"Nós vivemos uma oportunidade fantástica de transformação. Para a cidade, nossas olimpíadas serão mais impactantes que Londres", disse Paes.
Segundo Paes, a organização dos jogos parte de princípios básicos: a capacidade de criar uma cultura de planejamento; gastar poucos recursos públicos potencializando o capital privado quando possível; investimento nas pessoas; estímulo de novos negócios; e maximização da imagem da cidade - explicou o prefeito. Ele ainda explica que esses ideais valem mais para a cidade do que os números do evento em si. Muito mais que a expectativa de ter um evento com 17,7 milhões de ingressos, mais de 4 bilhões de espectadores e mais de 100 mil envolvidos na organização.
Eduardo Paes, na abertura do seminário "De Londres ao Rio, exemplos e lições para 2016". |
"O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) tem o papel de olhar o evento esportivo em si. O papel do prefeito é olhar a cidade. Isso inclui investimentos em infraestrutura. Com a implantação de quatro corredores de BRT, vamos passar de 18% para 63% o total de usuários que fazem uso de transportes de alta capacidade na cidade. Até 2020, o programa Morar Carioca terá urbanizado todas as favelas da cidade. Até 2016, vamos concluir o projeto de reurbanização da Zona Portuária. Se não fossem os jogos esses seriam investimentos para 15 anos Esses são exemplos de algo que aprendi com o ex-prefeito de Barcelona Pasqual Maragal, que dirigia a cidade durante as Olimpíadas de 1992: os jogos precisam servir à cidade. E não a cidade aos jogos", afirmou o prefeito.
Para Eduardo Paes, governos e iniciativa privada devem estar conscientes e atenciosos ao momento que vive o Rio de Janeiro para não perderem oportunidades. A escolha de um país para receber a Copa do Mundo e as Olimpíadas, e nesse meio, Copa das Confederações e Jornada Mundial da Juventude, é uma decisão geopolítica. Por isso, é extremamente necessário se honrar os prazos, contratos e pensar em decisões estratégicas que atendam da melhor forma aos interesses de cada setor.
"Na Copa, o que menos importa é receber uma determinada partida de futebol ou se teremos hotéis lotados, por exemplo. O mais importante para uma cidade é onde a FIFA vai ter seu centro de mídia ou o jogo de maior viabilidade. No Rio de Janeiro, nós teremos o centro de mídia e a partida de encerramento. Esse é um protagonismo fantástico", enfatiza o prefeito.
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