Ponto lotado logo no início da manhã, na Rocinha. Foto: Agência O Globo. |
No papel, tudo parece ser bonito, mas na vida real, no dia a dia, é muito diferente.
Reproduzo, abaixo, um comentário da jornalista Ana Cláudia Araújo, feito no perfil pessoal do Facebook. No texto, a jornalista conta um pouco da manhã da terça feira, 16/04, segundo dia de vigência da nova Lei.
"Balanço do transporte na Rocinha pela manhã:
- Ônibus lotados
- Motoristas tendo que se virar para dirigir na favela. Ontem, dos 5 a mais que foram escalados, 3 não retornaram para trabalhar porque bateram o carro por causa da falta de prática na favela, segundo o motorista.
- Passageiros abandonados nos pontos, pois nos ônibus que passavam não cabia mais uma mosquinha se quer.
- O mais grave: motorista sem cobrador. Se não fosse eu ajudando, no curto caminho que fiz, o caos tinha sido maior. Ele tinha que prestar atenção no dinheiro, na estrada e na catraca, pois não lembrava quem tinha pago com dinheiro. Ou seja, se um malandrinho quisesse andar de graça, era só falar "já paguei" e pronto, catraca livre.
- Motorista desabafando: Trabalhar aqui é tenso. Precisa das vans. Vocês são muitos. Tem motorista que não quer vir pra cá. Daqui a pouco, vai faltar carro."
Mesmo com o reforço na quantidade de ônibus, prometida pelo prefeito Eduardo Paes, a situação na Rocinha é crítica. O bairro é o mais populoso da Zona Sul e o que contém o menor número de linhas de ônibus. Devido à sua geografia, é praticamente impossível um ônibus transitar normalmente nas vielas da comunidade.
Para piorar, o fato descrito pela Ana Cláudia (e que tem se tornado "moda" entre as empresas de ônibus do país) de motorista com dupla função - dirigir e cobrar passagem - pode trazer sérias consequências para o já caótico trânsito da comunidade, seja de pedestres, carros, motos e, agora, ônibus.
Até o momento, não conseguimos respostas do Rio Ônibus para falar sobre o assunto.
- Ônibus lotados
- Motoristas tendo que se virar para dirigir na favela. Ontem, dos 5 a mais que foram escalados, 3 não retornaram para trabalhar porque bateram o carro por causa da falta de prática na favela, segundo o motorista.
- Passageiros abandonados nos pontos, pois nos ônibus que passavam não cabia mais uma mosquinha se quer.
- O mais grave: motorista sem cobrador. Se não fosse eu ajudando, no curto caminho que fiz, o caos tinha sido maior. Ele tinha que prestar atenção no dinheiro, na estrada e na catraca, pois não lembrava quem tinha pago com dinheiro. Ou seja, se um malandrinho quisesse andar de graça, era só falar "já paguei" e pronto, catraca livre.
- Motorista desabafando: Trabalhar aqui é tenso. Precisa das vans. Vocês são muitos. Tem motorista que não quer vir pra cá. Daqui a pouco, vai faltar carro."
Mesmo com o reforço na quantidade de ônibus, prometida pelo prefeito Eduardo Paes, a situação na Rocinha é crítica. O bairro é o mais populoso da Zona Sul e o que contém o menor número de linhas de ônibus. Devido à sua geografia, é praticamente impossível um ônibus transitar normalmente nas vielas da comunidade.
Para piorar, o fato descrito pela Ana Cláudia (e que tem se tornado "moda" entre as empresas de ônibus do país) de motorista com dupla função - dirigir e cobrar passagem - pode trazer sérias consequências para o já caótico trânsito da comunidade, seja de pedestres, carros, motos e, agora, ônibus.
Até o momento, não conseguimos respostas do Rio Ônibus para falar sobre o assunto.
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