sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Museu do Amanhã, o novo cartão postal do Rio

Espaço de 15.000 m² será exemplo de construção sustentável e servirá como ponto de referência não apenas em arte, mas também em discussões sobre o futuro da humanidade e do planeta

De cidadeolimpica.com

Projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava vai tornar o Píer novo cartão-postal obrigatório do Rio

O Museu do Amanhã, que será erguido sobre o Píer Mauá, na área do Porto Maravilha, já ganhou seus quatro primeiros pilares. A cerimônia de início das obras aconteceu no próprio píer, que vem sendo preparado estruturalmente desde dezembro de 2010. Com isso, a expectativa é de que o museu esteja concluído no primeiro semestre de 2014.
Na solenidade, que teve a participação de representantes da Fundação Roberto Marinho e do Banco Santander – parceiros da Prefeitura do Rio no projeto –, o prefeito Eduardo Paes ressaltou a inclusão da obra na parceria público-privada responsável pela revitalização da região.
Projetado pelo renomado arquiteto espanhol Santiago Calatrava, o edifício de 15.000m² vai abrigar um acervo diferente do que se está acostumado a ver em museus. A ideia é que, ao entrar no Museu do Amanhã, o visitante vivencie as experiências científicas e possa pensar e discutir o papel futuro do homem e sua relação com o planeta.
– A gente identificou quatro tendências que vão moldar o futuro do mundo nos próximos 50 anos: mudança do clima, crescimento da população, integração entre os povos e regiões e diminuição dos biomas. Por isso, a ideia é discutir esse futuro hoje – explica o físico e doutor em Cosmologia Luiz Alberto Oliveira, curador do Museu do Amanhã.

Luiz Alberto Oliveira, curador do Museu do Amanhã: espaço para vivenciar experiências científicas

Do lado de fora, o museu vai chamar atenção pela forma. O prédio branco de traços modernos – com um telhado de grandes abas móveis, responsáveis pela ventilação natural – flutuará sobre um grande espelho d’água, abastecido pela Baía de Guanabara. O paisagismo, assinado pelo escritório Burle Marx, prevê ainda o plantio de árvores em todo o seu entorno.
Orçadas em R$ 215 milhões, as obras do Museu do Amanhã serão conduzidas pelo consórcio Porto Novo, responsável pela revitalização de toda a região, e custeadas pelos já comercializados Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), títulos vendidos pela Prefeitura a investidores com intenção de construir na área.
Além disso, uma parceria com o banco vai permitir o investimento de outros R$ 65 milhões no projeto. Os recursos serão aplicados na compra de acervo para as exposições e na sustentabilidade do Museu durante dez anos.
Para o economista Sérgio Besserman, que também participou da solenidade de lançamento da obra, o Museu do Amanhã pode contribuir para colocar o Rio no centro das discussões sobre os rumos do planeta.
– O Rio de Janeiro expressa o desafio da agenda da humanidade, que é o desenvolvimento sustentável. E o Museu do Amanhã vai discutir essa forma de desenvolvimento. Por isso, ele nos fortalece como um local do planeta onde estaremos sempre discutindo as estratégias e os desafios do desenvolvimento sustentável, além de ser um equipamento espetacular – avalia.


Nenhum comentário:

Postar um comentário