sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Transporte nosso de cada dia: Estrutura do sistema de ônibus do Rio

Chegamos à penúltima reportagem da série sobre o transporte público no estado do Rio de Janeiro. Hoje, falaremos sobre a estrutura do sistema municipal de ônibus da cidade do Rio, recentemente alterado pelo prefeito Eduardo Paes. Para alguns, o sistema melhorou. Para outros, continuou a mesma coisa. Para um terceiro grupo, só piorou.

Os quatro consórcios que operam no Rio de Janeiro (Intersul, Internorte, Transcarioca e Santa Cruz) têm, juntos, 8.749 veículos. Atualmente, a idade média dos carros é de 3,65 anos, referendando o Rio como uma das frotas mais novas do país, a frente de São Paulo (5 anos de uso) e Belo Horizonte (4). De acordo com o Rio Ônibus - sindicato dos empresários de ônibus da cidade do Rio -, a renovação da frota carioca tem sido de 12,5% ao ano. Ou seja, por ano, cerca de 1.100 ônibus novos são comprados, com investimento de aproximadamente R$ 260 milhões de reais. Cada ônibus urbano novo, com sistema de ar condicionado, custa em torno de R$ 400 mil. Sem ar condicionado, R$ 350 mil.“Os desafios para manter a frota em boas condições são enormes. 3,8 milhões de passageiros são transportados diariamente na frota da cidade. Os ônibus percorrem 2,9 milhões de quilômetros por dia pelas ruas do Rio. O trabalho noturno nas garagens é bastante intenso. É preciso recolher os ônibus à noite, fazer a manutenção corretiva, abastecimento, limpeza, e colocá-los em condições de trabalho na manhã seguinte. Em certas linhas, os ônibus saem das garagens muito cedo, antes de 4h. A operação é intensa”, destaca Paula Leopoldino, gerente de Gestão da Mobilidade do Rio Ônibus.

Por outro lado, os ônibus vêm sofrendo com constantes ataques e depredações. Exemplo disso é a Viação Vila Real, do Consórcio Internorte. Segundo Francisco Abreu, gerente geral da viação, as pichações e pedradas são os casos mais comuns de depredação. “A pichação é uma situação frequente. Já atingiu aproximadamente 50% da frota. As pedradas também preocupam muito. São pelo menos três casos desse por semana”, afirma. E, tudo isso reflete nos custos de manutenção, que a cada ano são repassados às tarifas.

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