De acordo com o secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto, o tráfego durante as obras, previstas para começar em setembro e durar dois anos, ainda está sendo planejado. Mas ele já adiantou que, até dezembro de 2015, “a vida será dura no Centro”. O edital para as obras foi publicado ontem, no Diário Oficial da cidade do Rio e está orçada em R$ 87,8 milhões.
Para o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Sérgio Magalhães, o projeto de fechamento de parte da Rio Branco precisa ser mais debatido, principalmente pelo contexto histórico da avenida: "Qualquer intervenção na Rio Branco é de extrema importância, porque a avenida é uma expressão da República. Ela representou uma mudança de paradigma urbanístico, criou uma referência para a cidade. Não é uma avenida qualquer; tem representação nacional".
Outro fator que, segundo Magalhães, deve ser avaliado é a conveniência do trecho a ser fechado, que possui diversos prédios históricos, a despeito de outros setores com maior movimento de pedestres: "O trecho escolhido tem a Câmara dos Vereadores, o Teatro Municipal e o Museu Nacional de Belas Artes que não alimentam uma circulação de pessoas como no restante da avenida, onde existem prédios comerciais. Há que se discutir se essa esplanada não ficaria ociosa.
Com um projeto arquitetônico ousado, a esplanada da Rio Branco ganhará piso de granito serrado, nas cores branca, cinza e vermelha. Ao lado dos edifícios históricos, a pavimentação de pedra portuguesa será mantida. A Prefeitura plantará palmeiras para arborizar a área, e implantará bicicletários de aço inoxidável e vidro temperado, além de uma iluminação especial para realçar as construções históricas, o mobiliário e a vegetação.
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