nem fáceis as atribuições da economista Maria Silvia Bastos Marques como presidente da Empresa Olímpica Municipal, cargo que ocupa desde o início de agosto de 2011 e, segundo a própria, já lhe tira o sono.
Em meio a organogramas, reuniões e a organização no novo endereço da Empresa Olímpica – em um prédio de poucos andares, aos pés do recém-pacificado morro de São Carlos, no Estácio –, a executiva falou sobre os desafios e expectativas de seu cargo.
– O dia só tem 24 horas – lamentava, bem-humorada, ‘a prefeita das Olimpíadas’, apelido dado pelo prefeito Eduardo Paes, que ela conheceu à época de sua primeira passagem pela administração municipal, na década de 1990 (ela como secretária de Fazenda, ele como subprefeito da Barra).
Com passagem pela presidência da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Maria Silvia Bastos presidia uma grande seguradora quando aceitou o convite para ficar à frente da Empresa Olímpica Municipal.
 Quando o prefeito me ligou com a questão do projeto olímpico, fiquei um pouco assustada. Mas depois voltei pra casa, pensei… Acho que as Olimpíadas são uma oportunidade única para a cidade do Rio de Janeiro. Então, aceitei e aqui estou – afirma ela, que tem se desdobrado para dar conta da quantidade de informações e visitado as principais obras em execução na cidade.
‘Legado’ talvez seja a síntese da entrevista concedida por Maria Silvia Bastos. E é com base neste legado que a executiva enumera com facilidade projetos como o Porto Maravilha, que está revitalizando uma área até então degradada da cidade; o Morar Carioca, de reurbanização de favelas até 2020; e o BRT (Bus Rapid Transit), construção de quatro novos corredores viários na cidade.
– Estamos mais preocupados até com o dia seguinte. Como é que a cidade vai estar no dia seguinte? Que cidade o Rio se tornará? Se vai ter melhores serviços, se teremos uma população que terá outro entendimento das questões da cidade – pensa adiante.

* * * *

Poucos meses depois de assumir a presidência da Empresa Olímpica Municipal (EOM), a senhora já conseguiu dar conta das reais responsabilidades dessa função?

MARIA SILVIA BASTOS – Já estou sem dormir (risos). Já deu, sim. A Empresa Olímpica foi, de fato, criada em setembro e ainda está sendo estruturada. Isso quer dizer que nós tivemos um trabalho inicial grande, de desenhar organograma, de discutir as funções e até de discutir qual o papel dessa empresa; entender o que essa empresa deveria fazer e o que não deveria fazer. Mas o seu principal papel é o trabalho de coordenação das atividades, dos projetos, no sentido mais amplo possível, um trabalho de integração e alinhamento de informações. Nós tivemos uma reunião do Conselho Executivo, que a Empresa Olímpica coordena, e que reúne os secretários que estão envolvidos nos grandes projetos de infraestrutura para as Olimpíadas. Então, tivemos aqui as secretarias de Habitação, Meio Ambiente, Transporte, Obras e Urbanismo numa discussão muito interessante, cada um trazendo a atualização dos projetos que estão sobre as suas responsabilidades, uma troca de ideias que é crucial e fundamental e que precisa acontecer. Lembrando que a Prefeitura tem seu dia a dia, que não pode deixar de lado, e até por isso precisa de uma coordenação específica para as Olimpíadas.

Quando assumiu o convite para tocar a Empresa Olímpica Municipal, qual foi a primeira coisa que pensou?

MSB – Eu tenho muita proximidade com o prefeito, nós já tínhamos trabalhado juntos, tivemos muita interação, nos conhecemos bastante, sempre mantivemos contato durante esse tempo. Embora eu estivesse na iniciativa privada, nunca me afastei dos projetos relacionados ao Rio de Janeiro, sempre estive conectada. Ele sempre brincava comigo, que nós tínhamos que trabalhar juntos novamente. Então, quando ele me ligou com a questão do projeto olímpico, no início eu fiquei um pouco assustada. Mas depois voltei pra casa, pensei… Eu gosto muito da função pública e gosto muito da cidade. Eu tenho o título de cidadã honorária do Rio de Janeiro que me foi dado, por coincidência ou não, pelo então vereador Eduardo Paes. O quadro está até aqui na minha sala, eu sempre coloco em todos os escritórios que vou, tenho muito orgulho desse título. Minha explicação é bem simples: eu digo que aceitei por ‘egoísmo’, para trabalhar por mim e por meus filhos. Para ter uma cidade melhor. Acho que as Olimpíadas são uma oportunidade única para a cidade do Rio de Janeiro. Desde que a gente deixou de ser capital do país, que houve a fusão, acho que o Rio de Janeiro perdeu um pouco o seu caminho. Faltava um grande divisor de água, alguma coisa para que a cidade pudesse se mobilizar, que a gente pudesse virar uma página e começar uma página nova, se transformar. Então, as Olimpíadas, para mim, representam essa grande oportunidade de ter um projeto de mudança da cidade. É muito mais do que fazer Jogos Olímpicos. Então, eu aceitei e aqui estou.

