sábado, 30 de novembro de 2013

Despoluição da Baía de Guanabara "parece" sair do papel

Com início de operação previsto para dezembro, a Unidade de Tratamento de Rio (UTR) do Rio Irajá, em Cordovil, na Zona Norte do Rio, passou por um teste de funcionamento na quinta-feira (28/11) e deverá começar a operar em um mês, tratando 12% da poluição hídrica que deságua na Baía de Guanabara.

Com as UTRs em funcionamento, 1/3 da poluição hídrica que chega à baía será tratada. Isso é um passo importante para que o Governo do Estado atinja a meta de despoluir 80% das águas da Baía de Guanabara até 2016, compromisso assumido com o Comitê Olímpico Internacional para a realização dos Jogos Olímpicos. Até lá, seis UTR serão construídas ao redor da Baía de Guanabara.Na vistoria realida na quinta-feira, o diretor técnico da DT Engenharia, Procópio Netto, explicou que o projeto de implantação das UTRs é complementar às ações de saneamento realizadas nos municípios do entorno da baía: "Escolhemos o Rio Irajá por ser um curso hídrico que recebe uma grande quantidade de esgoto, equivalente à metade da vazão do rio. Costumamos ouvir que as UTRs são soluções paliativas, mas, na verdade, a UTR acelera o saneamento ambiental e impede a proliferação da poluição difusa, como as fezes de cachorros e outros resíduos, que chega aos rios através das galerias de águas pluviais e representa cerca de 30% de sua poluição hídrica", explicou.

A UTR do Rio Irajá tratará 1.750 litros de esgoto por segundo e a unidade Pavuna (que será a segunda a ser construída), 5.200 litros por segundo. Na região do entorno da baía, 40% do esgoto é tratado. A quantidade ainda é pequena, mas já representa um razoável passo na despoluição da Baia de Guanabara. O investimento que será feito nas duas UTRs está avaliado em R$ 120 milhões, com dinheiro proveniente do INEA e da Secretaria do Ambiente.

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