domingo, 25 de setembro de 2011

As árvores da Transoeste

Entre as medidas de preservação ambiental na obra do corredor expresso está o plantio de 19.652 mudas, quase 13 vezes o total de exemplares retirados

Projeto da via foi feito de forma a manter figueira centenária na Av. das Américas, na altura do Recreio

As obras necessárias para o crescimento da Cidade Olímpica e a preservação do meio ambiente podem, e devem, caminhar num mesmo sentido. E com o objetivo de conciliar progresso e sustentabilidade, a construção da Transoeste – o corredor para ônibus BRT (Bus Rapid Transit) que vai ligar a Barra da Tijuca a Santa Cruz e Campo Grande – tem essa preocupação como norte.
Um dos pontos a serem destacados diz respeito ao replantio ou medida compensatória estipulada pelo Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea). Ao longo dos 56 km de extensão do projeto, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente prevê a remoção de 1.533 árvores. Em troca, serão plantadas 19.652 mudas, quase 13 vezes a quantidade retirada.
Grande parte dessas árvores estava em pontos como o canteiro central e as margens da Avenida das Américas, no trecho entre a Barra da Tijuca e a Estrada do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes.
– O desenvolvimento tem que acontecer, a cidade tem que crescer, mas obviamente mantendo os cuidados com o meio ambiente. Só que a sociedade também tem que estar consciente – alerta o presidente da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca, Delair Dumbrovsky.
Um movimento chegou a ser criado para pedir a permanência de uma figueira centenária localizada próxima ao Viaduto Orlando Raso, no cruzamento das avenidas das Américas e Salvador Allende, mas o engenheiro Alexandre Risso, da Secretaria Municipal de Obras, afirma que nunca esteve nos planos da Prefeitura derrubar a árvore.
– A figueira sempre esteve incluída no traçado da Transoeste. Não houve alteração alguma no projeto – explica Risso.
Um dos trechos mais importantes da Transoeste, a abertura do Túnel da Grota Funda também tem papel relevante na questão sustentável. Durante os oito meses de escavação do Maciço da Pedra Branca, foram retirados 250.000 m³ de rocha, o equivalente a 35 mil viagens de caminhão. Boa parte do material foi utilizada no aterro de áreas alagadiças aproveitados no alargamento da Avenida das Américas.
No acesso do túnel por Guaratiba, várias palmeiras de um terreno vizinho foram utilizadas no tratamento paisagístico da obra.
– Essas palmeiras foram todas reaproveitadas, toda a parte da retirada de árvores foi certificada com licença ambiental. As palmeiras foram remanejadas de um sítio que existia aqui perto, para fazer a saída com esse visual, que vai dar um atrativo diferente à obra – diz o engenheiro Alexandre Risso.

Por: cidadeolimpica.com

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