Por: Cidade Olímpica
Do alto de seus 45 metros, a ponte estaiada da Barra da Tijuca já é uma realidade na paisagem do bairro da Zona Oeste do Rio. O trabalho, que contou com operários trabalhando dia e noite, muitas vezes nos fins de semana, valeu a pena. Construída em duas metades, a ponte, que vai ligar as Avenidas Ayrton Senna e Abelardo Bueno, finalmente teve seu último vão fechado e concretado, tornando-se uma estrutura única – o chamado vão central – com 131 metros de extensão e por onde passará o Ligeirão da TransCarioca. No total, contando com os acessos, ela terá 213 metros de comprimento.Comemorado por todos os envolvidos na obra, o fim desta fase do trabalho não significa a conclusão da ponte. Restam ainda os testes dos estais e a pavimentação das duas pistas por onde passarão os Ligeirões (feitas em concreto), além das outras duas faixas para veículos.
Engenheiro responsável pela ponte, Igor de Oliveira explica que a regulagem dos 56 estais é uma tarefa que exige tempo, já que é feita um a um. Qualquer pequena diferença de ajuste em um deles pode comprometer todos os outros.
Construída sobre o rio Camori, a ponte estaiada é uma estrutura mais complexa do que aparenta. Considerada uma obra de arte, ela não possui pilares sobre as águas e é suspensa pelos famosos estais. Tudo isso para preservar o meio ambiente e garantir a navegabilidade local.
Além da parte estaiada em si, possui também seus acessos, que têm como base vigas de concreto de 24m e 36m de comprimento, sobre as quais são colocadas as pistas propriamente ditas. Construídas em um canteiro próximo, elas são acondicionadas em caminhões e seguem até a ponte.
Por causa de seu tamanho, uma logística especial teve que ser montada para esse deslocamento, com interdição do trânsito no percurso entre os dois locais. Para não gerar transtornos aos motoristas, as 111 vigas foram transportadas á noite, em um trabalho que durava a madrugada inteira.
- Uma ponte estaiada é a cereja do bolo na carreira de qualquer engenheiro. Esta aqui, então, é um divisor de águas não só para mim, mas para a cidade – orgulha-se Igor.
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