A senhora acha que isso já está refletindo na autoestima do carioca?

MSB – Eu acho que o carioca se mobiliza muito, por muita coisa. O Rio é uma cidade complexa, tem questões administrativas bem mais complicadas do que grandes cidades, como São Paulo, por exemplo, pelo nosso passado de capital. Um exemplo muito simples é a área do Porto. Ali você tem, urbanisticamente falando, terrenos municipais, estaduais, federais; é toda uma complicação administrativa. Então, eu acho que as Olimpíadas nos trazem uma oportunidade de arrumar a casa de uma maneira que o carioca perceba que vai ter uma vida melhor. Acho que as questões vão ser mais bem endereçadas. Não sei se já chegou à população, acho que ainda não. É um trabalho importante que nós temos que fazer, que não é só para fora, é para dentro também, fazer com que todos entendam que essa é uma grande oportunidade. Nós não estamos falando só sobre 17 dias em que a atenção do mundo se volta para gente, que vai ter aqui um monte de turista e pronto. Não, nós estamos mais preocupados até com o dia seguinte. Como é que a cidade vai estar no dia seguinte? Que cidade o Rio se tornou? Se vai ter melhores serviços, se teremos uma população que terá outro entendimento das questões da cidade, um outro tipo de motivação e engajamento. A população tem que se sentir parte desse projeto. Esse não pode ser um projeto da Prefeitura nem do prefeito. Tem que ser um projeto da cidade. Acho que nós estamos começando.
Fã e praticante de esportes, a executiva destaca a importância de projetos como o ensino de inglês na educação básica, além da reurbanização do Porto e do Morar Carioca e a revolução do transporte com o BRT

No dia da posse, a senhora comentou uma manchete de jornal no dia seguinte às Olimpíadas de Sydney. Como a senhora imagina que os cariocas (e brasileiros de um modo geral) vão lidar com as Olimpíadas do Rio?

MSB – A visão que a gente tem das Olimpíadas, e isso é um pouco do que nós queremos construir com a população, é que a cidade está sendo toda reformada. É como se fosse a casa da gente e nós estivéssemos fazendo uma grande reforma. E a gente gostaria que essa casa nova recebesse muito bem os seus convidados. E que, a partir daí, nós tivéssemos mais condições de abrir nossa casa ainda mais, receber mais visitantes, trazer mais investimentos. Importante a gente ressaltar que hoje, no mundo, o que mais emprega é a indústria de turismo, muito mais do que qualquer indústria chamada pesada. Nossa cidade tem essa vocação. Então, a gente está arrumando a casa, e o carioca, que já é um povo muito hospitaleiro, precisa se engajar nesse processo. Quando eu mencionei Sydney, eu vi a manchete de um jornal local que dizia assim: “Vocês podem parar de sorrir. Eles se foram”. A cidade inteira era um cartão de boas vindas. Todo mundo sorridente, todo mundo engajado, todo mundo solícito. Eu diversas vezes fui abordada por pessoas oferecendo ajuda, não precisava pedir. As pessoas achavam que você estava com ar de turista perdido, já vinham com mapa, uma ajuda qualquer. É muito bonito isso, e é uma coisa permanente. Se a gente consegue contaminar dessa forma as pessoas, para que elas se entendam como grandes anfitriões do Rio de Janeiro, acho que nossa cidade só tem a ganhar. Com os Jogos e depois dos Jogos.

A senhora é uma pessoa ligada ao esporte, que gosta de esporte? Tem um prazer pessoal também ao encarar esse desafio?

MSB – Eu sou muito ligada ao esporte. Meu sonho de criança era ser atleta olímpica. Eu acho a ginástica olímpica uma das coisas mais lindas do mundo. A coisa da superação, do corpo que vai ao seu limite, eu gosto demais; é uma coisa que eu assisto em todas as Olimpíadas pela televisão. Nunca tinha tido a oportunidade de ir a uma Olimpíada, foi uma oportunidade inesquecível. Eu andei nas ruas, peguei transporte público, observei bastante, e isso agora vai ser muito útil. Mas eu gosto muito de esportes, é uma das outras razões pelas quais eu aceitei. Eu já pratiquei tênis, vou e volto; eu corro, ando de bicicleta, caminho, faço musculação.

Quais são os projetos que a senhora considera mais expressivos para o legado olímpico do Rio?

