Antes de tudo, neste texto de hoje, lançarei mão do texto jornalístico padrão. Farei uma Editorial, no qual o que estará exposto aqui será uma opinião do editor do blog.
Usuários de crack fogem de agentes da Secretaria Municipal de Assistência Social, no Rio. Sem pensar no risco, eles correm em meio a carros na Av. Brasil. Foto: Agência O Globo |
Nesta última semana, depois do caso ocorrido na Avenida Brasil (principal entrada do Rio de Janeiro), onde um menino morreu atropelado enquanto fugia de uma operação de diversos órgãos públicos para a coibição e o uso do crack, fiquei pensando em como será o Rio de Janeiro nos próximos anos. O número de usuários de drogas cresce assustadoramente, principalmente entre crianças e jovens, que muitas vezes fogem de casa e começam a se prostituir ou praticar furtos para alimentar o vício.
Onde está o problema? Quem deixou chegar a este ponto?
Não é a hora de se procurar culpados ou problemas. Esta é a hora de agir. Agir com mão forte e responsável, a fim de resolver a situação.
Sem as mínimas condições de higiene, usuários ficam expostos à qualquer tipo de doença nas cracolândias do Rio. Caso é de saúde pública. Foto: Ricardo Moraes / Reuters |
Em novembro de 2012, o jornal O Estado de São Paulo fez uma reportagem sobre uma das (preste bastante atenção, uma das, pois o Rio, até o ano passado, tinha ao menos 11) cracolândias do Rio de Janeiro. A operação foi realizada pela Secretaria de Assistência Social, em parceria com as polícias civil e militar, no viaduto que dá acesso à favela Parque União, Zona Norte do Rio. O resultado desta operação: 47 usuários foram recolhidos. Destes, 29 já tinham voltado às ruas em menos de uma semana. 3 adolescentes foram internados compulsoriamente, porém, desagradando o Ministério Público do Estado do Rio, que considera ilegal este tipo de internação.
Aí está um dos erros: viciados em crack não possuem condições de tomar decisões. Não só em crack, mas em outras drogas também. A solução para este tipo de problema está nas mãos dos legisladores, que devem dedicar parte do seu "precioso" tempo para cuidar de assuntos ligados à sociedade.
Esta imagem é comum nas cracolândias, não só do Rio, mas do Brasil. Nota-se a saúde frágil e debilitada desta usuária. Foto: Ricardo Moraes / Reuters |
Hoje, no estado do Rio de Janeiro, existem poucas casas de recuperação, públicas, e com vagas disponíveis. As particulares também são poucas e caras, o que dificulta o acesso de pessoas mais pobres (hoje, a maioria dos usuários de drogas provém de famílias de pouco poder aquisitivo).
O problema das drogas, principalmente o crack é sério e afeta de maneira muito forte a sociedade em que vivemos. Da mesma forma que o Choque de Ordem vem arrumando diversos bairros do Rio, uma operação semelhante deveria ser realizado em diversos pontos da cidade, com o intuito de coibir, recolher e dar tratamento digno aos viciados.
A luta é grande e a batalha é ferrenha. Mas, com força de vontade e, principalmente, vontade política por parte dos governantes, a sociedade vencerá mais este desafio.
Amanhã, falarei de um trabalho que tem dado certo em várias capitais do Brasil. O Projeto Cristolândia, que é feito pela Convenção Batista Brasileira e pela Junta de Missões Nacionais, busca recuperar viciados e dar assistência às famílias, com psicólogos, terapeutas, pastores, e outros diversos profissionais.
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