Anunciadas no dia 18/12, as cinco torres que serão construídas pelo empresário americano Donald Trump se juntarão a outros empreendimentos na área do porto do Rio, consolidando o potencial que a região possui para atrair novos negócios. Considerado o maior centro corporativo urbano nos países do BRIC, formado por Brasil, Rússia, Índia e China, o Trump Towers Rio terá 50 andares e será construído em uma área de 32 mil metros quadrados.
- Estamos muito interessados em estar aqui há algum tempo. O Brasil está surgindo de uma forma impressionante no mercado internacional. Com a ajuda do Projeto Porto Maravilha que nos foi apresentado, o Rio de Janeiro é o lugar perfeito para o nosso investimento – afirma Donald Trump Jr, vice-presidente executivo da organização Trump.
Ao Trump Towers Rio juntam-se outros empreendimentos de diferentes magnitudes. Entre eles está o Porto Brasilis, prédio de 19 pavimentos e dois subsolos que conta com tecnologia sustentável para diminuir o consumo de água e energia elétrica, entregue em março deste ano. Em fase de construção, o Porto Atlântico, complexo de torres que abrigará desde salas comerciais a hotéis três estrelas, ocupará dois terrenos na rua professor Pereira Reis, no Santo Cristo. E a gigante Microsoft anunciou, em novembro deste ano, que vai revitalizar e ocupar o prédio que abrigou a primeira fábrica de gás do Rio de Janeiro.
Tantos empreendimentos só foram atraídos para a região graças às transformações que estão acontecendo na área através do projeto Porto Maravilha. Investimentos em infraestrutura, com novas redes de luz, água e esgotos e a implantação de uma nova rede de fibra ótica que permitirá um significativo aumento na capacidade de transmissão de dados são apenas alguns dos fatores que fazem do porto um local de excelência para a implantação de novas empresas.
- Investir no porto é acreditar em uma região que se tornou um polo de atração não só para os grandes investidores e grandes empresas, mas também de atração turística, comercial, de lazer e cultura. Hoje o porto é um polo do futuro – afirma Rogério Oliveira, gerente de incorporação da Odebrecht, construtora responsável pelo Porto Atlântico.
De acordo com o diretor de Administração e Finanças da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), Sergio Lopes, atualmente existem 39 projetos de empresas que querem se fixar na região do porto. Deste número, a maioria delas faz parte do setor de petróleo e gás, uma das atividades econômicas que mais cresce em todo o mundo.
Aos investimentos de grande porte juntam-se outros mais modestos, porém não menos importantes. Restaurantes, lojas e bares fazem parte desta nova região portuária que vem se desenhando nos últimos anos. Tamanha expansão atrai um outro tipo de público: pessoas que procuram as ruas do entorno da Praça Mauá para fixar residência e, assim, aproveitar esse boom econômico que ganha força dia a dia.
- A cidade ganha com geração de empregos, resgata uma parte importante do Centro da cidade do ponto de vista histórico e econômico, além de apresentar um novo conceito de Centro da cidade, onde as pessoas podem morar nesta região – explica Lopes.
Integração entre modais
O alto investimento em transportes é outro fator crucial para a atração de novas empresas. A região portuária contará com duas novas vias, Expressa e Binária, responsáveis por desafogar o trânsito quando o Elevado da Perimetral deixar de existir. Menina dos olhos do projeto Porto Maravilha, o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) promete revolucionar o sistema de transportes no Centro. Integrado a outros modais, como trens, ônibus, BRT, metrô, barcas e o teleférico da Providência, ele também terá ligação direta com o aeroporto Santos Dumont.
- O VLT integra de tal forma o Centro da cidade que o passageiro consegue, de maneira rápida e eficaz, alcançar toda a área interna da região do Porto Maravilha – explica Rogério Oliveira.
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