MSB – É difícil nomear um, porque já está acontecendo tanta coisa importante. Vou começar com um exemplo que as pessoas não associam tanto às Olimpíadas: a universalização do ensino de inglês nas escolas municipais. Estamos falando de uma população de mais de 100 mil alunos, que vão ter ensino de inglês em todas as classes. Até 2014 isso já vai estar acontecendo, e é um projeto de mudança de qualidade de vida. Você está falando de inclusão no mercado de trabalho. As Olimpíadas dão um sentido de urgência, eu acho que isso é o diferencial que nós temos hoje. Nós temos um fato motivador, é aquilo que eu falei antes do divisor de águas. Olimpíadas trazem a necessidade, trazem a urgência. Outro projeto crucial para a cidade e que está junto com as Olimpíadas é o Morar Carioca. É um programa de urbanização das favelas cariocas ate 2020, ultrapassa as Olimpíadas. Ele tem que acontecer? Eu, como cidadã carioca, acho que temos que fazer ontem. E ele está acontecendo e é fundamental para o projeto olímpico. E tem os BRTs, que são um grande projeto de infraestrutura urbana. São quatro grandes linhas, Transoeste, Transcarioca, Transolímpica e Transbrasil, que vão integrar a cidade toda em um modal de transportes muito mais eficiente. Vão integrar e se integrar com trem, metrô e com ciclovias também. Nós vamos mudar a qualidade de vida de toda a população, que vai poder ter um transporte público de qualidade e vai gastar muito menos do seu tempo em deslocamentos.

A senhora também cita o Porto.

MSB – Para mim, há 30 anos o Rio demanda esse projeto, que é o Porto Maravilha e que terá o Porto Olímpico dentro. Mais até que um projeto imobiliário, de turismo, é um projeto de regularização fundiária daquela área, como eu mencionei antes. Eu diria assim: o Rio está se passando a limpo. É nossa grande oportunidade, e nós estamos trabalhando para isso. O mais difícil é essa superposição de administrações. Tem coisas que estão sob o nosso comando e outras que nós dependemos de negociações, principalmente com o governo federal. Mas existe, claro, uma vontade maior do país em relação às Olimpíadas e em relação ao Rio de Janeiro. Vale lembrar que o prefeito demandou e mudou o projeto original das Olimpíadas, trazendo a Vila de Mídia da Barra para o Centro. Eu torci muito para que ele conseguisse, e nessa época eu nem sonhava em participar das Olimpíadas. Acho que foi fundamental para completar esse processo de revitalização. Quando a gente vai a outras cidades que tiveram essas áreas revitalizadas, a gente vê a vida que existe ali. A vida turística, a vida noturna; estamos falando de novo de hotéis, restaurantes, bares… Então, acho que aquilo ali vai ser uma coisa fantástica. O que a gente já vê. Eu fui visitar as obras junto com o presidente da CDURP, o Jorge Arraes, que me mostrou o que está sendo feito, eu fiquei muito impressionada com a dimensão do projeto, porque como ele é um pouco fragmentado a gente não tem a visão do todo, e com a qualidade do que está sendo feito. É excepcional.



domingo, 13 de novembro de 2011

Beltrame confirma meta de instalar 40 UPPs no Rio

Por Agência Estado / Fotos: Internet


O secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, comemorou a ocupação pela polícia das comunidades da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu, na zona sul, neste domingo (13), de forma pacífica e disse que a meta de atingir 40 unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) na cidade está mantida. Contando com a da Rocinha, chega a 19 o número de UPPs já implantadas.
Segundo ele, o objetivo era devolver o território à população "sem disparar um tiro e sem derramar uma gota de sangue, seja de quem for".
"O que se tem de concreto é a libertação dessas pessoas do jugo do crime, do jugo do fuzil. O nosso trunfo é ação combinada e quebra de paradigma territorial", afirmou durante entrevista coletiva, no fim da manhã de hoje (13), no 23º Batalhão de Polícia Militar, no Leblon, zona sul da cidade.
Ele destacou que o trabalho da polícia é desenvolvido muitas vezes num ritmo mais lento do que a sociedade espera, mas "com passos sólidos".
Beltrame admitiu que a realização de novos concursos e o cronograma de formação de policiais para atuar nas unidades de Polícia Pacificadora (UPP) são "questões que precisam ser enfrentadas". Ele ressaltou, no entanto, que o plano de expansão das UPPs para atingir 40 unidades até 2014, conforme previsto pelo governo, está mantido.
"Todas essas questões são importantes e têm que ser enfrentadas. Podem cobrar do administrador público atitude, mas não podemos deixar de fazer achando que não vamos conseguir. Este programa está previsto, foi estabelecido nas 40 unidades, tem condição de acontecer e assim será feito".
Sobre a instalação da UPP na Rocinha, Beltrame reafirmou que ainda não há data definida. Segundo ele, as tropas policiais que ocupam a comunidade é que vão indicar o momento adequado para que a transição seja iniciada. As informações são da Agência Brasil.