Instalada no Caju sobre terreno que já funcionou como lixão, a Usina de Asfalto Antônio Ramos, inaugurada no dia 7 de agosto, é a primeira do País com tecnologia 100% nacional. Construída pela Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp) com recursos da operação urbana Porto Maravilha em investimento de R$ 17 milhões, a nova fábrica substitui a Usina de Reciclagem de Asfalto Engenheiro Luiz Paes, na Avenida Francisco Bicalho. O novo equipamento público é totalmente automatizado e tem versatilidade para fabricar diversos tipos de asfalto. Maior do Brasil, ocupa área de 20 mil metros quadrados (m²) e produz o asfalto CPA (Camada Porosa de Asfalto), tecnologia que faz com que a água da chuva seja absorvida no revestimento da pavimentação. Inédito no Rio de Janeiro, o produto normalmente é aplicado em áreas sem ralos e evita a formação de bolsões d'água em dias chuvosos.Subsecretário municipal de Parcerias Público-Privadas, o engenheiro Jorge Arraes destacou que o processo para a construção da usina representa o esforço da Prefeitura do Rio na modernização da cidade. "A Prefeitura do Rio mantém hoje quatro usinas de fabricação de asfalto na cidade. A Antônio Ramos terá capacidade de produção de 160 toneladas por hora e fará o reaproveitamento de todo o material fresado (retirada de asfalto velho) das ruas", anunciou Arraes.
"É um grande gol. Neste espaço, além da parte técnica, temos um grande laboratório que nos permite fazer qualquer tipo de avaliação do solo e do asfalto", comemorou Marcus Belchior, secretário municipal de Conservação. "O diferencial da Antônio Ramos é que temos aqui maior capacidade de produção e melhor produto. Com a tecnologia, conseguiremos aperfeiçoar a manutenção preventiva, hoje o maior desafio da conservação", acrescentou. Belchior explicou que a nova estrutura reduz aproximadamente 25% dos níveis de calor, ruído e poluição, já que os motores consomem menos energia. O asfalto colorido, importante para sinalização, também será produzido no Caju e será usado na Vista Chinesa. Com maior durabilidade e aderência, é ideal para áreas com grande movimento de ciclistas.
A cerimônia registrou momento de emoção, quando o secretário chamou a família do engenheiro Antônio Ramos para descerrar a placa de inauguração. A usina foi batizada em homenagem a um dos responsáveis pela montagem da Usina Engenheiro Luiz Paes, da Avenida Francisco Bicalho. Diretor industrial de todas as usinas de asfalto da Prefeitura do Rio, Antônio Ramos dedicou 35 anos de sua vida ao serviço público municipal e morreu em 2007. De acordo com a prefeitura, a unidade da Avenida Francisco Bicalho será desativada, e o imóvel terá novos usos no processo de revitalização da Região Portuária.
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