O requerimento de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende investigar os contratos da prefeitura do Rio com as empresas de ônibus que circulam na cidade, obteve 27 assinaturas, 10 a mais que o necessário para dar entrada no pedido. O blog do colunista Ancelmo Gois havia adiantado a informação de que a CPI já tinha conseguido o mínimo de assinaturas para ser instalada. A comissão foi protocolada pelo vereador Eliomar Coelho (PSOL).— O que queremos é que o presidente da Casa instale a CPI o quanto antes — disse Coelho.
O vereador do PSOL deve ser o único que não faz parte da base do governo a compor a CPI, que terá cinco membros efetivos. Como o recesso de meio de ano na Casa começa na semana que vem, os trabalhos, no entanto, só começarão em agosto.
As assinaturas dos vereadores William Coelho e Rafael Aloísio Freitas, que são da base do governo, completaram a meta necessária para o requerimento de abertura da CPI. Na manhã desta terça-feira, houve reunião junto com a presidência da Câmara para definir os rumos da comissão. Do lado de fora, uma fila com 50 pessoas aguardava para assistir aos trabalhos da Câmara nesta terça-feira.
Também nesta terça-feira, o prefeito Eduardo Paes descartou a possibilidade do município conceder subsídios diretos às empresas de ônibus da cidade para mantar a tarifa a R$ 2,75.
Após a onda de manifestações que tomou conta do país, que começaram contra o reajuste das passagens de ônibus, a prefeitura do Rio e o governo do Estado anunciaram um pacote que cancelou os últimos reajustes no transporte público da cidade e de todo o estado. No Rio, as tarifas dos coletivos voltaram a custar R$ 2,75, já o governo anulou os reajustes de metrô, barcas, trens e ônibus intermunicipais. O valor do bilhete único também voltou ao praticado em 2012.
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