segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Feira no Rio quer desenvolver economia ligada ao esporte

Objetivo é preparar empresas para grandes eventos esportivos. ‘Negócios no setor esportivo respondem por só 0,7% do PIB’, diz diretor.

Bernardo Tabak Do G1 RJ

Com o objetivo de desenvolver a economia ligada ao setor esportivo, foi lançada nesta segunda-feira (7), no Jockey Club do Rio de Janeiro, a World Sports & Business (WSB). Chamada pelos organizadores de um “multievento internacional”, com feira de produtos, palestras e workshops, a expectativa é de que sejam gerados R$ 5 bilhões em negócios.

“A nossa principal preocupação é preparar as nossas empresas para os grandes eventos esportivos que vão ser realizados no país nos próximos anos”, enfatizou Hélio Viana de Freitas, diretor-executivo da WSB, referindo-se à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016.
De acordo com o Viana, no Brasil, os negócios relacionados ao setor esportivo, desde a venda de produtos licenciados – camisas, acessórios e souvenires -, até a negociação dos direitos de transmissão de jogos, respondem por 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. “Enquanto isso, a economia ligada ao setor de esportes gera 5% do PIB dos Estados Unidos e 4,8% do PIB da Europa”, comparou Viana.
O diretor-executivo da WSB afirmou que entre 15 e 20 fundos de investimentos, a maioria estrangeiros, manifestaram interesse em investir no Brasil. “Vários fundos já estão preferindo investir na área de infraestrutura. Dar os nomes dos fundos agora é impossível, porque as negociações ainda estão ocorrendo”, disse Viana. “Alguns desses fundos ainda não têm investimentos no Brasil, mas pretendem vir para cá”, complementou.

Sem preocupação com atrasos nas obras

Viana não demonstrou preocupação com possíveis atrasos nas obras de preparação para a Copa 2014 - e o consequente encarecimento dos custos -, nem com uma pesquisa do geógrafo Paulo Roberto Andrade, da Universidade de São Paulo (USP), que mostra as deficiências de São Paulo para receber grandes eventos. “Isso acontece em quase todos os lugares. Nas Olimpíadas de Atenas foi assim, e na Copa do Mundo da África do Sul também. Alguns estádios foram concluídos em cima da hora”, observou.
Para o diretor-executivo, os investidores sabem dos problemas que podem ocorrer e contabilizam isso nos custos dos empreendimentos. “O esporte no Brasil, no meu conceito, é um trem-bala no asfalto. Na hora que colocarmos esse trem-bala nos trilhos, vamos gerar muitas oportunidades e negócios”, concluiu Viana.
A WSB, que conta com a parceria do Banif Investment Bank e do Instituto João Havelange, e é promovida HBusiness Bank, vai ser realizada uma vez por ano, até 2016, sempre no mês de setembro.

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