Resultado de uma parceria entre o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Rio, o Sebrae/RJ e a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer, foi lançado nesta sexta-feira (30/08) o programa Lidera Rio nos Esportes. O programa tem como objetivo preparar gestores públicos e empresários para os investimentos e oportunidades de negócio que serão geradas pelos megaeventos esportivos que estão por vir. A capacitação será através de seminários que irão ocorrer nos meses de outubro e novembro, nas diferentes regiões do estado. "O Lidera Rio é mais uma ferramenta que o Fórum, junto com estas entidades, entrega para promover o desenvolvimento local. Este é o nosso grande objetivo, conseguir fazer com que os municípios consigam aproveitar estas oportunidades para garantir seu crescimento", frisou a secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha. "Esse programa vai além da Copa e das Olimpíadas. Eventos como o Tour do Rio, entre outros, têm se mostrado benéficos para uma gama enorme de empresas situadas onde são realizados", explica o diretor-superintendente do Sebrae/RJ, Cezar Vasquez, que também frisou que o convênio com o Fórum foi fundamental para estender esse expertise para o setor público, criando oportunidades para os municípios fortalecerem suas economias locais. Também presente ao evento, o secretário de Estado de Esporte e Lazer, André Lazaroni, explicou que é importante desmistificar as dificuldades de crescer e investir no setor. "A Secretaria tem R$ 70 milhões por ano disponíveis para investimento através da captação do ICMS. Nos últimos anos só 40% dessa verba foi captada", afirmou. O secretário usou como exemplo de iniciativa bem sucedida um convênio entre a pasta e a Light, pelo qual serão captados R$ 16 milhões para a construção de praças esportivas nas comunidades pacificadas do Rio de Janeiro.
Após o lançamento do programa aconteceram as apresentações do Caderno de Esportes do estado do Rio, desenvolvido em parceria entre o Fórum e o Núcleo de Estudos de Geografia Fluminense (Negef) da Uerj, que mapeou as vocações esportivas dos 92 municípios fluminenses, e da pesquisa do professor da Universidade Gama Filho Lamartine Costa. Ele explicou que o maior legado dos megaeventos não necessariamente estará no desenvolvimento do esporte: "Exemplos passados mostram que Barcelona colhe frutos na área do turismo 21 anos após os Jogos Olímpicos, que Pequim usou os investimentos na sua malha de transportes e que em Londres houve grande crescimento econômico de empresas que sequer estavam situadas na cidade. Mas pra isso é necessário planejamento", enfatizou.
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