segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Nova sede do Banco Central trará mudanças significativas para a Zona portuária do Rio

Uma das instituições mais respeitadas do Brasil está de mudança para a Zona Portuária do Rio de Janeiro. Com obras desde o início de 2011 e contando com 40% do prédio construído, o Banco Central do Brasil está construindo sua "casa nova" na Avenida Rodrigues Alves, ao lado da Cidade do Samba.  Com investimento de R$ 72,7 milhões em uma área de 30 mil metros quadrados, ao final da obra, pelo menos 800 funcionários devem ser transferidos do antigo prédio (na Avenida Rio Branco) para o novo endereço na  Gamboa. 

Com a obras concluída e em funcionamento, o prédio do Banco Central será responsável por manter agências bancárias, postos de correios, restaurantes e outros comércios no local. Um investimento inestimável para a região que renasce a cada dia e um estímulo de vida para os moradores de toda a Zona Portuária do Rio.
Confira, na entrevista, as informações de Felipe Frenkel, gerente administrativo do Banco Central, e Antônio Carlos Mendes de Oliveira, chefe de departamento de infraestrutura e gestão patrimonial.



Quais as funções serão desempenhadas na nova sede do Banco Central na Região Portuária?
Felipe Frenkel - A nova sede do Banco Central na Região Portuária abrigará as funções de dois prédios existentes, que hoje funcionam na Avenida Rio Branco e no Andaraí. Resolvemos mudar por diversos motivos. O imóvel que temos na Rio Branco é do início do século passado, uma construção histórica e tombada. A nova instalação será mais moderna, o que facilitará a movimentação dos numerários [dinheiro efetivo]. Juntar os dois prédios em um facilitará os trabalhos.
O projeto de fazer uma nova sede para o Banco Central é antigo. Quais fatores contribuíram para escolha da Região Portuária como área?
Felipe Frenkel - A Região do Porto é uma área central da cidade, por se tratar de um lugar central com várias vias de acesso. A proximidade com aeroporto, Avenida Brasil e Linha Vermelha é estratégica para as funções que o Banco Central vai desempenhar ali. Temos também a expectativa do uso do transporte náutico. O Banco Central já trabalha nesse projeto há pelo menos 12 anos. Demos sorte, pois, quando compramos o terreno, o Porto Maravilha ainda não tinha saído do papel. Agora, nosso projeto agrega às melhorias da região.
Como está o andamento das obras? Quais foram os desafios enfrentados até agora?
Antônio Carlos - Hoje temos 40% da obra pronta. Durante os trabalhos, tivemos a surpresa de achar algumas pequenas peças arqueológicas, a maioria em pedaços. Por isso, trabalhamos junto com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que está catalogando tudo para que a história do Rio não se perca.
O que será feito com o material encontrado?
Antônio Carlos – Foram encontrados muitos fragmentos. Vamos seguir o que o Iphan mandar. Ele que vai determinar o futuro das peças.
Qual é o diferencial da construção?
Antônio Carlos - Essa obra está sendo projetada para seguir os modelos de sustentabilidade.  O terreno tem cerca de 30 mil metros quadrados. O prédio terá três pavimentos administrativos e operacionais, e ainda a Casa Forte. Trabalhamos para fazer um prédio autossustentável, com reuso de água, redução de uso de energia elétrica, eficiência de vidros da fachada que evitam a passagem de calor…
Como a ida do Banco Central para a Região Portuária pode ajudar no desenvolvimento da área?
Felipe Frenkel – Queremos nos integrar à área. A nova sede terá bancos, correios, restaurantes e lanchonetes para atender os moradores, em uma área hoje muito pouco habitada. Além disso, está previsto no projeto um auditório com capacidade para 450 pessoas para atender servidores e o público em geral.  A ideia do BC é fazer um prédio que possa atender às próprias necessidades, às da população local e da cidade.
Antônio Carlos - A autoestima dos moradores da região vai melhorar. A nova sede do Banco Central na Região Portuária é a representação do Governo Federal na área. Isso mostra que acreditamos no do Porto Maravilha. Para os moradores, teremos mais segurança e, com isso, a melhora na autoestima. Temos certeza de que local será agradável tanto para morar quanto para trabalhar.



* Entrevista feita por blog Porto Maravilha

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