Se fosse em outros carnavais, a notícia seria que o camarote da Brahma iria ficar bem maior. Mas o prédio que cresce e aparece por trás das arquibancadas na altura do antigo setor 2 do Sambódromo já não pertence à Ambev desde pouco tempo depois de o terreno ter sido negociado com a prefeitura como contrapartida para a ampliação da passarela do samba, há cerca de três anos.Ali, onde ficava a histórica fábrica da cervejaria, toma forma o edifício concebido por Oscar Niemeyer e desenvolvido pelo escritório do arquiteto Ruy Rezende, que será alugado para uma ou mais empresas quando ficar pronto, no fim de 2014. Ocupando uma área útil de 85 metros quadrados, com 80 metros de altura (serão vinte andares, sendo três subsolos), trata-se de um investimento de R$ 400 milhões que tem tudo para ser a apoteose da Cidade Nova, uma região que enfim parece ter decolado e ganha cada vez mais empreendimentos.
— A Cidade Nova como um todo está sofrendo uma transformação muito grande, de uns cinco anos para cá. E, nos últimos dois anos, houve um boom. São 200 mil metros quadrados de área útil por ali. O bom disso é que essas empresas estão mudando a cara da região — diz Luiz Constantino, diretor de desenvolvimento e engenharia da Hemisfério Sul Investimentos (HSI), dona do prédio, batizado de REC Sapucaí, muito mais do que um camarote privilegiado no carnaval, até porque suas janelas, de vidros de alta performance, não foram feitas para ficar abertas. — Somos gestores de um fundo de investimentos voltado para o mercado imobiliário. Para obter receita, alugaremos o espaço. Estamos focando em grandes ocupantes. Existem duas grandes empresas interessadas. Se por algum motivo não fecharmos com elas, podemos picar o prédio em empresas menores. Nós o capacitamos com serviços de infraestrutura, auditório, restaurantes, galeria de serviços... Mas ainda é cedo para saber quem vai se instalar lá.
— A Cidade Nova como um todo está sofrendo uma transformação muito grande, de uns cinco anos para cá. E, nos últimos dois anos, houve um boom. São 200 mil metros quadrados de área útil por ali. O bom disso é que essas empresas estão mudando a cara da região — diz Luiz Constantino, diretor de desenvolvimento e engenharia da Hemisfério Sul Investimentos (HSI), dona do prédio, batizado de REC Sapucaí, muito mais do que um camarote privilegiado no carnaval, até porque suas janelas, de vidros de alta performance, não foram feitas para ficar abertas. — Somos gestores de um fundo de investimentos voltado para o mercado imobiliário. Para obter receita, alugaremos o espaço. Estamos focando em grandes ocupantes. Existem duas grandes empresas interessadas. Se por algum motivo não fecharmos com elas, podemos picar o prédio em empresas menores. Nós o capacitamos com serviços de infraestrutura, auditório, restaurantes, galeria de serviços... Mas ainda é cedo para saber quem vai se instalar lá.
Para cumprir o prazo de entrega, cerca de 900 operários da construtora Hochtief batem ponto no local diariamente. Até a noite, quando 150 deles mantêm o canteiro de obras funcionando. A partir de março, serão 1.300.
— É um megaprojeto de Niemeyer. Tudo que é dele é mega. Só o volume de concreto previsto para a obra é 120 mil metros cúbicos, o que equivale ao necessário para erguer uma usina nuclear como a de Angra. O normal seria entre 1/4 e 1/5 disso. O material está sendo utilizado em lajes, fundações, pilares... — conta Pedro Keleti, superintendente de Negócios da Hochtief. — É uma fachada típica de Niemeyer. Lembra muito os prédios de Brasília, só que modernizado e adequado ao uso corporativo. No subsolo, que tem tem 45 metros de profundidade, ficarão garagens e área técnica.
À frente da empreitada, Ruy Rezende conta que foi preciso fazer algumas alterações no projeto, como em escadas e elevadores para as 12 mil pessoas pessoas que vão trabalhar por lá diariamente, mais uma população circulante de três a cinco mil pessoas por dia. As alterações foram aprovadas pelo escritório de Oscar Niemeyer.
— A Ambev contratou o Oscar porque o projeto do Sambódromo era dele. Nada mais óbvio para integrar a área. Aprovado o projeto, a empresa o vendeu para a HSI. E já estava no contrato a previsão de que seria chamado outro escritório para tocá-lo, até pela nossa expertise em prédios corporativos. Respeitamos o design e a biometria do projeto. Só propusemos mudanças que consideramos necessárias para adaptá-lo. Tinha previsão de marquise, por exemplo, mas não havia pilares. Fizemos a proposta da marquise — explica Ruy. — Com um prédio desse porte, o entorno se revigora.
Para o presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, Washington Fajardo, o fato de o empreendimento da HSI ser o primeiro comercial de grande porte na região é sinal de que desta vez a Avenida Presidente Vargas e seu entorno estão realmente desencantando:
— Aquela região, que tem muito potencial pela localização, foi muito mexida, desde a própria construção da Presidente Vargas, em 1945, passando pelas obras do metrô, que não teve a preocupação de fazer intervenções urbanas. Além disso, aquela área é cheia de terrenos da União, do estado e da prefeitura, que têm ritmo de desenvolvimento diferente do mercado normal. Até agora, o que se via ali eram novos prédios como os da Cedae, do Centro de Operações da prefeitura, da Petrobras e do Operador do Sistema Elétrico. Agora parece que vai!
À frente da empreitada, Ruy Rezende conta que foi preciso fazer algumas alterações no projeto, como em escadas e elevadores para as 12 mil pessoas pessoas que vão trabalhar por lá diariamente, mais uma população circulante de três a cinco mil pessoas por dia. As alterações foram aprovadas pelo escritório de Oscar Niemeyer.
— A Ambev contratou o Oscar porque o projeto do Sambódromo era dele. Nada mais óbvio para integrar a área. Aprovado o projeto, a empresa o vendeu para a HSI. E já estava no contrato a previsão de que seria chamado outro escritório para tocá-lo, até pela nossa expertise em prédios corporativos. Respeitamos o design e a biometria do projeto. Só propusemos mudanças que consideramos necessárias para adaptá-lo. Tinha previsão de marquise, por exemplo, mas não havia pilares. Fizemos a proposta da marquise — explica Ruy. — Com um prédio desse porte, o entorno se revigora.
Para o presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, Washington Fajardo, o fato de o empreendimento da HSI ser o primeiro comercial de grande porte na região é sinal de que desta vez a Avenida Presidente Vargas e seu entorno estão realmente desencantando:
— Aquela região, que tem muito potencial pela localização, foi muito mexida, desde a própria construção da Presidente Vargas, em 1945, passando pelas obras do metrô, que não teve a preocupação de fazer intervenções urbanas. Além disso, aquela área é cheia de terrenos da União, do estado e da prefeitura, que têm ritmo de desenvolvimento diferente do mercado normal. Até agora, o que se via ali eram novos prédios como os da Cedae, do Centro de Operações da prefeitura, da Petrobras e do Operador do Sistema Elétrico. Agora parece que vai!
Nenhum comentário:
Postar um comentário