sexta-feira, 2 de novembro de 2012

No dia de finados, prefeitura anuncia a morte do velódromo do Rio


Por: G1
A Prefeitura do Rio anuncia nesta sexta-feira (2) novidades no projeto do Parque Olímpico, onde serão disputadas 15 modalidades das Olimpíadas de 2016. Depois de muita polêmica em relação ao velódromo, onde vão acontecer as provas de ciclismo, ficou decidido que um novo terá que ser construído. O atual, que custou R$ 14 milhões, não atende aos padrões olímpicos.
Em relação ao primeiro projeto original, há mudanças importantes. O velódromo, onde serão disputadas as provas de ciclismo de pista, vai se tornar vizinho da arena da ginástica. No lugar do atual, será construído o centro aquático para as provas de natação. Isto quer dizer que, depois de uma grande polêmica, o velódromo erguido para o Pan-Americano de 2007 será mesmo demolido.
Construído ao custo de R$ 14 milhões, em valores da época, não é adequado para a disputa dos jogos. O novo projeto faz três modificações: corrige o ângulo de inclinação da pista; aumenta a arquibancada de 1,5 mil para 5 mil lugares; e retira as colunas de sustentação, que hoje impedem a perfeita visualização dos atletas pelos árbitros e pelas câmeras de TV.

Durante a campanha eleitoral, o prefeito Eduardo Paes chegou a se posicionar contra a demolição do velódromo, embora admitisse que a decisão não cabia apenas à Prefeitura. “As autoridades esporitvas, a federação de ciclismo, podem vir aqui, olhar com calma o projeto. A gente faz as adaptações que forem necessárias, mas derrubar, não dá”, afirmou.
Agora, feitas as contas, a conclusão é que reformar custaria quase o mesmo que construir. O custo do novo velódromo será de R$ 134 milhões de reais, contra R$ 126 milhões estimados para a reforma do atual. A obra será bancada pelo Governo Federal.
Parte do antigo velódromo, como a pista de pinho siberiano, será aproveitada em um novo centro de treinamento de ciclismo, a ser construído em Goiânia pelo Ministério do Esporte.
Novo campo de golfe
Possíveis mudanças também no campo de golfe para as olimpíadas. Na segunda-feira (5) a Prefeitura vai enviar um projeto de lei com alterações no projeto à Câmara dos Vereadores. A ideia é construir o campo de golfe na Barra da Tijuca, entre a Lagoa de Marapendi e a Avenida das Américas, onde hoje existe um parque ambiental. A prefeitura quer transformá-lo em Área de Proteção Ambiental (APA), menos restritiva a construções imobiliárias.
Para a Empresa Olímpica Municipal, é justamente a possibilidade de erguer prédios no local que tornaria o projeto do campo de golfe viável economicamente. Além disso, a Prefeitura vai propor a mudança no gabarito do terreno, o que passaria a permitir prédios de 22 andares. Pelo projeto seriam construídas 22 unidades no local. Em 2016, o golfe voltará a ser um esporte olímpico, depois de mais de 100 anos fora das competições.

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