segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O transporte nosso de cada dia: Tarifas

Começaremos essa série de reportagens com uma "novidade" que não tem agradado aos moradores do estado do Rio: o aumento das tarifas intermunicipais e, algumas municipais. O ano de 2014 mal começou e o cidadão será obrigado a pagar 5,77% a mais na tarifa do transporte coletivo.


Tal aumento não seria mal visto se o lucro obtido pelas empresas de ônibus não fosse repassado ao cliente em forma de qualidade e pontualidade. Estas, dentre outras, são as principais queixas dos usuários de transporte público: ônibus velhos e desconfortáveis, atrasos constantes e a falta de ar condicionado, são apenas alguns dos problemas enfrentados pela maioria da população, que passa grande parte do dia fazendo o deslocamento entre a residência e o trabalho.

“Uma cidade como o Rio não se comporta andar num ônibus comum. É muito degradante para pessoa. A pessoa chega molhada nos lugares, trabalho, É falta de tratamento com a população”, disse Sidnei Pereira. Já o aposentado Fernando Ribeiro ironiza: "Qual a sensação de andar todo dia num ônibus desse? Derreter,né? Lá fora tá mais fresquinho”.

De acordo com a Prefeitura do Rio de Janeiro, a frota da cidade do Rio só terá ar condicionado em sua totalidade após o aumento das tarifas. Segundo a Prefeitura, todo e qualquer investimento requer um reajuste tarifário. Caso isso não seja feito, haverá um impacto muito grande nas finanças.

Já o reajuste das tarifas intermunicipais, autorizado pelo DETRO, atinge as quase 1200 linhas intermunicipais dentro do estado do Rio. Assim, a partir de janeiro, a tarifa modal intermunicipal passará de R$ 2,65 para R$ 2,80. Caso fosse aceito o percentual pedido pela Fetranspor, o valor seria de R$ 3,20, aumentando os gastos dos usuários por viagem em mais de R$ 16,80 ao mês, ou R$ 201,60 ao ano. O valor do Bilhete Único também será reajustado em 5,744%, passando de R$ 4,95 para R$5,25.

Vale lembrar que tal reajuste acontece pouco mais de 6 meses após as manifestações que tomaram conta do país, pedindo a redução do preço das passagens e melhores condições de vida, com mais saúde, educação e um sistema político mais digno, honesto e eficaz.

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