A Cedae alcançou um importante passo para atingir a meta de ter 100% de esgoto tratado na Barra da Tijuca até 2016. O presidente da companhia, Wagner Victer, assinou, nesta quarta-feira (20/2), o contrato da obra de esgotamento sanitário que fará a despoluição do complexo lagunar da região. As intervenções, que fazem parte do compromisso para os Jogos Olímpicos, começam em 30 dias e devem terminar até o primeiro semestre de 2016.
Utilizando R$ 75 milhões do Fecam (Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano), o novo projeto vai construir um tronco coletor na Avenida Abelardo Bueno e duas elevatórias. A Olímpica terá capacidade de bombear 1.100 litros de esgotos por segundo, e a Ollof Palme outros 450 litros. As intervenções atenderão o esgotamento da futura Vila Olímpica, da Vila dos Atletas, do Parque dos Atletas, do Riocentro, do Parque Aquático Maria Lenk, e condomínios Cidade Jardim e Rio 2. Empreendimentos da Barra da Tijuca e Jacarepaguá que ainda não estão conectados à rede formal ou ainda serão construídos também serão atendidos.
- É uma obra não destrutiva que vai apagar o passado e pensar no futuro da região, no seu crescimento nos próximos anos. Este é um contrato importante e, na semana que vem, assinaremos outro para uma nova área da região - explicou Wagner Victer.
O secretário municipal da Casa Civil, Pedro Paulo, destacou que a velocidade dos investimentos da Cedae na região é fundamental para conceder infraestrutura para a realização das Olimpíadas.
- É um alegria vermos esse empenho, que tem sido decisivo para reverter a curva de poluição deste complexo lagunar - disse Pedro Paulo.
Além dos cerca de R$ 600 milhões investidos na região desde 2007, o secretário do Ambiente, Carlos Minc, afirmou que mais R$ 600 milhões estão disponíveis para fazer a dragagem da lagoa e recuperar os manguezais. As obras começam em abril, com duração prevista de dois anos.
- Ver isso (assinatura do contrato) é um sonho dos ambientalistas. E vamos dragar e fornecer condições de profundidade para a prefeitura construir estações e desenvolver o transporte com barcas - afirmou Minc.
Até 2007, todo o esgoto da região era lançado sem tratamento nos rios e lagoa. Este ano, a Cedae colocou em operação o Emissário Submarino. Em 2009, a Estação de Tratamento da Barra da Tijuca começou a funcionar e, nos últimos cinco anos, 15 grandes elevatórias foram inauguradas. No total, 85% dos imóveis da orla da Barra da Tijuca já estão interligados ao sistema, 70% do Recreio e 60% de Jacarepaguá.
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