quarta-feira, 29 de maio de 2013

Presidente da Companhia Docas do Rio descarta alterações no projeto do porto em Y

De acordo com o presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Jorge Melo, não existe a possibilidade de alteração no modelo de construção do píer entre os armazéns 2 e 3 da zona Portuária, com o formato em “Y”. O motivo que contraria a construção do píer no formato em “E”, com maior visibilidade para a Baía de Guanabara, seria o prazo apertado para a entrega das obras. Segundo Melo, as intervenções começaram no último dia 18 de fevereiro e “mudá-las, agora, significaria comprometer o compromisso com as Olimpíadas. Se alterarmos o projeto, vamos ter que fazer uma nova licitação e isso não vai dar tempo”, concluiu o presidente de Docas, em uma audiência pública acompanhada pela Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), nesta quarta-feira (29/05), na Câmara de Vereadores do Rio.A reunião foi realizada em conjunto com a Comissão Especial da Câmara formada para analisar o projeto do píer em “Y”, presidida pela vereadora Laura Carneiro. Durante o encontro, a presidente da Comissão da Alerj, deputada Aspásia Camargo, mostrou-se contrária ao posicionamento de Docas. Responsável por movimentar cercar de R$ 30 bilhões ou 8 milhões de toneladas por ano, o Porto do Rio prevê, com as novas construções, estender a capacidade de operação para até 25 milhões de toneladas neste mesmo período.

Jorge Melo ainda explicou que existe um contrato assinado com o Comitê Olímpico Internacional (COI), para que o porto possa receber seis ou sete navios, com um total de, pelo menos, 20 mil leitos, durante os jogos de 2016. “Nossa primeira ideia seria algo próximo do píer em “E”, mas não seria possível devido à área de manobra necessária para um navio entrar com segurança. Por isso, chegamos a ideia do píer no formato concêntrico, ou em Y, como foi apelidado”. Também presente ao debate, o vice-presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Pedro da Luz, descartou o projeto em “E”, mas sugeriu que as mudanças devem priorizar a circulação livre de pessoas e preservar o bem-estar da população e dos visitantes.

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