Estudo da Prefeitura aponta: em 2016, Rio terá 12 mil vagas a mais em quartos, batendo com folga a recomendação do Comitê Olímpico Internacional
São mais do que otimistas as expectativas dos representantes da rede hoteleira do Rio de cumprir o compromisso, assumido pela Prefeitura com o Comitê Olímpico Internacional (COI), de criar pelo menos mais 10 mil quartos de hotéis até as Olimpíadas de 2016. E com a previsão de quatro novos postos de trabalho por vaga, serão, no mínimo, mais 40 mil empregos diretos e indiretos. Um estudo da Riotur e da Secretaria Municipal de Urbanismo confirma a fase e mostra que a meta do COI será batida com folga: no ano dos Jogos, a cidade terá cerca de 12 mil novas vagas de hospedagem, totalizando mais de 33 mil.
Dentro desse cenário, duas movimentações são simbólicas: a reabertura do antigo hotel Meridien, assumido pela bandeira Windsor, e a reforma do Hotel Glória, que deve se tornar o primeiro seis estrelas do país.
– A Prefeitura editou um pacote olímpico, que foi elaborado de forma cirúrgica pela Secretaria de Urbanismo, com a participação da iniciativa privada, atingindo perfeitamente as metas. Nós já temos hoje cerca de 4.800 quartos licenciados para início imediato e praticamente 6.500 quartos em análise. Então, nós esperamos até superar essa marca de 10 mil quartos para as Olimpíadas – afirma Alfredo Lopes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ).
Apostando no cenário favorável, Lopes faz uma previsão para a instalação de futuros hotéis no Rio, sugerindo que a Zona Sul será procurada pelos hotéis-butiques, de menor porte; a Barra da Tijuca pelos grandes empreendimentos, e a região do Porto pelos megaprojetos.
– Quando nós pensamos em 10 mil novos quartos, pensamos no que a cidade pode suportar para que eles não fiquem ociosos futuramente. Então, a indústria hoteleira vem trabalhando junto com a Prefeitura para ampliar o calendário de eventos da cidade, fortificar o que já existe, sempre diversificando – explica.
Representante da rede Windsor, que começará a construir dois novos hotéis nos próximos meses, Paulo Marcos diz ter informações de 17 projetos até as Olimpíadas e do interesse de outras redes internacionais em investir no Rio e, principalmente, do retorno de turistas domésticos.
– Uma coisa que a gente percebe muito claramente é a volta do turismo brasileiro. Por muitos anos, o Rio ficou meio que esquecido pelo turista do Espírito Santo, pelo mineiro, por exemplo, que mora perto e pode vir para uma viagem mais rápida. Esse pessoal está voltando, muito atraído pela coisa de “quero ver a cidade onde vão acontecer as Olimpíadas” – observa.
Um segmento inserido nessa expansão da rede hoteleira do Rio, e que surge como uma alternativa às grandes redes, é o dos hotéis-butiques, que oferecem serviços exclusivos aos clientes e geralmente são instalados em construções pequenas e antigas.
Há 12 anos trabalhando na hotelaria do Rio, o uruguaio Juan Daniel Sander, gerente geral do Hotel Santa Teresa, um dos mais famosos hotéis exclusivos do Rio e que hospedou a cantora Amy Winehouse em sua passagem pelo país, destaca o projeto de pacificação em comunidades para atrair turistas de volta à cidade.
A três anos da Copa do Mundo e a cinco da realização dos Jogos Olímpicos, o uruguaio Juan Daniel Sander, gerente geral do Hotel Santa Teres, afirma já ter reservado todos os 40 quartos do local para empresas estrangeiras durante os dois grandes eventos. Prova de que a movimentação da rede hoteleira carioca é proporcional ao interesse externo por um lugar para ficar em 2014 e 2016.
Para saber mais sobre a rede hoteleira do Rio, seus investimentos e novas instalações, acesse o link abaixo e confira alguns vídeos.
De Cidadeolimpica.com
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