sábado, 15 de junho de 2013

Prefeitura do Rio assina contrato de implantação do VLT


A Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e o governo federal, por meio do Ministério das Cidades, assinam hoje, 14 de junho, o Termo de Compromisso entre a Caixa Econômica Federal e o município para repasse de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade para obras civis de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Região Portuária e do Centro. Na mesma data, a prefeitura também assina contrato com o Consórcio VLT Carioca, vencedor da licitação para a construção e operação do sistema que será entregue em duas etapas, em 2015 e 2016. O investimento é de R$ 1,164 bilhão, sendo R$ 532 milhões em recursos do Ministério das Cidades e R$ 632 milhões de contrapartida da Prefeitura do Rio.

O projeto da prefeitura será executado por parceria público-privada (PPP). Juntas pela primeira vez, Actua - CCR (24,4375%), Invepar (24,4375%), OTP - Odebrecht Transportes (24,4375%), Riopar Participações, sócia do Grupo CCR na CCR Barcas (24,4375%), Benito Roggio Transporte (2%) e RATP do Brasil Operações (0,25%) serão responsáveis pelas obras de implantação, compra dos trens e sistemas, operação e manutenção do VLT por um período de 25 anos. O consórcio, composto por operadores dos quatro meios de transportes da cidade - trem, metrô, barcas e ônibus -, venceu a licitação concluída no dia 26 de abril deste ano e representa composição inédita na operação de um novo tipo de transporte público no Rio de Janeiro.
Operação do VLT
O VLT conectará a Região Portuária ao centro financeiro da cidade e ao Aeroporto Santos Dumont. O projeto prevê seis linhas com 42 paradas (quatro delas em estações na Rodoviária, Central do Brasil, Barcas e aeroporto) distribuídas por 28 Km de vias. O bonde moderno será integrado ao Metrô, trens metropolitanos, Barcas, BRT's, rede de ônibus convencionais, Teleférico da Providência e ao Aeroporto Santos Dumont. O sistema de pagamento inclui a utilização do Bilhete Único Carioca de transporte. Quando todas as linhas estiverem em operação, a capacidade do sistema chegará a 285 mil passageiros por dia. Cada carro poderá transportar até 415 passageiros e o intervalo entre os VLTs poderá variar entre três e 15 minutos, conforme a linha e horário do dia. A velocidade média prevista para o trânsito do VLT no Rio é de 17 km/hora.
Cronograma de obras
O início das obras está previsto para o segundo semestre de 2013. A construção do sistema será dividida em duas etapas. A primeira será a implantação do trecho Vila de Mídia - Santo Cristo - Praça Mauá - Cinelândia, com prazo para conclusão no segundo semestre de 2015. Já a segunda etapa contempla os trechos Central - Barcas, Santo Cristo - América - Central - Candelária, América - Vila de Mídia e Barcas - Santos Dumont, e deve ser concluída no primeiro semestre de 2016.
Tecnologia e segurança
- O VLT do Rio será um dos primeiros do mundo projetado totalmente sem catenárias (cabos para captar energia elétrica em fios suspensos). O abastecimento de energia será feito pelo sistema APS (alimentação pelo solo) durante as paradas por um terceiro trilho, sistema implantado com sucesso em diversas cidades europeias. Na prática, trata-se de um sistema de alimentação de energia pelo solo combinado a um supercapacitor (fonte de energia embarcada).
- Entre os mecanismos de segurança do VLT destaca-se a alimentação de energia pelo solo somente quando o trem está posicionado sobre o terceiro trilho. Outra característica é a presença de três mecanismos de freio: mecânico, motor e de emergência.
- O VLT irá demandar profissionais capacitados para sua condução. O consórcio prevê o treinamento especializado para esses profissionais nas cabines isoladas e climatizadas que têm mecanismos bastante diferentes dos que são usados em outros tipos de transporte de massa.
Trens

Inicialmente serão construídas 5 unidades do VLT, todas na Espanha, pela empresa Alstom, visando atender ao prazo previsto de início da operação. Os demais 27 trens serão construídos no Brasil, a partir de transferência de tecnologia do fornecedor. As primeiras unidades a ser construídas serão essencialmente iguais às que estão em atividade hoje em Bordeaux, na França, contando com tecnologia mais moderna.

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