Mesmo com muitas reclamações e opiniões contrárias, parece que desta vez a obra vai começar. A companhia Docas anunciou nesta semana que começará a construção do píer em Y, na Zona Portuária do Rio, em junho. Arquitetos e urbanistas do Rio são contra o formato do píer, como mostrou o blog Rio: Cidade Olímpica numa matéria em dezembro de 2012.A maior polêmica é que, com os navios atracando no píer com o formato em Y, será formado um imenso paredão, de até seis embarcações, que impedirá a vista da Baía de Guanabara de locais como o Mosteiro de São Bento, o Museu de Arte do Rio (MAR), o Museu do Amanhã, que está em construção, e o Píer Mauá.
A principal alternativa proposta é o píer em formato em E, que seria construído perto do Armazém 6, mais afastado desses pontos turísticos. Segundo o Instituto de Arquitetos do Brasil, o projeto em Y seria danoso para o Rio. Docas, por sua vez, diz que tem um prazo, até 2016, devido às Olimpíadas.
A decisão foi criticada também pela deputada e presidente da Comissão de Saneamento da Alerj, Aspásia Camargo (PV), que já havia entrado com uma ação civil pública contra as obras. “Nenhum argumento das Docas nos convence. Nem o do tempo, a pressa, das Olimpíadas, nem o custo, que é mais barato, para fazer, no lugar errado, uma obra que vai comprometer a paisagem para sempre. A paisagem do Rio de Janeiro é um bem que não tem preço.”
A Prefeitura do Rio tem se posicionado a favor do píer em E, mas informa que a decisão é federal e cabe, portanto, a Docas.
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